Sonhos de uma garota

2°Capítulo- Verdades Reveladas

Eu o interrompi. -Do que você esta falando meus pais estão em casa!
Olhei para o Charles buscando respostas mas ele apenas baixou a cabeça.
-Emma eu não estou falando dos seus pais adotivos, estou falando dos seus verdadeiros pais!
-O que? Do que você está falando? Michel e Kelsey eles são meus pais!
-Querida me perdoe eu achei que você já soubesse.
Quando as lágrimas começaram a cair eu sai correndo, eles gritaram pelo meu nome muitas vezes mas eu sai correndo do colégio e continuei correndo até ver que eu estava bem longe, não sabia para onde eu estava indo mas derepente tive uma visão de um caminho e esse caminho me levava até um chalé aparentemente abandonado. Então decidi que era para lá que eu iria.
Quando cheguei lá me certifiquei de que o chalé estava realmente abandonado, então entrei e joguei minhas coisas para longe e desabei no chão chorando em meio a soluços, eu não conseguia entender como meus pais poderiam ter mentido para mim? e por tanto tempo. Me recusei a acreditar em tudo isso mas meus pensamentos não paravam, se eu fosse mesmo adotada quem eram os meus pais? E por quê me abandonaram? Se eu sou tão especial assim e tenhos esses dons por quê meus pais não me quiseram? Me surgiram tantas perguntas em minha cabeça e então decidi que eu deveria conversar com meus pais para saber de toda a verdade, então me levantei e fui caminhando até em casa.
Quando cheguei em frente a porta respirei fundo e entrei, Minha mãe me recebeu com um sorisso no rosto e me abraçou mas eu não consegui retribuir o abraço, fiquei lá paralisada então ela me segurou pelos braços e perguntou: -Emma está tudo bem com você querida? Enquanto uma lágrima escorria eu respondi com a voz embargada de tristeza e de confusão: -Mãe eu preciso conversar com você e com o papai. Ela me olhou preocupada então assentiu com a cabeça e disse: -Claro, suba para o seu quarto enquanto eu vou chamar o seu pai.
Subi para o meu quarto e sentei em minha cama tentando me preparar mentalmente, logo ouvi barulho de passos subindo as escadas, ficando cada vez mais perto e então ouvi batidas na porta, minha mãe já entrou dizendo: -O que você queria falar conosco querida?
-Mãe, Pai por favor eu preciso que vocês sejam sinceros comigo eu preciso saber de toda a verdade, eu sou adotada?
Eles se entreolharam e Vi quando uma lágrima escorreu dos olhos da minha mãe, ela começou a falar -Filha eu não sei como você soube disso mas sim, é verdade, te achamos na soleira da nossa porta em uma cesta, eu tenho a cesta guardada até hoje.
Eu a olhava incrédula como eles tiveram coragem de me enganar todos esses anos? E quando olhei para o meu pai para perguntar isso percebi que ele estava chorando e eu não me aguentei e comecei a chorar,ele me abraçou forte e eu encostei a cabeça contra seu peito e ficamos ali os dois chorando e minha mãe então falou: -Filha tem algo que você precisa ver, eu vou lá pegar. Enquanto ela saia do quarto eu me desenrosquei dos braços de meu pai e percebi que havia molhado toda a sua camisa com as minhas lágrimas, envergonhada enxuguei minhas lágrimas com as mãos e pedi desculpas ao meu pai por ter molhado a sua camisa, ele me deu um sorisso caloroso e disse que estava tudo bem nesse momento minha mãe entrou com uma cesta na mão, ela me entregou a cesta e disse -Essa é a cesta em que encontramos você. ao ver a cesta novamente meu pai recomeçou a chorar e então baixou a cabeça para eu não perceber. Peguei a cesta e sentei com ela em minha cama para poder analisá-lá, era uma cesta muito bonita, era de um marrom claro como a areia, e dentro dela estava manta manta de seda cor-de-rosa era muito linda! E tinha algo bordado nela "Pryatama" não sabia o que significava isso, mais tarde eu pesquisaria. Quando tirei a manta da cesta algo caiu no chão, era uma carta!
Comecei a ler a carta e nela dizia: "filha você pode não entender o porque mas foi tudo por amor!se eu fiz o que fiz foi para te proteger de todo mal. Você estava em perigo ao nosso lado, mas esperamos um dia podermos nos rever e espero que um dia você possa me perdoar por isso. Quando esse dia chegar prometemos te contar tudo e responder a todas as suas perguntas."
-com amor Amberly e Joseph.
Após terminar de ler a carta eu percebi como todo aquele desgaste emocional havia me cansado então pedi para que meus pais me deixassem descansar e que pela manhã conversariamos melhor. Assim que fiquei a sós em meu quarto enfiei a cara no travesseiro e logo adormeci.
No dia seguinte eu ainda não estava preparada para conversar com meus pais então me aprontei para o colégio e sai rapidamente sem que ninguém me visse. Enquanto caminhava até a escola me lembrei do chalé e percebi que eu também não estava preparada para conversar nem com o Tobias nem com o Charles então decidi voltar ao chalé. Chegando lá me certifique de que não havia ninguém lá, ao entrar reparei que tudo estava uma bagunça e tudo estava muito empoeirado, havia anos que ninguém limpava aquele lugar. Comecei a limpar e mais ou menos duas horas depois tudo estava limpo então decidi dar uma volta pelos cômodos do chalé. Subindo as escadas me deparei com um cômodo que ei diria ser um quarto, tinha uma cama de madeira aparentemente velha com um colchão fino e um lençol branco meio amarelado talvez por causa do passar dos anos, tinha um guarda-roupa marrom que ficava ao lado da janela que tinha uma vista maravilhosa de campos verdes com alguns canteiros de flores de muitas variedades, fiquei imaginando cono seria lindo poder admirar o pôr-do-sol por aquela janela. As paredes eram de um tom de roxo muito claro, algo muito sofisticado.
Descendo as escadas tinha uma sala grande mas só tinha uma poltrona velha e florida e uma escrivaninha com uma máquina de escrever em cima. Do lado direito da sala havia uma porta mas ela estava trancada, mas eu lembrei de vários filmes de ação que eu havia assistido e então peguei um grampo que estava em meu cabelo e o usei para abrir a porta. Quando eu abri a porta me deparei com uma visão surpreendente, era uma biblioteca! E havia milhares de livros, fiquei boquiaberta em pensar como alguém abandonaria um lugar com um tesouro desses.