Ella [ Em Edição ]

Capítulo 3

[Multimídia: Gabriel ]

Ao chegar no porta da mansão fiquei em choque, como eu iria entrar?
Apertei a campainha, as enormes portas se abriram, fui caminhando pelo tapete vermelho até chegar em uma sala onde tinham uma lareira e uma poltrona, havia alguém sentado nela
- Chegou cedo, ficou com medo da. ...- ele não completou, ficou um tanto surpreso ao me ver ali- Quem é você?
- Eu sou filha do camponês, eu vim em seu lugar
- E por que fez isso?
- Por que é o certo
- Está ciente de que não poderá sair, não está?
- Sim
- Então tudo bem, vou lhe mostrar seu quarto
- quarto?
- Prefere ficar no calabouço?
- Não
- Então não argumente

Que cara grosso.

Subimos as escadas, o lugar era sombrio demais, entramos em um corredor com várias portas

- Este é seu quarto, você pode andar pela casa, menos no terceiro andar
- Por que?
- Por que é proibida! - falou berrando
- Não grite comigo, eu não sou surda!- ele me olhou surpreso
- o café será servido em uma hora, não se atrase
- tudo bem- quando ia entrar nossos olhares se encontraram, seus olhos eram profundos, qualquer um se perdia neles, estavam azuis, da última vez que o vi estavam verdes, ficamos nos encarando por alguns segundos, até que entrei no quarto, quando fechei a porta me apoiei na mesma respirando fundo.

Sentirei falta da liberdade!!

Segurei meus joelhos e fechei os olhos, lágrimas e mais lágrimas escorriam pelo meu rosto. Não verei meus amigos, meus irmãos, meu pai e principalmente Jorges, por que mesmo que eu venha a sair daqui, não o verei, pois está morto.
[...]
Abro os olhos e escuto batidas na porta.
- Entre- digo me levantando do chão em que acabei dormindo

- Senhorita, o café está na mesa- Uma senhora, bem simpática, aparece

Como assim, há outras pessoas aqui?

- Não estou com fome

- Senhorita, se não for o Mestre vai tirá- la à força daqui

- Ele não pode me obrigar à nada- sentei- me na cama - Aliás, meu nome é Ella

- Ella,meu nome é Mel, por favor desça, é para seu próprio bem

- Diga ao seu Mestre, que não irei - deito- me na cama, e escuto a porta ser aberta, e depois a escuto ser fechada

Ótimo

Levanto- me e vou olhar o meu quarto, ele tem um papel de Parede azul com detalhes dourados, uma penteadeira em uma cor creme, um armário rústico, um carpete creme e uma cama de casal, as janelas estão cobertas por cortinas, há um quadro em uma das paredes, é o desenho de uma rosa, não é uma rosa qualquer, é uma rosa negra, nunca havia visto uma rosa assim.
Vou até o armário e o abro, me surpreendo quando vejo lindos vestidos

São lindos
De quem será estes vestidos?

Começo a mecher nos vestidos, até q escuto a porta ser esmurrada.

- Achei que tinha sido claro ao dizer que não queria atrasos- ele gritou atrás da porta

- Você foi muito claro, mas não estou com fome- disse sem abrir a porta

- Abra essa porta- Abri a mesma e me deparei com seus olhos, mais sombrios do que nunca

- Eu não estou com fome

- Você não tem direito de escolha - ele segurou meu braço e me arrastou para fora

- Me Solte, está me machucando - disse tentando fazer com que ele saltasse meu braço