01 - Acho que vamos ter que nos casar.

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- Não... Jihoon-ah... você não pode ir!

Gi Taeryeong estava fazendo um escândalo em frente a porta da minha casa.
Faz um mês que eu não vejo Pyo Jihoon, e digamos que eu precisei vê-lo quando comecei a ficar enjoada.

- O que é que você ainda está fazendo aqui, Taeryeong? - Taeil brotou do meu lado, mordendo o lábio.
- Estou me perguntando isso também. - Pyo, que estava tentando se desfazer dos braços dela, falou calmamente. - Será que dá pra você me largar?!

Taeryeong o soltou imediatamente.

- Vá para casa. - ele falou, passando por mim e Taeil e adentrando na residência. - Seus pais devem estar preocupados.

A menor veio em minha direção, cutucando meu ombro diversas vezes.

- Você vai me pagar caro, Choi Mihyun. - ela dizia, levantando a mão para me dar um tapa.
- Eu já estou cansado de você, Taeryeong-ssi. - eu olhei pra cima e pude ver a mão grande do Jihoon segurando o pulso dela. - Sinceramente, vá embora. Eu nunca vou ter nada com você e espero que entenda isso.

Eu acho que eu nunca vi Gi Taeryeong chorar em momento nenhum até hoje. E ela saiu correndo apressadamente com as mãos no rosto.
Pude ver que Taeil olhou atentamente para o Pyo, enquanto pousava as mãos sobre os meus ombros e me levava pra dentro da casa.

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- Eu acho que vamos ter que nos casar. - Pyo falou, afrouxando a gravata preta no pescoço, coçando a testa.
- O quê? - me levantei do sofá, batendo os pés no chão. - Você é louco?!

Ele suspirou pesadamente. Ele estava sério e aquilo era novidade pra mim.

- Eu sinto muito. Mas eu não vejo outra solução. - disse, levantando-se para caminhar até mim e estender a mão. - Você carrega uma criança e eu sou o seu progenitor. E tanto eu quanto você não queremos nos livrar dela. Estou certo? - ele perguntou, aparentando estar receoso pela resposta. Assenti e ele pareceu mais aliviado. - Você não vai poder ter um emprego por ser uma gestante e até onde eu sei, seus pais se recusam a te sustentar. Meus pais me obrigariam a casar com você mais cedo ou mais tarde e eu não quero fazer isso de má vontade. É a única coisa que eu vou dizer.

Eu fiquei alguns segundos pensando nas palavras dele, pensando em lhe apertar a mão ou não.

- Mas eu não quero casar com você. - falei, olhando fixamente nos olhos dele. - Fora que, você nem sabe se o filho é seu. Pode ter sido qualquer um. - cruzei os braços. - Onde está a sugestão de um teste de DNA?
- Não pode. - ele coçou a nuca, olhando para Taeil atrás de mim. A postura dele ia se relaxando cada vez mais. - Você pode não lembrar, mas eu lembro. - ele disse. - Você... era virgem até transarmos. - falou pausadamente, como se quisesse me torturar por causa disso. - Eu tenho certeza que é meu. Eu vou tomar a responsabilidade por ele e por você, você querendo ou não.

Eu não sabia o que responder. Mas de jeito nenhum! Eu não ia me casar com o meu pior inimigo! DE FORMA ALGUMA!
Eu pude ouvir o vaso que eu havia jogado em cima dele quebrar quando chegou a parede, enquanto eu já estava correndo para o meu quarto.

- Ei, Choi! - ele gritou, enquanto eu trancava a porta do quarto e me apoiava nela. Essa não foi a decisão mais madura que eu já tomei na vida, é claro, mas por um momento eu só me vi entre aceitar o acordo dele ou jogar um vaso de flores na cara dele.
- Jihoon, fique calmo. - pude ouvir a voz de Taeil e imaginei que sua mão estivesse no ombro do mais novo. - Dê um tempo pra ela pensar. Eu sei que é difícil, tanto pra você quanto pra ela. Mas ela acabou de descobrir que está esperando um filho seu! Ela ao menos tem que ter um tempo pra pensar, apesar de ela não ter muita escolha. - falou, sendo a última parte um sussurro quase inaudível. Quase.

E eu sabia que Taeil tinha razão.
Na verdade, eu não tinha escolha nenhuma.
Ou eu me comprometia em ser a esposa dele, ou eu e essa criança não teríamos muitas chances de vivermos sozinhas.
Suspirei pesadamente, destrancando a porta e olhando para os dois a minha frente.

- Você pode nos deixar a sós, Tae? - perguntei com um sorriso não muito feliz. - Eu acho que tenho que conversar com ele mais um pouco.

Ele assentiu, dizendo que iria ao apartamento de Yukwon e que voltaria logo.
Péssima ideia.
Sempre que eu me encontro sozinha com essa peste, eu tenho vontade de agarrar o pescoço dele e apertar até ele ficar roxo e morrer. Mas acho que eu também poderia considerar apertar o meu.

- Não era isso o que você pensava quando sua língua estava na minha boca. - ele disse, arqueando a sobrancelha. - Você agarrou meu pescoço sim, na verdade. E fez um estrago e tanto.

Eu quero matá-lo.

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⏰ Última atualização: Jan 30, 2016 ⏰

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