~ 60 anos antes ~
Mas um dia se inicia em Paris, assim que me levantei coloquei meu vestido, se é que posso chama-lo assim, já que está tão gasto e rasgado, o país tem sofrido muito, após a morte do rei Eduard, o trono passou para o seu primogênito, o problema é que nunca vimos esse tal "rei", dizem que ele saiu em uma expedição no dia da coroação e nunca mais foi visto, por conta disso o trono passou para o filho mais novo, Garston, que só se importa consigo mesmo, gasta todo o dinheiro dos impostos em festas, e enquanto isso a população passa fome.
Em meio a tanta desgraça, vivo eu, Ella Great, uma garota de 17 anos, eu sonho em libertar meu povo, mas no momento tenho que me preocupar em alimentar meu pai e meus dois irmãos, se um dia eu esbarrasse com esse primogênito eu o perguntaria qual o problema dele, porque ele nos abandonou com o irmão.?
Me perdi em meus pensamentos e esqueci que era hora de ir ao bosque colher raízes e sementes para o almoço.
Fui cantarolando pelo caminho, não tinha muito o que colher, o inverno se aproximava logo não teríamos mais o que comer. Entrei em uma trilha diferente para pegar algo a mais, enquanto andava me deparei com uma enorme mansão, estava em ruínas, era meio sombria, mas no jardim havia uma enorme macieira.Será que eu devo?
Abri o portão e me direcionei ao jardim, peguei algumas maçãs e quando ia saindo me assustei com o que vi, era um homem, mas não era um homem qualquer, ele tinha olhos profundos e sombrios, era forte, tinha presas enormes, como um lobo, algo que me chamou a atenção foi sua velocidade, ele conseguia estar aonde quisesse, parecia procurar algo, depois de um tempo fui embora, corri para casa para poder alimentar minha família.
[...]- Pai,cheguei
- Oh Ella, que bom que chegou,o que trouxe para o almoço?
- Eu consegui maçãs
- Aonde as arranjou?
- No bosque
- Não minta para mim, nós dois sabemos que no bosque não tem frutas, Ella, você foi além do bosque?
- E se eu tiver ido pai? Por que não podemos ir além do bosque?
- Ella, sente - se aqui, irei te contar uma história.
- Diga
- Quando o rei Eduard adoeceu ele anunciou que o seu primogênito ficaria em seu lugar, porém seu filho mais novo não aceitou isso,um dia antes da coroação o filho mais novo disse ao primogênito que estava havendo um incêndio além do bosque,e que havia uma família no meio do incêndio,os dois foram até lá,mas quando chegaram lá o primogênito descobriu que era mentira,o mais novo o jogou de um penhasco, o primogênito sobreviveu, pois uma feiticeira o curou, mas tudo tem seu preço, ela queria que ele se casasse com ela, o tempo passou e o casamento se aproximou, mas no dia do casamento ele fugiu para cá, afinal ele tinha que se despedir do pai que estava em enfermo, mas quando estava quase chegando no bosque ela o alcançou e jogou um feitiço, transformando ele em metade besta e metade homem e disse que o encanto só se acabaria se ele encontrasse alguém que o amasse tanto quanto ela, havia uma mansão no fim do bosque, ele se abrigou lá, e nunca mais foi visto,por conta disso o trono passou para o seu irmão mais novo.
- Wou, que história
- Sabe porque te contei isso Ella?
- Por que?
- Por que sempre que passava uma mulher perto da mansão ele a sequestrava, na intenção de quebrar o feitiço, mas só conseguia várias mortes .
- Entendi
- Vá chamar seus irmãos para almoçarmos. Não é sempre que temos fartura, tenho uma notícia para lhes dar.
- Tudo bem- subi e chamei meus irmãos. Peter tinha 4 anos de idade e Lili tinha 15.Sentamos à mesa e comemos, quando estávamos quase no fim meu pai resolveu falar.
- Crianças, tenho uma notícia para lhes dar, eu irei fazer uma viagem de negócios
- outra vez papai? - indagou Lili
- Essa será minha última viagem.
-foi o que disse da última vez- eu disse
-é uma promessa!
- Papai, Fica com nós - disse Peter com feição triste
-o papai vai voltar, fiquem tranquilos, o que querem de presente?
- Eu quero que traga um lindo vestido- diz Lili sorridente
-eu Quelo um binquedo- Peter falou
- e você Ella?
- eu quero uma daquelas coroas de flores.
- ok então. Eu partirei amanhã.Arrumei tudo e fui tomar um banho, quando cheguei em meu quarto escutei um barulho na janela, era alguém jogando pedras na mesma. Olhei da janela e vi meus amigos, Jorges, Any e Leon.
- Que história é essa de tacar pedra na janela dos outros?
- Desça logo!- disse Leon
-Não se preocupe, Jorges te segura- disse Any
- Com todo prazer- diz Jorges
- Ok, me segura então- fui descendo pelo telhado, mas acabei escorregando, mas não caí, Jorges me segurou
- Oh Jorges hem..
Fomos até o bosque e ficamos de bobeira por lá.- Ella - disse Jorges - Preciso dizer algo, estou guardando isso a um tempo. Podemos falar a sós?
- sim- fomos para perto de um lago
- Bem, estou completamente apaixonado por você, estou disposto a pedir sua mão à seu pai, mas eu preciso saber, você sente o mesmo por mim?
-Eu não sei, sinceramente, você é especial para mim, mas não desta maneira.
-Entendi, você não quer nada comigo por que não tenho bens, não é por isso?
- Não! É porque eu não sei!
- Não sabe? Você não sabe? depois de tudo o que passamos Ella?
- Nós nunca tivemos nada!- saí dali e fui em direção aos meus amigos.
- Gente, eu desafio um de vocês á escalarem aquela montanha- disse Any apontando para uma enorme montanha
- eu não! - dissemos eu e Leon juntos
- eu vou. - disse Jorges
- você está maluco?
- Farei isso para provar meu amor por você Ella.
Ele tirou seu casaco e foi indo em direção à montanha, começou a escalar, rapidamente chegou ao topo, o que me deixou aliviada, de repente vi seu corpo ser lançado lá de cima, em um movimento rápido corri para tentar segura-lo antes que seu corpo chegasse ao chão,mas foi em vão, ele estava com um sangramento na região do abdômen.
- Jorges! Fala comigo! ! Por favor, não me deixe!!- disse desesperada
- Jorges, respoda amigo, isso não tem graça! - disse Leon também ficando desesperado
- Jorges, não me deixa, eu te amo ! - foi em vão, ele não respondia, eu havia o perdido, tudo era minha culpa, nessa hora descobri que eu realmente gostava dele. - È minha culpa Any!
- Não diga isso, Ella, ele fez isso por vontade própria, venha, vamos leva-lo para vila.
O levamos para sua casa, seus pais estavam em choque, não haveria velório, pois este era privilégio dos nobres.
Antes de ir embora dei-lhe um beijo de despedida, eu nunca mais o veria..
Cheguei em casa e deitei-me, em meio aos pensamentos acabei dormindo.
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Ella [ Em Edição ]
RandomElla Dummont, uma rainha ja idosa que vive sozinha com seus criados desde a morte de seu marido, o Rei, numa noite fria de Paris, recebe a visita de seu neto, Enerst, um adolescente de 16 anos, o mesmo se depara com uma pintura de seu avô e pergunta...