Ventania azul

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Um dia, um garoto se apaixonou por mim
Ele não sabe de onde vim
Mas oque ele me diz...
Me faz não querer partir

Sou leve
Ele é denso como neve
Eu habito entre o fogo
Ele na água
Ele é receoso
Eu impulsiva e levada

Dês que olhei pra ele, senti eletricidade
E eu sou do tipo de vento que não passa vontade
Agora eu posso dizer, que tinha razão
Pois todas as borboletas se foram, mas ainda sinto a mesma emoção

Porém, ele me deixa indefesa
Como uma brisa
E uma brisa não faz tudo que deseja
Uma brisa quase não é sentida

Do jeito que tudo está corrido
As brisas não trazem um mero agito
O vento é notado
Desarruma os cabelos, vira furacão
Se quiser, derruba barcos
E atrapalha a aviação

Mas coitado do garoto
Ele se virou contra mim
Eu agora o vejo, morto
Andando para longe, mas querendo vir

Se ele chegar perto
Juro que derrubo- o da janela
E ele pode estar bem certo
Que não será uma simples queda

Posso adimitir que estava disposta a tentar
No início do fim
Enquanto ele era rude e me afastava
Mas agora ele só ouvirá sons de guerra vindos de mim

Se ele quer uma trégua
Há um grande caminho pela frente
Pois quando escolhe- se algo queimar
É idiotice não querer ventos quentes

Nunca fiz um furacão no meio deste lugar
Mas depois do que ele fez, não hesitarei em tentar

Isso não me torna alguém ruim
O garoto que me fez assim
Eu sou só um vento que agora está partindo, para o Sul
Um vento que é
Mas não quer
Se sentir azul

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