PRÓLOGO "OS 10 MANDAMENTOS DO AMOR"

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Prólogo

Carnaval de 2003

A alegria me pertencia e eu não poderia imaginar o que ainda estava por vir. Naquela noite quente de mais um fevereiro, eu estava pronta para entrar na avenida quando conheci aquele que, futuramente, seria a grande fonte de inspiração para esse livro: Wagner, um verdadeiro Deus do Amor. Foi muito rápido: cruzamos olhares sensuais, apertamos as mãos demoradamente, demos beijinhos no rosto, trocamos meias palavras e alguns números: os do meu telefone celular. Ele não tinha como anotar, teria que guardar de cabeça. Confie na memória dele ou em alguma sorte ou destino do amor e fui cumprir meu papel: brilhar na Sapucaí!

Passaram-se três meses, o carnaval acabou e a fantasia também, a vida já voltava ao normal. Não houve nenhum contato. Não sei por que, mas eu não parava de pensar naquele homem! Não dava para entender por que ele me chamara tanto à atenção. O que meu coração estaria tramando? O fato é que durante esse período, eu sonhava com aquele Casanova quase toda a noite. Num dos sonhos ele era o mágico do circo da minha infância, no outro era um anjo encarnado de asas magníficas. Até que tive o sonho mais real de todos.

Eu estava vestindo uma transparência, o tecido molhado sobre minha pele, os pés descalços na grama, os cabelos molhados por causa da chuva. Então eu subia um monte muito alto, meio escondido pela névoa. Lá em cima, encontrava uma espécie de super herói, dessa vez transformado num profeta ou num mago, sei lá!. E ele me dizia que se chamava EROS, o Deus do Amor e eu AFRODITE  - A Deusa da Beleza.  Explicava-me que aquele monte chamava-se Vênus e que nesse Monte de Vênus (por uma bela analogia ao monte de Vênus da mulher, onde fica o púbis) ele iria me passar uma história sobre os 10 Mandamentos do Amor ! A única coisa que eu pensava era: " Ai, meu herói compulsivo da sedução, eu não tenho nem onde anotar essa história"!

Acordei suada, procurando a minha volta papel e caneta. Até que me dei conta da bobagem e passei o resto da noite olhando para o teto, tentando entender aqueles sonhos todos.

Foi quando naquela manhã, recebi o telefonema que esperava. Tive vontade de dizer de cara: "até que enfim!" Mas claro que não fiz isso. Do outro lado da linha, Wagner me dizia num tom de voz doce e simpático, que não conseguia me tirar da cabeça, que sonhara comigo repetidas vezes e que, em um dos sonhos, nos via fazendo amor voluptuosamente! Aquilo me deixou eufórica, com uma emoção que nem eu sabia explicar. Respondi que também sonhara com ele e que no sonho nós estávamos nos tocando eroticamente. Disse isso assim e senti meu rosto corar. Uma mulher como eu, parecendo uma menininha apaixonada... ou assanhada! Então ele me propôs um jantar, para que nos conhecêssemos melhor. Antes que eu pudesse topar, ele completou: "Mas não será um jantar comum, num lugar qualquer. Gostaria de te convidar a vir comigo a um lugar especial. Campos de Jordão em São Paulo. Você conhece?" Claro que conhecia! Achei aquilo um tanto excitante, misterioso. Por que logo Campos de Jordão? O que será que Wagner tinha em mente? Não demonstrei esses pensamentos, apenas disse que seria uma boa, e topei o jantar. Quando desliguei o telefone, estava excitada e meu peito parecia que ia explodir, de tanta expectativa.

Chegara o dia!

Como eu previa, Wagner fora um cavalheiro. Arrumou um quarto para mim e outro para ele, como mandava a etiqueta da sedução. À noite, combinamos de nos encontrar num café charmoso e aconchegante que ele conhecia num ponto mais afastado da cidade. Fazia muitíssimo frio e fui ao encontro com um figurino que não tinha muito a ver comigo. Aquilo me deixou um pouco preocupada: sempre tive nas curvas do meu corpo uma grande arma de sedução; o que será que ele acharia de mim naqueles trajes, cheia de casacos, sobretudo e echarpe? Para arrematar e chamar atenção, coloquei um gorro aveludado cor de rosa pink.

Os 10 Mandamentos do Amor(escritos no monte de Vênus)Onde histórias criam vida. Descubra agora