***** Capítulo sem revisão******
Como se veste pra ir ver a banda do carinha que se gosta? Existe um manual? Porque se existe Angelina queria.
Pensou... Pensou... E achou que não devia ser vestir diferente do que era seu habitual, senão ele saberia que povoava seus pensamentos amorosos. Era estranho o recente interesse dele por ela, mas, ela precisava dar o braço a torcer. Sentia-se muito sozinha. Não tinha amigos. E desde que virara alvo de Ella, sentia-se extremamente infeliz. Essa era a pontinha de felicidade que precisava para passar com o mínimo de sanidade por esse ultimo ano escolar.
Pensou que se mostrasse ele riria dela. Ele nunca se interessaria por ela. Devia estar precisando de nota. De ajuda em um trabalho. Ou experiência social. O fato que essa aproximação tinha um por quê. E ela tinha ate medo de descobrir. Mas, se ele a usaria, ela também se aproveitaria dele.
Só não sabia como faria. Apaixonada já estava. Só teria cuidado pra não acreditar em contos de fadas e se machucar em demasia.
Colocou uma calça jeans no seu número e uma blusa sem manga. Vai que ele a pede para tocar? Amarrou seu cabelo em um coque alto e ajeitou seus óculos. Ora, estava se sentindo bem. Um pouco mais normal.
Desceu com o estojo da guitarra grudado em suas costas. Estava quase na hora. Correu a cozinha. Tomou um suco e comeu um sanduiche. Mal acabou a campainha tocou. Ela saiu correndo e encontrou Lia a meio passo da porta para abri-la. Gritou pedindo que ela deixasse que ela atendesse. Atendeu afobada e encontrou com olhos avaliadores e um sorriso sacana. Tentou retomar o folego, mas, se viu prendendo a respiração. Que sorriso era esse meu Deus?
Ele mapeou o corpo. Era ate bem bonito. Se houvesse como tampar esse rosto, tudo ocorreria bem. Olhou pra ela e estendeu a mão. Tudo por Ella.
Ela pegou a guitarra, e deu-lhe um sorriso tímido e deu-lhe a mão. Saíram até o Mercedes com motorista que os esperavam. Andaram uns 20 minutos e logo se encontravam em um galpão. Ele saiu e estendeu-lhe a mão. Ela a pegou e saiu curiosa, observando tudo ao redor. Ele pegou o case de sua guitarra e apoiou no ombro, seguido por Angeline.
Entraram. Deram de cara com um lugar amplo onde havia um palco. Lá estavam 4 garotos. Todos amigos de escola de Luke. Caminharam até eles, Angeline sendo rebocada por Luke. Já sentia suas bochechas pegarem fogo. Mas, foi.
Todos se cumprimentaram e olharam desconfiados de Luke a Angeline. Luke apressou-se
- Galera, essa é Andy. Ela veio prestigiar nosso som, e com sorte, tocar pra nós.
- Ela toca? – perguntou Tom, um garoto ruivo, magrelo e cheio de sardas.
- Já tem 7 anos que faço aulas. – Respondeu ela.
- Sete anos? É muito tempo... Já tocou em bandas? – Pergunta Sam.
- Sim. Minha mãe achava ser culto tocar um instrumento clássico. E aos três anos me colocou em aulas de piano clássico. Fui uma excelente aluna até meus dez anos. Dai, me rebelei e comecei a fazer aulas de guitarra. Nunca toquei em uma banda... Sempre com o pessoal do conservatório de Kent.
- Conservatório de Kent? Você realmente deve ser boa. A uma lista de espera de 5 anos para entrar lá. – Roob diz.
Ela sorri encabulada. Não gostava de ser o centro das atenções.
- Bom... Eu não acho.
- Toque e veremos. – disse Roob.
Ela então pega o case de sua Fender American Vintage, conectou ao amplificar e fez um solo de guitarra que arregalou os olhos dos garotos. Uau... Ela era realmente boa. Dedilhava com precisão e fazia os pelos do pesco;o de Luke se eriçarem. Ela era demais.
Quando enfim acabou de fazer o solo de 'No such thing', todos se levantaram e aplaudiram.
- Uau. Mina, 'cê toca demais. 'Cê manja das quebradas. – Diz Sam.
- Obrigada. – Respondeu mais vermelha que um tomate.
- Vamos tocar. – Grita Tom.
Todos se uniram e o rock rolou solto. Quando houve os ensaios das músicas autorais, Angeline ficava sentada, adorando tudo que via e ouvia. Quando acabou ambos foram embora conversando alegremente. Luke percebia o quanto Angeline era inteligente, pois, transitava por diversos assuntos com tamanha desenvoltura que o deixava tonto. Por que Ella a odiava tanto?
Angeline pensava que nada podia acabar com sua alegria. Tinha feito um amigo. E isso era mais que especial.
Chegou em casa com um sorriso no rosto. Pegou Lia pela mão e dançou com ela pela sala. Saiu contente correndo para a cozinha e pegou uma maça e resolveu tocar piano. A casa resplandecia em alegria, e Lia sentia-se feliz. Sua menina parece que enfim começava a ser feliz como merecia.
No outro dia, era domingo. Angeline saiu e foi ao shopping. Desejava se distrair vendo um filme. Comprou a entrada, pipoca e guaraná e seguiu para a fila de entrada. Enquanto observava a movimentação, ela esperava a entrada na sala de cinema. Foi quando viu Luke vindo em direção à fila com uma jovem bem bonita. Era morena e de olhos verdes. De certo era a namorada dele. Ela parecia mais velha e era linda. Seu coração se apertou. Sentiu o peito apertar de ciúmes. Ohhh! Céus. Como pode se enganar?
Ele estava entretido em uma conversa que parecia muito interessante. Angeline tentava se conter e virar pra frente, mas, sua curiosidade fazia virar e ficar observando como a mera espectadora que era. Não viu quando a fila andou e todos que estavam depois dela começaram a vaiar e automaticamente os olhares de Luke e sua amiga olharam pra ela. Ela não sabia onde enfiar sua cara.
Luke abaixou a cabeça e balançou a cabeça rindo. Tá no papo pensou. Pegou no braço da irmã e encaminhou-se até chegar a Angeline que estava parada torcendo as mãos com a cabeça baixa, enquanto as pessoas a ultrapassavam e entravam na sala do cinema.
- Oi estranha. O que faz aqui? – Diz ele.
- Ao que parece, nessa sala estão distribuindo cocadas. Ou talvez seja vergonha alheia. De qualquer forma, entrei aqui como uma forma de protesto. Abaixo ao tédio dominical é meu novo lema! – E riu ajeitando os óculos.
Todos riram. Luke apresentou Kate, sua irmã mais velha e automaticamente se tornou amigas. O dia passou rápido e se divertidamente.
Quando Luke a deixou em casa pensou que realmente Angeline era especial. E que não seria tão fácil assim sacanea-la.
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Princesa às avessas
RomanceAngel foi humilhada quando jovem e sentia uma necessidade extrema de vingança. Luke só queria uma chance de se redimir e reencontrar seu grande amor. Ella só queria Luke. Não importava o preço a ser pago. No final o que prevalecerá? O amor ou o pode...