Fuck Me, Luke

10. ten

Desculpem pelos erros

 " Monday left me broken
Tuesday I was through with hoping
Wednesday my empty arms were open
Thursday waiting for love, waiting for love
Thank the stars it's Friday  "

[ Jessica ]

"O que aconteceu?" A Daise pergunta com os olhos arregalados.

O Luke iria fazer-me mal se a Daise não aparecesse? Ele não pode ser assim tão cobarde para bater numa rapariga... Ele não seria capaz, ou seria?

Enquanto nos dirigíamos para as traseiras do edifício mais grande da universidade, explicava-lhe o que tinha acontecido entre mim e o Luke durante a aula, para ele chegar ao ponto de perguntar se eu queria fazer sexo com ele, recebendo risos e uma lista de nomes que ela não parava de chamar ao rapaz de cabelos loiros. Ele acha que por seu sair da sala completamente irritada era porque eu queria fazer sexo com ele? Que raio?

"Não és o meu tipo miúda"

Ninguém gostaria de ouvir isso, certo?

Dei o assunto por encerrado com a Daise, ainda era de manhã e eu já não podia ouvir o seu nome mais. Ela percebeu e apenas acenou com a cabeça.

Encostámo-nos á parede branca (branca não, preta de sujidade) do edifício e ficámos caladas por uns segundos a apreciar a vista á nossa frente. A pequena horta da escola. Enquanto eu observava as flores amarelas e brancas, ouvi a Daise ao meu lado a abafar um "Ah" , como se tivesse lembrado de algo. Ela pôs a mala em apenas em um dos seus ombros e abriu o fecho, olhei para ela curiosa e quando Daise tirou um maço de cigarros arregalei os olhos.

"Roubei do meu irmão." Ela diz vitoriosa "Há quanto tempo é que não fumámos mesmo?" ela perguntou enquanto tirou num dos bolsos das suas calças um isqueiro.

"Não sei... Um ano talvez?" disse ao lembrar-me da última vez que tinha fumado um cigarro na minha vida. "Estávamos a ficar obcecadas por fumar, então parámos. Lembraste?"

"Perfeitamente. E a tua mãe quase nos apanhou!" Ela ri

A Daise costumava roubar ás vezes cigarros ao seu irmão, e por mais incrível que pareça ele nunca a apanhou nem desconfiou de nada. No ano passado, ela perguntou-me se eu queria experimentar com ela. Experimentámos pela primeira vez quando andávamos no oitavo ano. Nas traseiras da escola. A Clayde nunca soube de nada, ela era daquelas pessoas que não queria experimentar drogas, fumar e beber. Ás vezes conseguia fazê-la beber mais do que um copo de álcool, mas ela sempre parava no terceiro.

O irmão da Daise, tinha 27 anos e ás vezes quando ela ia passar o fim de semana á casa dele (Ele já tem a sua própria casa) , roubava sem ele saber.

A última vez que fumámos, foi na minha casa. Na casa da minha mãe assim dizendo. A Daise tinha ido passar o fim de semana e nós estávamos no quarto. A minha não estava em casa, tinha ido ás compras com a minha irmã. Então, nós começamos a fumar no meu quarto e nem vimos pelas horas e horas a passar. Quando já estávamos no terceiro cigarro ouvimos a porta da entrada a abrir-se. E depois a voz da minha mãe a gritar o meu nome. Fomos a correr para a casa de banho e escovamos os dentes para ela não sentir o cheiro.

"Yeah, lembro-me como fosse ontem."

"Queres um?" ela perguntou.

"Eu partilho contigo um."

"Ok."

Ela tirou na caixa um cigarro e em seguida guardou-a rapidamente na mala. Ligou o isqueiro e acendeu-o. No que é que eu fui-me meter?