Você já parou pra pensar que todos os livros de romance começam com uma menina de boa família que se apaixona por uma cara totalmente oposto dela? É então, essa é minha vida romântica(ou quase isso, ele não era tão diferente de mim). Meu nome é Lexi Ranway , moro em Copacabana, mas não sou do Brasil. Nascida no Canadá, vim morar aqui com quatro anos. Já tenho 17 e estou no meu ultimo ano do Ensino Médio. Minha família é bem complicada de se entender. Minha mãe chama-se Elisabeth, é psicóloga e por incrível que pareça tem 33 anos (um pouco nova demais para uma mãe). Meu pai é um bancário "bem sucedido" de 37 anos, o apelido dele é Gabe e assim vem o nome, Gabriel. Minha melhor amiga se chama Kate, é isso mesmo, é um nome-apelido.
Nós duas somos carne e unha, não nos separamos por nada. Ela é minha melhor amiga á oito anos, então já pode imaginar como é. Eu nunca achei que eu e a Kate iríamos ser amigas. A mãe dela é a melhor amiga da minha, só que eu e ela nunca nos entendemos bem. Kate sempre teve um tom sarcástico, mas nunca foi mais irônica quanto eu, no ironismo eu sempre ganhei dela. Com os olhos verdes claros e cabelos castanho médio, ela sempre foi admirável, Desde sua beleza até seu carisma.
A escola era bem simples, mas era quase uma replica daquelas dos EUA. Cheia de armários, um pátio principal onde ficava a recepção de pais, uma cantina onde se vendiam as comidas, salas de A até K, era bem grande(Eu me perdi lá umas duas ou três vezes). Até que um dia, Kate me perguntou:
-Você é da minha sala ou sabe onde fica o 6°F?
Imediatamente quando ela me repreendeu com a pergunta, virei-me e olhei bem para ela com um olhar de "você por aqui". -Não, eu acabei de chegar, mas se você souber onde é, pode me avis..- Ela me atrapalhou e me olhou de cima baixo -Você aqui? Já não basta ter que te aturar na minha casa, e ainda é da minha sala? Universo o que eu fiz pra merecer tamanha crueldade?!
Eu tenho que admitir que aquela não foi a recepção que eu esperava.
-Foi bom te ver também, Kate Hanson. Sabe que eu também não sei. Devo ter jogado pedra na cruz por isso.
-Engraçadinha como sempre não é Lexi, se acha que vai tomar meu lugar nessa escola, você está muito enganada.
-Roubar lugar? Ai meu deus Kate, tenho mais o que fazer e me importar com mais coisas do que tirar o "seu lugar", fica tranquila porque odeio chamar atenção.
-É bem melhor assim mesmo, você no teu canto e eu no meu. Alias, finge que não me conhece.
Kate sempre se importou com popularidade, até eu entrar radicalmente na sua vida. Nas provas de matemática e produção textual eu sempre tirava nota boa, às vezes até um 10. E então ela precisou de mim.
-Lexi, a gente não se dá muito bem e temos certos desentendimentos, mais você pode me ajudar nas provas?
-É claro, por que ao contrario de você, não sou orgulhosa demais pra ajudar quem precisa.
A cara dela foi ao chão, acho que ela nunca tinha ouvido isso de ninguém, porque ela era respeitadíssima e quem ousasse falar desse modo com ela, bom, eu realmente não sei o que aconteceria. Eu ri daquela situação, mas não deixei minha pose de "menina que desrespeita as regras" ir embora. O sinal tocou, sai da sala o mais rápido que pude para fugir daquela situação.
-Você acha que pode falar assim comigo?- ela me deu um puxão no braço como se fosse me comer viva.
-Eu só fingi que não te conhecia, como você me pediu.
Kate estava furiosa, naquele momento percebi que ela era perigosa, impulsiva e um pouco violenta, seria capaz de me dar um tapa na cara na frente de todo mundo que estava presente no pátio ate interromperem-na.
-Kate, pra que isso? Ela é novata, ainda não sabe como as coisas funcionam.
-Querido Daniel, sempre me interrompendo. É por isso que devo mostra como funcionam as coisas nesse colégio.
-Agredir nem sempre é o caminho, posso ensiná-la melhor do que você Kate.
Nunca vi mais lindo, Daniel. Um rapaz de cabelos loiros; tinha por volta de 1,80 de altura. Educado,simpático, bem humorado, voz sedutora e um olhar alucinante, os olhos castanhos mais lindos que já vi. Enquanto eles conversavam, eu observava aquele anjo, que me ajudara a não tomar um "empurrãozinho" na frente daquelas pessoas bem no primeiro mês. A conversa acabou e então ele sussurrou pra mim.
-Aquela dali não bate nem num mosquito-ele ria um pouco em tom baixo pra ela não ouvir-lô.
Eu no meu estado normal, não sabia se ria ou entrava em choque. Um menino maravilhoso estava a minha frente e prometi que nunca mais iria me apaixonar, mas naquele momento me vi maravilhada diante de tanta beleza e qualidades numa pessoa só. Eu congelei num mundo paralelo onde eu voltava no dia que prometi não me apaixonar e ser fria o tempo todo.
-Você tá ai?
-Eu.. Eu to sim, claro. É desculpa, estou tirando seu tempo né. Não precisa me ensinar nada, mas me apresenta a escola, por favor? Estou muito perdida.
-Conhece a Kate? Nossa! É por isso que você reagiu daquele jeito com ela.
-Sim, desde pequena, mas ela nunca foi com a minha cara.
Ele me olhava surpreendido com aquilo, como se fosse algo surreal.
-Nossa! Agora eu to muito surpreso. Sei que você a conhece, mas tente não "desrespeitar" a autoridade da Kate, pelo menos aqui na escola- ele me olhava, me conhecia com os olhos e tentava disfarçar, por mais que eu não quisesse, o via me observando como se estivesse paralisado.
Estávamos parados, um olhando nos olhos do outro, e então ele me convidou para um café na cantina. Ele contou quase sua vida inteira e eu não falei uma palavra se quer. Deparei-me com a situação e pensei "será que são só promessas ? Elas são em vão?
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Stuck On You
RomanceUma garota completamente apaixonada pelo melhor amigo. A distância mostra como tudo mudou e como seu amor aumentou. A historia melhora quando ela descobre que ele se apaixonou por outra, e sem saber o que fazer ela tem ações suspeitas sobre seus sen...