Chapter VII

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-Pensei em almoçarmos alguma coisa no hotel e depois se quiseres claro, vamos até ao museu como tínhamos falado - Sugeriu Jéssica ao entrar no quarto

-British Museum? - Ela afirmou que sim com a cabeça

O almoço foi bastante calmo e, felizmente, não tive tonturas ou dores de cabeça.
A distância do hotel ao museu era demasiado longe, mesmo de metro como a pé, portanto optamos por um táxi.

Neste andar vamos ficar pobres só com o dinheiro que temos gasto mas, o trabalho de verão do ano passado ajudou a suportar alguns custos.

Por fim chegamos à rua do museu e apesar da longa fila que já se formava, a entrada era gratuita.

-Já sabes alguma coisa sobre a faculdade Em? - Perguntou entrelaçando o seu braço no meu enquanto estávamos à espera na fila

-Ainda não, mas em princípio devo saber esta semana que vem

-Tenho a certeza que vais conseguir. Esforçaste-te imenso para entrar.

-Se entrar fico pouco tempo em Portugal, visto que tenho de procurar um quarto e trabalho

-Não digas ''se''. Tu vais entrar, pensamento positivo. - Sorriu-me

Mais uns minutos passaram e entramos. Fiquei surpreendida pela dimensão daquele museu, a entrada era enorme e revestida de cores brancas. Entramos numa divisão, onde me apercebi o corredor enorme que tínhamos que percorrer para ver todas as coisas expostas.

-Vamos ver primeiro a parte das cenas do egipto? - Tentei sorrir-lhe da maneira mais adorável possível para a convencer.

-Sim e já podes tirar esse sorriso parvo da cara, de qualquer das maneiras já queria ir lá primeiro - Deu uma leve gargalhada.

Assim que entramos nessa divisão estava duas estátuas na entrada de egípcios e foi ai que fiquei mais entusiasmada e agarrei no braço da Jéssica e arrastei-a literalmente até aos túmulos e às múmias.

-Em calma! Temos a tarde toda. - Disse massajando o braço onde eu a tinha agarrado.

-Eu sei, mas sabes que adoro estas coisas. Por alguma razão era boa aluna a historia- Sorri -Ah e desculpa. Não te queria magoar babe.

Passamos o resto da tarde a ver aquelas coisas todas, desde esqueletos, a deuses, a miniaturas da Grécia antiga, a esculturas. Foi como se a nossa fome se tivesse evaporado. Estava tão distraída nos meus próprios pensamentos que nem reparei que Jéssica estava a chamar por mim e não estava com boa cara.

-Que se passa Jess? Estás bem? - Disse preocupada.

-Acho que tive uma quebra de tensão...

-Obvio que sim! São quase seis e não comemos nada de jeito ainda. Vamos indo para o hotel e jantamos lá. Vou ligar ao táxi.

Jéssica deu-me o cartão e de seguida esperamos uns minutos pelo táxi que nos levou até ao hotel.

-COMIDAAAA POR FAVOR! -Jéssica suplicou .

-Estou a morrer, literalmente, de fome. -queixei-me também.

-NIALL ! - Dissemos em uníssono assim que nos atiramos para cima da cama do quarto.

-Como temos aqui chá e ainda algumas coisas que compramos no supermercado, devíamos fazer disso o nosso jantar. -sugeriu Jess.

-Não devíamos, mas uma vez não são vezes.

-''E eu não digo a ninguém''. -Cantarolou.

Decidimos então, ficar esta noite pelo hotel fazendo uma maratona de filmes, principalmente de romance, para descansar deste longo dia que, em parte foi bom e mau.

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