Capítulo 2

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****** Capitulo sem revisão******

Mais um dia...

Angeline se levantou sem um mínimo de vontade. Parecia um boi indo para o abate. Nada a fazia melhorar seu astral. Não sabia mais como fugir das investidas maldosas de Ella. Ela não entendia. Ela nunca revidava. Ele nunca procurava. Uma vez a disseram que era exatamente isso. Por nunca revidar que ela continuava a atormenta-la

Ela ate tentou revidar. Foi no 5º ano. Mas, o que aconteceu foi a maior surra que já levou na vida. Com toalhas molhadas no banheiro do vestuário. Juntou todas as meninas para açoitar sua bunda e costas. Ela saiu mancando e dolorida. Chegou em casa e deitou-se humilhada. Ninguém saberia da sua fraqueza.

Ela esperava pacientemente que ela a esquecesse. A cada dia que passava, ela sonhava com o dia em que ela a esquecesse. Que achasse outro alvo. Era até uma mazela de seu caráter. Esperar que houvesse outro alvo que não fosse ela. Esperar que outro sofresse toda a humilhação e a dor que sentia. Será que ela aguentaria calada como todos os outros? Nem sabia... Não imaginava um mundo em que ela não fosse o alvo de Ella.

Ela penteou os cabelos loiros escuros e amarrou em um coque frouxo. Olhou seus olhos azuis sem brilho e os escondeu atrás dos óculos fundo de garrafa. Nada de maquiagem. Ella a chamaria de porquinha palhaça, e a humilharia ainda mais. Seus dentes metálicos eram motivo de seu apelido boca de lata, e quando colocava os tais freios, era motivo ainda maior para ser chamada de égua baia... De todo o jeito seria o alvo. Colocou sua calça cargo bege e três números maiores com um cinto que a segurava. Uma blusa grande que a fazia parecer ainda mais gorda. Tudo para não ser o alvo, o que era impossível.

Chegou e se encaminhou até a sala, ajeitando os óculos no rosto e tentando se esconder atrás dos livros que levava. Quando se aproximava da sala, viu o objeto de seus sonhos parado junto a porta. Luke Persen. Ele conversava com Arthur kam, seu melhor amigo. Quando a ve abre um sorriso enorme. Seu coração acelera e ela olha pra trás. Ella devia estar atrás dela. Alivio a toma, quando não a vê. Mas, logo, o alívio sucumbe ao receio. Então, o sorriso era pra ela? Jesus, Ella a mataria. Sentiu seu corpo todo tremer e suas pernas queriam virar gelatina. Ela deveria fugir. A atenção de Luke, embora desejada, era um perigo a sua saúde. Parou abruptamente. Tinha que fugir o mais rápido que pudesse. Viu de canto de olho que ele vinha em sua direção. Mapeou rapidamente ao seu redor e viu a porta do banheiro. Saiu em disparada para lá.

Luke ao ver a atitude medrosa da garota, caiu na gargalhada.

Ficou parado a porta por vários minutos e nada dela sair. Já havia batido o sinal a um certo tempo e nada. Parou uma menina que saia e perguntou:

- Há mais alguém ai?

- Ahhh sim... Tem uma menina chorando. Ate perguntei se precisava de ajuda, mas, ela disse que não e pediu pra ser deixada sozinha. Eu não faço ideia de quem seja. – e saiu apressada.

Se soubesse não ajudaria, pensou Luke. Sabia que todos fugiam da convivência com Angeline, e atribuía isso ao medo que todos tinham de Ella. Ele sabia que ela era ruim, e mesmo assim a amava com loucura. Faria qualquer coisa por ela. Até mesmo dormir com essa derrotada que agora chorava no banheiro. Mas, precisava se aproximar, mas, ela era arisca, moldada pelos anos de perseguição de Ella.

Entrou delicadamente no banheiro e já podia ouvir os soluços da menina. Olhava por baixo das portas e empurrava delicadamente as portas, até que sentiu uma delas fechada. Forçou um pouco e viu que se tratava do refugio de Angeline, que ao notar que sua porta era perscrutada, calou-se instantaneamente e perguntou:

- Quem é?

Ele tomou coragem e disse:

- Eu, Angel.

- Eu quem? – Quem era esse abusado? Ninguém a chamava de Angel.

- Luke.

Ela olhava boquiaberta para a porta do banheiro. Ele havia entrado em um banheiro feminino atrás dele. Não... Não... não... Ella a mataria.

- O que faz aqui? É um banheiro feminino, não notou? – perguntou apreensiva.

- Sim. Mas, eu queria falar com você. Você saiu correndo, fiquei preocupado. Te fiz algo, linda? – perguntou rindo por dentro do bichinho acuado.

- Não... Você não fez. Nem fará. Fique longe de mim. Apenas isso. – abriu a porta, o empurrou e saiu correndo em disparada.

Ele ficou parado sem entender nada. Viu nos olhos o pavor da menina. Meu Deus. Isso será pior que pensou. O que maldição Ella havia feito a essa coitada?

Saiu sem entender muito bem o que havia acontecido. Sabia que teria que lutar. Mas, como? Ela não tinha amigos a quem ele pudesse recorrer. Não tinha uma vida social que fosse digna dos tabloides. Ela simplesmente era um fantasma. Seria impossível saber sobre fatos de sua vida com antecedência. Tudo deveria ser conquistado aos poucos. Mas, como ele se aproximaria?

De repente, algo surge em sua mente. Mas, precisava de Ella para ajuda-lo.

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Princesa às avessasOnde histórias criam vida. Descubra agora