Nada é por acaso

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Depois de mais um dia na Stark, quase o último. Saio da minha sala e paro em frente ao elevador. Ouço passos apreçados vindos do corredor a minha esquerda. Me volto para este e vejo Aline, o que me tira do meu estado de alerta, ela vem correndo na minha direção com um sorriso no rosto.

- Obrigada! – ela me abraça – Obrigada, obrigada!!

- De nada – sorrio

- Nem sei como agradecer.

- Mas você não acabou de fazer isso? – ela ri.

- Então... Isso quer dizer que não vamos nos ver mais?

- Acho que... Na verdade, não sei. Mas você vai estar bem melhor trabalhando com o Bruce. – ela mostrar um largo sorriso.

Eu a abraço novamente, e entro no elevador. Aline acena para mim enquanto as portas se fecham. Desço até a garagem, onde pego o conversível vermelho.

Estaciono do lado de fora da casa ao lado do carro prata de Pepper, e vejo o carro preto de Clint do outro lado.

Passo pela porta de vidro, e não há ninguém na sala. A casa está silenciosa, como sempre. Subo para meu quarto, onde tomo banho e visto meu pijama, um short azul claro e uma regata branca.

Desço as escadas, e ouço barulhos na cozinha, onde encontro Clint mexendo nos armários.

- Não é muito educado as visitas mexerem nas coisas, sabia? – digo.

- Não. Só quando a dona da casa fala para a visita e sentir literalmente em casa. – ele abre outro armário.

- Não é possível.

- Foram as exatas palavras dela – ele fecha a porta do armário e se volta para mim.

Ele parece confortável até demais para alguém que está em um ambiente novo, com os pés descalços, uma calça de moletom cinza e uma camiseta branca.

Percebo que Clint me olha de cima a baixo. Até parece que ele nunca me viu assim, de pijama.

- Eu não comeria nada que tem aqui se fosse você – interrompo sua analise. – A maior parte já passou da validade.

- Então a comida faz parte da decoração?

- Tipo isso – dou de ombros. – Nós podemos pedir comida.

- Por mim, tudo bem.

Vou para sala e Clint me segue. Ele se senta no sofá enquanto pego meu laptop. Sento-me ao seu lado, cruzo as pernas em cima do sofá, colocando o laptop sobre uma almofada vermelha em meu colo.

- O que você quer? – pergunto.

- Escolhe você.

- Ta bom. Vai ser comida chinesa.

Depois de finalizar o pedido pela internet, coloco o laptop em cima da mesa de centro. A TV está ligada, mas Clint não parece muito interessado no telejornal.

- Sabe que seu tempo está acabando... – ele diz ainda com os olhos na tela com imagens do clima em Miami. É obvio que ele não está nem assistindo, para estar voltando neste assunto.

- Podemos ir amanhã à noite – digo olhando para a almofada em meu colo.

- Tem certeza disso? – ele se volta para mim. Apenas balanço a cabeça, sinalizando que sim. Sinto seus olhos fixos em mim, e viro a cabeça para encontrá-los.

Não trocamos mais nenhuma palavra. Apenas olhamos um ao outro, o que está me deixando nervosa. A campainha toca. "Ainda bem!" Saio do sofá para atender a porta. Levo as duas sacolas brancas até a bancada da cozinha, retiro uma das embalagens e desço com ela para a garagem.

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