Three

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Oioi! Ninguém lê essa fic, mas eu gosto dela, então resolvi atualizar. 

Enjoy!


Fazia quase uma semana desde o incidente na boate. Harry já estava em casa, havia recebido alta na sexta,  segundo o que Ashton me disse.

Irwin estava sendo muito gentil comigo em trazer sempre que possível, informações sobre o garoto. Aliviando assim a culpa que eu sentia. Eu quis ir até o hospital, vê-lo, mas minha falta de coragem me impediu, e mesmo que eu fosse, a irmã dele certamente cravaria uma faca em minhas costas assim que eu me distraísse.

"Que há com você?" - Zayn pergunta, colocando os pés sobre minha mesa de centro.

Ele sabe que odeio quando fazem isso. Após ver meu olhar atravessado, ele rapidamente retira os pés do móvel.

"Nada, só estava pensando" - digo, levantando e indo para a cozinha pegar uma cerveja.

Ao invés de me sentar novamente ao seu lado após pegar a bebida,  caminho até a sacada. O sol de primavera  reluzia alto no céu, pardais cantava na rua, latidos de cães eram ouvidos ao longe, enquanto o zumbido de carros e buzinas era  mais próximo e alto.

Escoro-me sobre as grades velhas e olho para a imensidão de prédios a minha frente. Não percebo que Zayn agora estava ao meu lado, fumando seu cigarro silenciosamente. Zayn é como um gato, misterioso e silencioso com seus movimentos.

"Diga o que está te perturbando, cara" - pede, após expelir a fumaça da última tragada.

Bebo outro gole, querendo ganhar tempo.

"Eu quase-" - comecei, não sabendo como explicar. "Eu quase matei um garoto aquele dia no bar" - digo.

"Ca-ra-lho" - diz pausadamente, expressando seu choque. "Puta que pariu Louis! Como isso foi acontecer?"

Seus olhos negros me olham em pânico, bom, talvez eu tenha exagerado em dizer que quase o matei, eu apenas contribuí pra a causa.

"Ele tinha dezessete" - começo. "Quando eu estava voltando para a boate, o garoto estava tentando entrar. Os seguranças barraram ele, então eu pedi para que o deixassem entrar, concordando em me responsabilizar por ele em troca" - Zayn quis me interromper, mas continuei. "Alem de colocá-lo para dentro, comprei uma bebida pra ele. Eu o perdi de vista em algum momento, e quando saí, para chamar um táxi e voltar para casa havia uma ambulância lá. O garoto era depressivo, tomava remédios e teve uma overdose"

Zayn riu.

"Você me assustou cara, achei que tivesse sei lá, batido em alguém e o deixado inconsciente, mas você só deu uma bebida ao moleque" - debochou.

"Eu só dei uma bebida a ele, e foi o suficiente para deixá-lo no hospital!" - rebati. "Ele podia ter morrido e eu teria ficado- eu teria me sentido responsável!"

"Desculpa" - disse, apagando seu cigarro em uma das floreira vazias da sacada. "Eu só imaginei que fosse algo pior. Não se culpe por isso" - pediu, passando o braço em meu ombro. 

Balancei a cabeça.

"Ele morreu?"

"Não, ele já está em casa" - expliquei.

"Então não há porque se preocupar" - balancei a cabeça novamente. "Oh, esqueci que estou falando com um Tomlinson" - brinca. "Você vai continuar se sentindo culpado enquanto não arrumar uma maneira de se redimir, não é?" - era verdade.

"Sim" - forço um sorriso.

"Porque não o convida para sair? Ajude-o a sair dessa depressão" - sugere.

Butterfly - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora