A Humanidade começa a despencar

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    Nada estava bom. O noticiário anunciou novamente que agora todas as uniões deveriam trabalhar duro na cura, para o bem da humanidade.               Mais 15 milhões de pessoas morreram de ontem para hoje.
    _ Matt. Matt.. Matt... Acorda! Não estou brincando. Mais 15 milhões de pessoas morreram apenas hoje, e metade delas eram daqui. Do nosso continente. Precisamos fazer alguma coisa.
    _ O que podemos fazer? Se ninguém quer fazer a cura, no que podemos nos empenhar? O número de mortes aumenta a cada minuto. Uma hora será a nossa vez. A não ser que tenhamos uma imunidade contra esse vírus.
    Estava claro, que nenhum dos dois poderia fazer alguma coisa.
    _Será que a CEDS pode fazer alguma coisa?
    _ Você acha que uma máquina que mede batimentos cardíacos pode fazer alguma coisa em uma situação como essa?
    _ Você lembra sobre o que o Dr.Willy disse? Ela tentava restabelecer nossa estrutura de saúde.
    _ Sinceramente Louis, eu gosto muito de você. Mas n acho que esteja com todos os parafusos na cabeça. É uma máquina furréca de terceira categoria, que da choques térmicos. E só!
    _ É A NOSSA ÚLTIMA OPÇÃO!
    _ Porque não ficamos juntos aqui, que está um clima agradável?
    Louis apenas sai do lado de Matt, pega seu casaco e...
    _ Aonde você está indo?
    _ Até a faculdade.
    _ Espera... Desculpa. Eu vou com você.
    Louis esboça um sorriso em seu rosto, fazendo com que Matt se sinta orgulhoso.
   
    Os dois saem andando. Não está nevando tanto assim. Está mais sol do que neve. Mas o frio insuportável ainda está no ar, ardendo a pele de todos que estão na rua.
    As ruas estão muito vazias. Não se ouve nem se vê ninguém. Até as casas parecem estar vazias. Um pensamento corre pela mente de Louis, que talvez, todos estejam mortos. Ela soube que esse vírus não é mais como a gripe comum. Ele faz a temperatura do seu corpo descer tanto, que acaba morrendo de hipotermia, com uma dolorosa morte.

    O sinal de comunicação já não funciona como era para funcionar.

    _ Matt?
    _ Oi.
    _ Sinto falta dos nossos pais.
    _ Eu também. Como eu queria que eles não tivessem morrido naquele acidente de avião.
    _ É verdade. Pelo menos não estaríamos sozinhos nessa. Nós só temos uns aos outros Louis.
    _ Eu sei que não somos irmãos de verdade. Mas eu quero que saiba, se algo acontecer comigo... Eu te amo muito Matt.
    _ Ei. Ei ei ei... Que pensamento é esse? Nós vamos ficar bem. Nada de ruim irá acontecer conosco. Eu prometo.
    _ Promete? Diz Louis com uma cara de cachorrinho Triste.
    _  Eu prometo. Nos iremos sobreviver.
    _ Acredito em você. Fala ela começando a chorar.
    _ Ei, não chora. Vamos. Acabamos de chegar. Viu? Se anime!
    _ Ok. Como vamos entrar?
    _ Ta ae um problema. Vamos ter que pular a grade.
    _ Tudo bem.
    _ Louis. Pode me dar pézinho?
    _ Aham. Aí depois você me puxa lá pra cima ok?
    _ Combinado.
    Louis começa e segurar Matt, enquanto ele sobe pela grade baixa que tem entre a rua e a faculdade. Quando ele finalmente consegue, ergue a mão, e começa a puxar Louis junto a ele. Os dois descem juntos, com cautela para não se machucarem.
    Um silêncio invsde seus ouvidos. Nenhum dos dois algum dia pensaria em ver este lugar assim. Tão calmo. Normalmente a faculdade é um lugar muito ativo, e agora...
    _Pronto. Então é isso?
    Uma caixa bem grande, parecendo um detector de metal, branco e quadrado. Era bem alto. Tinha cerca de uns dois metros de altura.
    _ Eu falei... Isso é máquina de batimentos cardíacos.
    Louis entra e aciona um botão verde no painel dentro da cabine. Ela começa a fazer um barulho muito incomum. Parecendo que vai explodir.
    _ Matt, isso está fazendo cócegas. No painel está escrito: "Nível de Saúde: 100℅".
    _ Eu disse que nada iria acontecer com você
    _ Espera. Mudou. Agora está escrito, "preparando descarga elétrica".
    _ O que? Louis sai daí agora!
    Ela sai apressada, e bem na hora em que a máquina deu um curto e pifou.
    _ Em? Como uma máquina pode pifar assim, do nada?
    _ Eu falei que não era uma boa idéia. Vamos voltar agora?
    _ Vamos.
    Enquanto pulavam novamente a grade, dava para se perceber que Louis não estava feliz.

                                 ...

Finalmente, depois dessa longa caminhada, eles chegam, e se deitam na cama.
    _ Me desculpe Matt.
    _ Como assim? Pelo que você está se desculpando?
    _ Por não ter te ouvido.
    _ Nós somos um time agora. Eu poderia estar errado. Não tem nenhum problema se erramos.
    _ Obrigada. Você sempre levanta meu astal. Que tal procurar-mos por notícias na TV?
    _ Acho uma boa.

    E ficaram os dois, procurando por notícias enquanto comiam uma tigela de cereais, até disserem...
    _ Boa noite Matt.
    _ Boa noite Louis.

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