Capítulo 6

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CAPÍTULO SEIS

A ESCOLHA

SIMEÃO ACENOU COM A CABEÇA e disse "bom dia" ao chegar à capela

sexta-feira de manha. Ficamos sentados em silêncio por alguns minutos até que ele

me fez a pergunta de sempre.

- Estou aprendendo tanto, Simeão, que não sei por onde começar. A idéia de

normalizar o comportamento do meu grupo de supervisores, por exemplo. Este é um

conceito sobre o qual tenho que pensar de fato.

- Quando eu trabalhava, John, nunca permiti que meu pessoal tivesse extensos

manuais cheios de procedimentos e políticas tentando normatizar o comportamento

das massas. Eu sempre me preocupava muito mais com o comportamento dos líderes

e em normatizar seu comportamento. Se o time da liderança estiver na página certa, o

resto seguirá naturalmente.

- Este é um ponto interessante, Simeão.

- Durante minha carreira, eu ia muitas vezes a companhias com problemas, e

as pessoas apontavam o Chucky da retroescavadeira ou alguma garota da expedição

dizendo que neles estava o real problema. Mas nove vezes e meia em dez, quando eu

visitava uma companhia em crise, o problema estava no topo.

- Engraçado você dizer isso, Simeão, porque minha mulher muitas vezes

trabalha com famílias problemáticas e constata a mesma dinâmica. Os pais trazem os

filhos, dizendo: "Conserte estas crianças! Elas estão pintando o sete por toda a casa!"

Por experiência, minha mulher sabe que este comportamento é apenas um sintoma do

problema real, que na verdade está muito mais relacionado com a mãe e o pai.

- Um general velho e sábio uma vez comentou que não há pelotões fracos,

mas líderes fracos. Você acha que o movimento sindical em sua fábrica foi um

sintoma, John?

- Sim, pode ser - respondi, sentindo-me culpado e querendo mudar de

assunto. — Fale-me da práxis, Simeão. Você mencionou isso ontem de manhã. Você

disse que sentimentos positivos vêm de comportamentos positivos. O que isso

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significa exatamente?

- Ah, sim, práxis. Obrigado por me lembrar. O pensamento tradicional nos

ensina que os pensamentos e os sentimentos dirigem nosso comportamento, e, claro,

sabemos que isso é verdade. Nossos pensamentos, sentimentos, crenças - nossos

paradigmas – exercem de fato grande influência sobre nosso comportamento. A

práxis ensina que o oposto também é verdadeiro.

- Acho que não entendo, Simeão.

- Nosso comportamento também influencia nossos pensamentos e nossos

sentimentos. Quando nos comprometemos a concentrar atenção, tempo, esforço e

outros recursos em alguém ou algo durante um certo tempo, começamos a

O Monge e o ExecutivoOnde histórias criam vida. Descubra agora