_Vamos Louis. Já pegou tudo? Precisamos ir. Quero passar na oficina novamente, para pegar mais gasolina e óleo.
_ Estou pronta. Podemos ir.
_ Você pegou tudo que queria?
_ Sim. Peguei.
_ Então vamos.
_ Para aonde vamos?
_ Nós não podemos ficar na cidade. É perigoso para um vírus que se contamina pelo ar.
Louis se lembrou de um acampamento que passaram nas férias de verão, do ano passado. Era um lugar muito afastado da cidade, e era bem aconchegante. Poderiam ver se tinha algum sobrevivente no local. Achar alguma outra pessoa ajudaria muito.
_ Ei, Espera, que tal aquele acampamento que ficamos no ano passado? Lá parecia ser um lugar bem isolado, e talvez podemos encontrar sobreviventes.
Matt pensou um pouco, quando se lembrou bem do lugar. Era um bom lugar, e tinha mesmo a chance de se achar alguém lá.
_ Ok. Parece mesmo ser um bom lugar. Você lembra o caminho?
_ Não, mas eu tenho um mapa que deram, que mostra o caminho depois da saída do viaduto da cidade, até o lugar.
Enquanto Louis procurava pelo mapa, Matt pensou, se toda a cidade foi por água a baixo, por que eles também não foram? Por que estão vivos? Será que exitem mais pessoas que não foram afetadas pelo vírus? E tudo isso aconteceu em dois dias. Imagina os outros. Demorou um pouco até...
_ Achei. Podemos ir.
_ Vem, vamos descer até a garagem.
Desciam desanimados, por deixar a casa em que cresceram para sempre, ou até isso tudo acabar, mas por hora, isso é um adeus.
Quando Matt viu aquele furgão que mais se parece com um tanque gigante, nem quis parar para checar se o veículo está em condições para um longa viagem. Trinta minutos até o viaduto que divide a cidade e a área rural, e mais duas horas e meia até o acampamento. Eles não pensaram duas vezes, apenas entraram.
_ Pronta?
_ Matt?
_ Oi.
_ Você renovou sua carteira de motorista?
_ Louis, isso não é hora para fazer brincadeira, se for parar para pensar, eu sou sua única esperança.
Os dois esboçaram um sorriso, que deixou aquela pressão um pouco mais aliviada.
_ Vamos?
_ Mete o pé!
Matt desceu o pé no acelerador, fazendo com que os dois fossem impulsionados para trás. Ele fez com tanta força, para aliviar a raiva de tudo, que pareceu que iria quebrar o carro._ Matt.
_ Oi Louis.
_ Quanto falta?
_ A pior parte já passou, apenas uns quarenta e cinco minutos. Está com sono?
_ Sim, se importa se eu dormir um pouco?
_ Claro que não. Vou até ter que diminuir um pouco, está parte está um pouco congestionada.
_ Valeu mano.
Carros completamente queimados, e sem ninguém dentro, parece que as pessoas saíram de seus veículos. Matt fica um pouco assustado ao ver tudo isso, acabado.
_ Ainda bem que Louis não está vendo isso.Ela nunca foi muito corajosa, mas tomara que ela mude, por que da maneira que está, não vai dar para continuar com ela sendo tão incapaz de andar no escuro.
_ Mas que porra é aquela?
Matt avista uma pessoa, mas ela parece estar apontando alguma coisa em sua direção.
_ Ai meu deus, o cara tá apontando uma pistola para agente? Esse vidro com certeza é blindado, é uma coisa com que não preciso me preocupar.
Mas no instante que Matt começa a acelerar para tentar atropelar o cara, ele começa a balançar os braços, parecendo estar pedindo ajuda.
_ Será que ele quer ajuda? Não sei se posso confiar nele, ainda mais com a Louis dormindo._ Qual o seu nome? Quantos anos você tem?
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Threat 204
Mystery / ThrillerO maior erro da humanidade foi acharem que tinham tempo para fazer uma cura. Com isso, toda a espécie humana se corrompe, deixando apenas alguns, que sobreviveram ao vírus.