Two

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Oioi! finalmente atualização! Tá meio estranho e sem dar pra entender, mas vai ficar tudo esclarecido conforme a história evoluir. ok?

Enjoy!


Olhos verdes.

Ele possuía  grandes olhos verdes. Eles me olhavam assustados, como uma presa prestes a cair nas garras de seu predador.

"Eu vou permitir que o garoto entre, mas é sua total responsabilidade" - o guarda disse apontando o dedo em meu rosto.

O garoto simplesmente me deu as costas e entrou na boate. Sem nenhum agradecimento. Era óbvio que eu não deixaria passar batido, meu ego é algo que ninguém fere.

"Ei, não acha que me deve ao menos um agradecimento?" - o segui dentro da boate.

Ele se virou repentinamente, nossos peitos quase se chocaram. Seus olhos estavam sombrios, seu maxilar travado.

"Eu não pedi que fizesse aquilo por mim, não tenho que agradecê-lo." - respondeu olhando firmemente em meus olhos antes de novamente me dar as costas.

O que há de errado comigo essa noite? Eu fui gentil e é assim que o garoto me agradece? 

Pirralho!

 Me dirigi até o bar e pedi uma cerveja. Encostei-me ali mesmo, dei alguns goles da minha bebida enquanto observava a movimentação na pista, talvez alguém me interessasse, nem que fosse apenas para uma foda rápida no banheiro.

Aliviar a tensão, sabe?

Me distraí o suficiente para não perceber que o mesmo garoto mal educado que eu havia ajudado a entrar estava parado próximo a mim, tentando conseguir alguma bebida.

Ele conseguiria no máximo uma cerveja, e eu sei que ele não estava procurando uma cerveja. Cervejas não te deixam embriagado tão rapidamente.

"Eu não posso te vender mais que uma cerveja garoto" - o barman avisou.

Não ria Louis, não ria. Disse a mim mesmo. Ignore, ignore.

Não, impossível ignorar. Sorri para mim mesmo. Ele estava tentando persuadir o barman jogando uma nota de vinte libras sobre a mesa, vinte euros! Suficiente para comprar três daquelas cervejas baratas. Esse garoto estava realmente desesperado para ter um pouco de álcool correndo em suas veias.

"Ah, vamos lá!" - vi o barman tensionar, ele estava tentado a aceitar o suborno, mas ele sabia que se fosse pego, acataria em sua demissão.

"Eu não posso, eu realmente não posso" - respondeu, a voz vacilante. Bastava insistir mais um pouco e ele conseguiria o que tanto queria.

O garoto recolheu a nota irritado e a pôs de volta no bolso do seu jeans rasgado.

"Um Black Velvet para o garotão aqui, por favor" - eu disse, e lá estavam novamente aqueles belos olhos verdes me fuzilando.

Ele tentou fugir novamente, mas segurei seu braço, o mantendo no mesmo lugar.

 O senti estremecer.

"Me solta" - sua voz não passou de um sussurro, eu não teria entendido se não tivesse lido seus lábios.

"Ei, espere a sua bebida ficar pronta" - disse, soando muito mais brando que eu esperava. Ele não passa de uma criança apesar da pose de homenzinho.

Ele não disse um palavra, apesar de ter ficado parado ali como pedi.

"Qual o seu nome?" - perguntei.

Butterfly - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora