Prólogo

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Prólogo

31/12/2011

- Venham meninas, estou louca para ver os fogos, está quase na hora - falo animada assim que desço do carro, acompanhada de Alice e Isadora, minhas melhores amigas.

É noite de ano novo, a praia de Copacabana está lotada, todos ansiosos pela virada do ano. E eu também, pois não é todo dia que alguém se muda para Boston porque ganhou uma bolsa de estudos em Medicina.

Parto daqui há três semanas, sozinha e com esperança que tudo dê certo.

- Hey Meri, quer uma bebida? - minha amiga Isadora pergunta quando passamos em frente a um quiosque.

- Sim, claro. Nada muito forte, quero lembrar da noite de hoje. - lhe dou uma piscadela.

- É pra já madame, e você Alice vai querer o que? - pergunta para Alice ao meu lado.

- O mesmo que a Meredith.

Algum tempo depois ela volta com duas0 batida de maracujá. Entrega uma para mim e outra para Alice.

- Humm está uma delicia. - digo saboreando a bebida.

Alice concorda com a cabeça.

- Vem, vamos para mais perto do mar. - ela diz puxando a nós duas.

A praia está lotada, é quase impossível se locomover. Várias pessoas bebem e dançam animadamente uma música que eu não sei de onde vem. Depois de vários minutos andando no meio da multidão conseguimos chegar à beira do mar, as ondas molhadando nossos pés descalços. A música é alta, e logo, mais pessoas começam a se juntar as outras que estão dançando.

- A coisa aqui tá animada! - Alice diz.

- Vamos para outro lugar? - pergunto a elas.

As duas concordam.

- Já vai dar meia-noite está quase na hora dos fogos, temos que procurar um bom lugar para ficar. - eu balanço a cabeça concordando com Isa.

Tento abrir caminho no meio das pessoas e depois de um longo tempo conseguimos sair do meio do povo. Os fogos começam a explodir e então levanto a cabeça para olha-los. Continuo andando e derrepente trombo em uma parede de músculos, a bebida em meu copo é jogada para fora em direção ao corpo da pessoa, agora, sua roupa branca está toda encharcada com o liquido amarelo. Olho pra cima para saber quem foi o sortudo da vez em quem eu derrubei a bebida, já esperando uma enxurrada de xingamentos, mas isso não acontece, pelo contrario, os olhos do homem mais lindo que eu já vi em toda a minha vida estão cravados em mim. Me perco dentro daquele mar azul que é a cor de seus olhos.

Oh meu Deus, esse meu jeito desastrado ainda vai me arrumar confusão!

Eu sorri tentando amenizar o problema.

- Desculpe, eu não vi você. - consigo dizer.

- Não, está tudo bem, não se peocupe. - diz ele afastando o tecido molhado de seu corpo com as mãos, sua voz causa um efeito muito maior do que eu gostaria sobre mim.

Dou um sorriso e tento sair o mais rápido possível dali tentando escapar, se não vou acabar cometendo uma loucura. Incentivo minhas pernas a se moverem e viro de costas para ele, à procura de minhas amigas.

- Espera! - ele diz agarrando meu braço e eu me viro para ele, mais uma vez prendia à seu olhar. - Qual o seu nome? - pergunta.

Qual é mesmo o meu nome? Ah sim, Meredith.

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