Hora de Dormir

O Garoto

Era uma noite normal, Raul, que era detetive, estava em casa, de folga. Sem nada para fazer, apenas começou a ver videos engraçados na internet, quando resolveu mudar de vídeos engraçados para algo mais paranormal, durante a pesquisa, encontra um vídeo que o chama atenção, o título tinha uns caracteres estranhos, que eram difíceis de decifrar, mas dava para entender algo tipo, "A Hora da Sua Morte", ele riu, achou apenas que era uma bobagem, más ainda assim clicou no vídeo, quase que momentaneamente, ele ouve um barulho em sua casa. Assustado ele pega sua arma que estava num suporte abaixo da escrivaninha do computador, ele acha que pode ser algum bandido, e se dirige a sala, de onde ouviu o barulho.

Chegando lá, não havia nada, e os sons tinham parado. Ele volta para o computador, sem entender.

- Será que foi coisa da minha cabeça?-se pergunta-

Ao olhar para a tela da computador percebe que o vídeo ainda não havia carregado.

- Que droga, pago uma fortuna por uma internet de qualidade e não consigo ver um vídeo? Fala sério.-reclama ele-

Raul clica várias e várias vezes para que carregue a página. Quando a página carrega quase não se nota o título, pois estava em negrito e seu caractere em preto, e o vídeo estava numa página com um fundo preto, apenas se via o nome de usuário destacado em vermelho "pesadeloONLINE" e a descrição que dizia: "Você foi realmente estúpido, não pensei que teria coragem, mas ainda há tempo de desistir, pois se vir este vídeo sera o seu fim e o fim de todos aqueles próximos a você.", na cor amarela, aquilo não o assustou, já que parecia coisa que um garoto com uns doze anos escreveria.

O vídeo começa a rolar, apenas uma tela escura, quando começa a mostrar um corredor vazio, uns dez segundos depois, o vídeo começa a distorcer, na imagem surge uma silhueta com a cabeça um pouco torta, não dava para ver o rosto ou detalhes daquilo, más, era como um humano, e aparentava ser garoto, estava cabisbaixo, e andava vagarosamente em direção a câmera.

Enquanto isto, flashbacks apareciam na tela, no primeiro aparentava ser o mesmo corredor, só que com pessoas vestidas de branco, pareciam pacientes? Raul ficou se perguntando, se seria um hospital, más após outro flashback ele teve certeza de ser um hospital, mas um hospital psiquiátrico, pois havia uma mulher com camisa de força, a cada cena de flashback, a criatura se aproximava mais da câmera.

Mais um flashback, desta vez um garoto aparece na tela, no mesmo lugar onde estava a criatura, o garoto estava de pé, olhando fixamente para a câmera, alguns segundos e de sua cabeça começa a escorrer sangue, e em partes de sua face, cortes, Raul colocou a mão na boca, sentiu como se fosse vomitar, com cenas com o garoto sendo brutalmente espancado, o arrependimento havia batido, e cada vez mais a criatura se aproximava, de repente ela fica imóvel. Durante alguns segundos ela ficou ali, avançou de repente como um relâmpago colidindo com a câmera. Raul dá um salto para trás, caindo de costas com a cadeira, quando no mesmo instante, ele ouve um som de falha no computador, quando a tela do computador congela com uma mensagem grande dizendo: "É HORA DE DORMIR", Raul acredita ser apenas algo no vídeo para assustar, já que o vídeo estava em tela cheia, a mensagem fica por alguns segundos, enquanto Raul se levanta rindo da queda, quando do nada seu anti-vírus o avisa que seu computador está sendo hackeado, o mapa com a localização o mostra de onde o hacker tentava invadir seu computador, para sua surpresa e preocupação, o sinal vinha de um antigo sanatório. Após isso uma mensagem aparece: "Eu sei onde você está!". Seguido disto um estrondo na porta da sala.

Assustado, ele começa a tremer, e se dirigi para a sala, quando estava se aproximando da porta, ele ouve um gélido gemido, que o congela a espinha. Era como são tivesse alguém com muita dor. Ele olha pelo olho mágico, más não vê nada, e se pergunta se não esta ficando louco. Após dar dois passos para longe da porta, um estrondo na sala do computador. Ele pega o telefone para ligar para a polícia:

- Alô!? Tem alguém na minha casa...-ele para-

Pois o telefone não funciona, tenta o celular e também nada, é quando recomeçam os gemidos na porta da sala, agora apavorado ele decide ir a sala do computador, para tentar pedir ajuda pela internet, más quando chega, o computador esta estático, nada além da mensagem "Eu não te avisei?".

A porta do armário ao lado do computador começa a rangir se abrindo lentamente, enquanto isso, os gemidos se tornavam aos poucos, gritos insuportáveis, e a cada milímetro que a porta se abria, mais alto os gritos ficavam, quando a porta se abriu pela metade o grito deu lugar a uma gargalhada sinistramente maligna.

Mesmo que inconscientemente Raul terminou de abrir a porta do armário, quando abre, uma garota, estava toda ensangüentada, com um buraco na barriga, suas tripas haviam sido arrancadas. Foi quando a figura sinistra do video, estava lá, atrás de Raul. Com um sorriso maligno e distorcido em seu rosto deformado.

Foi quando Raul acorda de repente suando como um tirador de espíritos, ele tremia como se estivesse sem roupas no meio do Polo Norte, se lavantou atordoado, percebeu que nao estava em casa, estava num hospital, deixou as perguntas para depois e foi ao banheiro lavar o rosto, se olhou no espelho e via estampado em seu rosto o terror daquele pesadelo. E se perguntava, se havia sido um sonho ou se havia sido real.

Quando voltou do banheiro, alguém estava na sala. Era Abder, seu amigo e parceiro de trabalho.

- Então você finalmente acordou, você esta bem agora?-Pergunta Abder-

- Más o que eu tô fazendo aqui?-pergunta Raul sem entender-

- Bem, você estava em casa ontem a noite e começou a surtar, bem os policiais disseram que você fez isso.

- Policiais? Que policiais?

- Os que atenderam seu chamado, disseram que você havia ligado e dito que havia alguém na sua casa, más parou de falar do nada e desligou. Você ta bem de verdade?

- Eu to sim.-começando a pensar que está louco-

Ele decide não contar nada, pois não tinha certeza do que havia acontecido e conhecendo bem Abder, ele sabia que não seria levado a sério.