Me levantei e tentei respirar fundo para não surtar, eu ainda não acreditava na situação que havia passado, eu tinha sido beijada por um garoto cujo os olhos tinham a cor azulada do mar e cabelos cacheados cor de chocolate, tentei me acalmar e entender a situação toda, o olhei e ele parecia normal, como se nada tivesse acontecido, notei que tinha esquecido de Rai o Garoto que antes chamaria de amor e hoje neste momento mostraria meu dedo médio preferido e usaria palavras ofensivas o bastante pra deixar as pessoas de boca aberta, olhei em volta e nada daquele imbecil, voltei meus olhos a Aiumon e disse:
-Aiumon... Desculpe por te fazer passar por isso eu não...-Neste momento ele botou sua mão em minha boca e retrucou sério:
-Amy, a culpa não é sua, somente do nosso governo idiota, se eles não tivessem apagado a memória de Rai nada disso teria acontecido.-Minhas bochechas arderam e ele retirou sua mão da minha boca.
Eu me afastei dele pois eu estava triste demais para dizer qualquer coisa sem deixar lágrimas caírem, me sentei e abri minha bolsa pra ver se tinha algo pra comer, porque eu realmente estava com muita fome, achei uma garrafa de refrigerante e copos de plásticos, pelo menos era isso que Aiumon tinha me pedido para nosso piquenique em grupo depois de nossa pesquisa que não aconteceu, eu a retirei da minha mochila e os copos também, olhei pra ele e disse:
-Acho que devíamos fazer esse piquenique agora, pois minha barriga já está roncando!-Fiz uma cara estranha de fome, mas parece que aliviou o clima quando ele começou a rir.
Ele tirou um pano grande de cor azul e colocou sobre a grama, quando fomos ajeitar a comida no pano meu celular tocou e eu atendi desesperada:
-Alô! Quem fala?
-Alô Amy, sou eu a Yukki! E eu e nosso grupo estamos esperando a minutos você, o Aiumon e o seu querido Raisuke!-Disse ela num tom perverso, fiquei vermelha mas continuei falando e tentando segurar a vergonha, repliquei totalmente seca:
-Desculpe Yukki, mas não estou com cabeça pra brincadeiras, Raisuke o meu "Queridinho" está tentando me matar, além disso eu e Aiumon estamos tentando sobreviver neste inferno que está me jogando a esta realidade que NÃO existe!-Depois disso, tudo ficou em silêncio.
Olhei em direção ao Aiumon e estendi o celular pra ele, ele ficou parado e perplexo com a minha ação, bati o celular no seu peito e abaixei a cabeça como um pedido, ele pegou o celular e disse:
-Yukki sou eu! O Rai ficou descontrolado, parece que foi atacado pelo governo de Fionólia, mas eu e Amy estamos tentando nos esconder para nos recompormos!-Ele abaixou a cabeça e se sentou na beirada da cachoeira.
Sentei ao lado dele mas ainda sim não consegui ouvir o que ela estava dizendo, o máximo que consegui realmente ouvir foi "Temos que levá-la embora", aparentemente estavam falando de mim o que me deixou nervosa por que eu seria tão importante? Sou uma Deusa por acaso? Eu to cansada de ser um peso morto toda hora, eu já estava me perdendo mais uma vez em meus pensamentos quando o Aiumon me chacoalhou, olhei pra ele e disse irritada:
-Sera que da pra me deixar em paz pelo menos uma vez?
-Yukki e nossos amigos estão vindo, a todo custo protegeremos você!
-JÁ CHEGA AIUMON... Não quero ser tratada como um tesouro, não sou indefesa, posso muito bem cuidar de mim mesma!
-Amy não se trata somente de você, mas sim da nossa dimensão toda.-Ele me olhou sério e ficamos nos encarando por alguns segundos após eu me levantar e dizer:
-O que ta acontecendo? Por que esta falando de outra dimensão? Por que não me conta tudo de uma vez?-Ele se levantou e me abraçou.
Acho que ele pensou que choraria como uma bebê, mas pelo contrário eu estava fervendo de raiva, aquele abraço me acalmou aos poucos, eu e ele fomos nos deitando ao chão devagar e aquela grama gelada agora já estava quente, ele passou sua mão pelos meu cabelos e colocou a franja que estava na frente do meu olho atrás da minha orelha acariciando meu rosto, senti que as minhas bochechas estavam ficando vermelhas outra vez, ele sorriu e disse:
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Realidade Estranha
ActionForçada sobre uma situação difícil onde a sua vontade não vale de nada, Amy, irá começar a sofrer pelas mãos do destino, sendo arrastada para um novo mundo, uma Realidade Estranha OBRA ORIGINAL PLÁGIO É CRIME