Capítulo II-O que está acontecendo?

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"Realmente a realidade as vezes é muito estranha, é como poder finalmente se divertir com seus amigos e poder ver o sorriso radiante de todos, por que isso acaba rápido? Será uma hipérbole dizer que odeio quando as coisas não são como eu quero? Um momento estou em uma pesquisa sobre uma flor muito procurada, enquanto no outro estou jogada no chão com uma arma apontada para meu rosto e quem está segurando essa arma é a pessoa que eu amo muito, como um garoto doce e companheiro pode dar um tiro em alguém?"

La estava eu esperando a morte, sabe aquele momento que você da graças a Deus por tudo que você fez e que queria fazer? Idiotice, tudo isso é uma pura mentira pois a única coisa que eu vi foi o Rai com uma Colt 1911 automática apontada pra minha cara, depois de alguns segundos me olhando colocou o dedo indicador perto do gatilho avisando que iria atirar.

Fechou os olhos e disse:

-Adeus Amy, foi bom brincar com seus sentimentos.-Soltou o dedo indicador puxou o gatilho.

Ouvi o barulho do tiro o que me fez ficar ainda mais aturdida. Não tinha sentido,aquilo seria morrer? Será que porque foi na minha cabeça?

Abri os olhos lentamente e vi o Aiumon em minha frente, parado sem demonstrar nenhuma expressão, por alguns segundos virou o rosto para trás e me olhou fixamente, minha visão ficou embaçada por causas das minhas lágrimas que não paravam de descer pelas minhas bochechas, o Aiumon estava com sangue no canto da boca caindo para trás em minha direção, eu corri até ele o deitei na grama.

Abriu os olhos e apontou para a saída da floresta dizendo:

-Vai embora....-Fechando os olhos e abaixando seu braço, sorriu pra mim.

Me levantei e fui em direção do Raisuke que agora tinha perdido o seu Amorzinho.

Ele com um sorriso de lado puxou o gatilho, no ultimo segundo levantei a arma pra cima e mordi sua mão, ele gritou:

-Sua vadia! Me larga.-Ele usou a outra mão e me deu um soco na cara me fazendo arrancar a pele da outra mão, senti o sangue escorrendo pelo meu nariz e então limpei o mesmo e cuspi a pele arrancada de Rai.

Ele estava gritando de dor e o mesmo tinha deixado a Colt cair, ele olhou para a arma e depois para mim, se jogou para pegar a arma e eu o fiz também, ele conseguiu pegar a Colt e deitado na grama mirou em mim novamente, começei a rolar no chão para o lado de Aiumon.

Rai se levantou e atirou quatro vezes, errou (idiota, nem mirar consegue), o Rai não parava de atirar, mas quando a arma descarregou, eu me levantei e peguei Aiumon no colo e fui correndo tortamente (Nunca pensei que ele fosse tão pesado).

Entrei pelo meio das árvores despistando Raisuke, coloquei Aiumon encostado na árvore e tirei minha mochila das costas e a abri procurando meu Kit Médico que eu sempre trago em caso de segurança, o achei e abri também, eu tinha que ser rápida nesta operação, peguei a fita e tapei a boca dele para o mesmo não gritar, retirei a pinça do Kit e enfiei no local onde estava a bala do tiro que avia tomado, de um modo ou de outro ele iria acordar, quando consegui tirar a bala, peguei o soro e coloquei em um pano pressionando na ferida, como eu disse ainda bem que eu tinha colocada uma fita adesiva na boca dele, porque se eu não o tivesse feito o Rai teria nos achado e nos caçado novamente, depois de tirar o pano, peguei a agulha e a linha assim colocando a ponta do fio na agulha (Eu realmente não gosto dessas coisas) e o pior é que eu não conseguia parar de tremer, quando eu estava quase colocando a linha, ouvi um barulho e acabei enfiando a agulha na minha própria mão, o que me deu vontade de gritar, mas coloquei a outra mão sobre minha boca, retirei a agulha da minha mão e coloquei a linha de uma vez, o que finalmente deu certo, comecei muito devagar passar a linha pela pele de Aiumon, assim fui costurando até fechar o ferimento, coloquei a gaze e o pano com soro, do nada senti que estava mais fraca, então quando coloquei minha mão sobre o ferimento profundo de Aiumon e a mesma começou a brilhar, fechei meus olhos e quando abri eu estava deitada no chão, aquilo foi estranho mas fui rápida e coloquei gaze com soro e uma fita pela minha mão que eu tinha machucado com a agulha, guardei tudo na mochila rapidamente.

Peguei Aiumon e coloquei sobre minhas costas, de novo senti que iria desmaiar, me segurei e retirei forças de onde realmente Não tinha, comecei a correr em direção a saída da floresta quando vi Raisuke correndo em minha direção, com mais força ainda, virei em direção a Rai, quando fui largar Aiumon tropecei no meu próprio pé e cai no chão.

Tentei me levantar mas Aiumon era pesado demais (Tipo Muito mesmo), depois de muitas tentativas, notei que ele estava começando a ficar leve, quando abri meus olhos depois de não sentir nada em cima, Raisuke estava tirando Aiumon de cima de mim, dei um chute no joelho dele para conseguir derrubá-lo, ele deixou cair os dois joelhos e me levantei, já preparando um soco na cara dele, ele desviou o soco e segurou me braço, não estava conseguindo soltá-lo, então usei o outro braço para arranhar seu rosto, mas ele forçou quebrar meu braço direito que estava sendo segurado, o que me fez desistir de qualquer tentativa minha, quando ele mirou novamente aquela arma em mim, mordi sua mão que estava com a arma e senti meu braço quebrar, pela primeira vez senti como é ter um braço quebrado e Não é nada bom, é como sentir seu corpo todo queimar e depois vir uma coisa horrivel no braço, ao mesmo tempo gritei de dor, tudo começou a ficar embaçado, eu ja não sentia sequer alguma parte do meu corpo, então tudo ficou escuro.

Eu estava em uma situação crítica, além de não poder fazer nada, de não ter conseguido fazer nada, fala sério! Esta merda estava me deixando louca, tanta informação que eu tinha que captar, eu tinha medo, mas não podia ficar parada sem fazer nada.

Senti que estava sendo carregada, então tentei abrir os olhos mas eles estavam inchados demais, simplesmente fiqueu ouvindo e analisando a minha situação que estava péssima, eu estava sendo carregada no colo, também consegui ouvir som de cachoeira, onde eu poderia estar? Isso estava me assustando, senti meu corpo ser colocado sobre a grama fria, abri os olhos lentamente, parecia a floresta que estavamos, como sempre um ambiente magnífico, cheio de verde e flores bonitas, virei meus olhos ao lado esquerdo, vi Aiumon sentado e olhando para a cachoeira, tentei me levantar para ver como ele estava mas infelizmente, esqueci que meu braço estava quebrado e o coloquei sobre o chão, senti uma dor fora do normal, gritei alto o bastante pra fazer o Aiumon tomar um susto, ele se virou pra mim e colocou sua mão suavemente na minha boca abafando o meu grito, quando parei de gritar senti seu lábios quentes tocarem os meus me deixando surpresa, ele pegou me braço e o senti doer novamente, mas a mão dele começou a ficar gelada aliviando a dor, logo depois quente relaxando meu braço e além disso com sua boca encostada a minha ele passou água me acalmando ainda mais, eu estava me derrentendo com ele mas acabei ficando sem ar e ele se separou de mim, olhei para o meu braço e a mão dele estava dourada e Brilhando, voltei a olhar para ele novamente e o mesmo estava ofegante e corado, isso me fez perceber a situação constrangedora que eu tinha passado, senti minhas bochechas arderem de vergonha, olhei para baixa para evitar contato visual e vi meu braço sem nenhum tipo de sangramento e não estava doendo, sera que foi a luz que tinha tomado conta de sua mão e braço?

Próximo capítulo:

A situação se encontra crítica e estranha o que daria em Aiumon para beijar Amy? ou até mesmo seu braço brilhar num tom dourado? Muitas perguntas mas apenas Uma resposta!

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