Capítulo único

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            A casa estava lotada e todos cantavam e dançavam conforme a música, eu definitivamente não tinha ideia do que estava fazendo ali, tudo bem, eu era amiga da pessoa que estava dando essa enorme festa, mas esse não era meu tipo de local, ainda mais quando eu iria ver o dono da casa flertando e recebendo flerte de todas as meninas, e alguns meninos. Não que eu sentisse ciúmes, ele era somente meu amigo, mas eu não gostava.
            Eu gostava de festas, frequentava muitas, entretanto quando cheguei a "idade madura" de meus belos 24 anos, desiste desse tipo de diversão e me afundei no trabalho. Obviamente ainda tinha aquela garota festeira dentro de mim. Era melhor mantê-la somente dentro mesmo.
            Permiti que me esmagassem enquanto tentava caminhar até a cozinha para pegar uma água, ou de repente uma bebida para eu me animar, entretanto meus pés mal tocavam o chão quando virava de lado e me prendia entre dois monstros.
            Não adiantava pedir licença, eles não me ouviam, também, quem ouvira com aquela musica estourando os tímpanos? Nem eu conseguia escutar meus pensamentos direito.
            Cheguei à cozinha com um pouco de esforço e, apesar de cheia, o fluxo de pessoas era bem menor, me perguntei de onde que ele conhecia tanta gente, rindo com essa pergunta, já que ele era conhecido no mundo todo - talvez até fora dele-.
            Avistei um homem - ele não era homem ainda, mas não era um adolescente, ninguém ali era ­- loiro apoiado no mármore da pia com um copo roxo nas mãos e rindo alto por causa de alguma piada que outro cara dizia, mas eu não consegui ouvir. Eu me movi até ele, parando poucos passos ao lado e ficando quieta para não interromper.
            -Mas ela era um homem. -O outro cara concluiu sua fala e a risada de Niall preencheu o ambiente, chamando toda a atenção para ele. Eu sabia que ele tentava conter, porem era algo impossível.
            O homem parou de rir e olhou na minha direção, fazendo Niall seguir seus olhos até mim. Levantei um dos braços e fiz um breve aceno, junto com um sorriso de lado.
            -Olá senhorita! Que bom que resolveu vir madame. -Ele falou me puxando para um abraço e jogando o bafo de álcool sobre mim. Com certeza estava bêbado. -Está gostando da festa?
            -Sim, mas não achei o dono da casa ainda para lhe dar os parabéns. -Informei um pouco envergonhada.
            -Olha, da ultima vez que o vi... -Niall parou tentando formular a frase em sua mente. -Ultima vez... -Ele repetiu e eu fiz sinal para que prosseguisse. -Vi da ultima vez... Em cima da mesa da sala! -Gritou encontrando o resto da frase em algum lugar e me informando.
            -Obrigada. -Resmunguei, dando as costas, entretanto senti sua mão segurando meu braço e me fazendo virar.
            -Vai com calma, não estraga a noite e se diverte um pouco. -Ah! Essa frase você formula rapidinho né?! Cachorro! 
            Somente assenti com a cabeça, fazendo-o soltar meu braço e prosseguir com sua conversa. Peguei um copo pequeno de shot que estava sobre a bancada e encontrei uma garrafa de Jack. Virei o liquido marrom até o copo ficar cheio, pegando-o e o entornando em minha garganta de uma vez.
Senti o ardor descendo e rasgando o interior de minha garganta, o que me fez fazer uma careta. Respirei fundo e fiz o caminho de volta para a sala. Agora um rap tocava e todos pareciam extasiados, movimentando os corpos bruscamente e mostrando o dedo do meio para o ar. Balancei a cabeça e sai da sala.
Aquela casa era enorme e eu a conhecia de cima a baixo, entretanto com todas aquelas pessoas ali parecia que havia menos de um metro cúbico. Entrei na sala de jantar, que tinha as portas abertas e a musica parecia mais alta, olhei ao redor e vi a enorme caixa de som e a mesa de DJ no canto, revirei os olhos. No momento desejei outra dose de Jack.
A porta para a varanda e a área externa estava fechada e de algum jeito eu soube que ele estaria ali, o desafio era passar pelo mar de pessoas que se espremiam na sala de jantar dançando com toda a alma. Decidi ir pelos cantos, acompanhando a parede, o que me rendeu ser esmagada contra a parede e ver muitas cenas grotescas de pessoas se agarrando - e quando digo agarrando não quero dizer somente se beijando, mas transando também-.
Finalmente estava na porta de vidro e virei a maçaneta, notando que estava trancada. Soltei um suspiro frustrado e me lembrei que ele deixava a chave dentro de um vaso de planta grande que ficava ao lado da porta.
Então procurei pelo vaso e o encontrei servindo de apoio para um casal, que, bem, eu não sei exatamente o que eles faziam - e nem quero descobrir -, pedi licença, mas eles não me ouviram, então simplesmente enfiei a mão na parte de trás do homem que estava sentando no vaso e encontrei a chave em meio a terra. É obvio que eles perceberam e isso me fez receber xingamentos até a outra vida. Ignorei.
Voltei até a porta e destranquei. Ainda bem que a pessoa que projetou a casa havia feito as portas abrirem para fora, porque se não eu estaria muito ferrada.
O vento frio da Inglaterra atingiu meu corpo e eu me encolhi, afinal um vestido com comprimento até metade das coxas e uma manga comprida de renda não era a melhor opção para se proteger do frio. Eu ainda iria brigar muito com Sophia por ter me feito usar essa roupa. "Você tem que chamar atenção" Ela disse, mas era fácil sendo ela.
Olhei ao redor, vendo a grande piscina projetada especialmente para essa casa, a churrasqueira, que quase nunca foi usada e algumas árvores espalhadas, a lua iluminava tudo, dando um ar diferente ao quintal. Havia um balanço ali, comprado exclusivamente para as crianças que quase toda hora viam para cá.
Ele estava ali, sentando, se balançando por centímetros. O metal que ligava o balanço até a barra de ferro rangia baixinho, devido ao peso sob ele. Devagar e abraçada ao meu próprio corpo, sentindo meus cabelos loiros chicoteando para trás, me aproximei do homem sentando.
Sua cabeça levantou, tirando a atenção que dava as pedrinhas no chão e voltando seus olhos azuis para mim, um sorriso cresceu em seu rosto e ele levantou.
-Oi, você veio. -Falou meio surpreso de me ver e me puxando para um abraço, fechei os olhos suspirando seu perfume, que no momento envolvia tabaco, álcool e um cheiro amadeirado.
-É... Eu vim. -Confirmei minha presença e o fazendo rir. Nos afastamos.
-Bom. Isso é muito bom. -Afirmou ainda sorrindo.
Ficar ao lado dele me trazia aquela sensação de ser um Hobbit, porque todos diziam que ele era baixinho e eu batia na altura de seu peito, ou seja, era bem mais baixa que ele. Eu tinha orgulho dos meus 1,55 de altura, mas ser tão baixa tinha lá suas desvantagens.
-Você está gostando? -Ele perguntou, fazendo uma careta logo depois. -Claro que não deve estar. Esqueci que você largou essa vida. -Nós dois rimos.
-Como você está se sentindo com 25 anos? -Perguntei mudando de assunto e me sentando no balanço ao lado do que ele estava.
-É... Na mesma... Nada de novo. -Respondeu dando de ombros e indo para trás de meu balanço, começando a me empurrar devagar.
Ficamos mais alguns segundos em silencio, ele me empurrando e eu tentando disfarçar o quanto aquilo estava me deixando com mais frio ainda, querendo somente aproveitar o momento.
De repente o balanço parou e ele saiu de trás de mim, parando ajoelhado na minha frente, as mãos apoiadas em minhas pernas e o olhar fixo no meu, seus olhos estavam vermelhos e havia duas bolsas roxas embaixo. Fiquei preocupada, mas não toquei no assunto.
-Eu preciso fazer uma pergunta. Você-
-Louis! -Alguém gritou em meio ao emaranhado de gente que descobrira a saída para o quintal. Martirizei a mim mesma mentalmente. -Louis! -Liam apareceu correndo e quase tropeçando nos próprios pés. -Acabaram de quebrar o lustre da sala. -Ele informou e Louis se levantou suspirando e fazendo sinal para que eu ficasse.
Liam me lançou um olhar confuso ao, provavelmente, notar minha expressão triste.
-Está tudo bem? -Ele perguntou bebendo um gole de sua bebida, vi Sophia se aproximando de longe.
-Sim. -Resmunguei voltando a me balançar.
-Não parece. -Liam contradisse e o encarei brava. -Só um comentário. -Ele ergueu as mãos em desistência e notou a presença de Sophia, abraçando-a e introduzindo um beijo em sua bochecha. -Quer um gole? -Perguntou direcionando o copo na minha frente. -Eu fiquei longos segundos encarando o copo até finalmente pegá-lo e virar o conteúdo inteiro boca dentro.
-Vai com calma. -Sophia pediu enquanto seu namorado pegava o copo de minha mão e sorria. -Vocês vão conseguir conversar, relaxa. -Ela tentou me animar, mas trouxe mais preocupação e um olhar curioso vindo de Liam.
-Vocês, quem? Conversar o que? Alguém pode me explicar? Eu sou sempre o ultimo a saber tudo! -Liam reclamou e nós duas rimos.
-Eu e Louis. -Respondi brevemente sem querer dar detalhes a um dos melhores amigos de Louis.
-Liam, vamos entrar? Está frio. -Sophia pediu para que o assunto fosse esquecido, bem, seria, mas não por mim. O moreno concordou dando um beijo em minha testa e voltando a abraçar a namorada, que sorriu me desejando um: "boa sorte" com os lábios.
Foram segundos, minutos, talvez até mesmo algumas horas até que o barulho foi diminuindo e o frio aumentando. Meus olhos estavam quase fechando quando o som do lado de dentro da casa foi completamente extinto e a porta de trás aberta. A figura de Louis desceu os degraus sem me olhar e seguiu o caminho pela grama até onde eu estava.
-Vamos entrar, aqui está frio. -Louis pediu, embora seu tom tenha sido quase uma ordem.
Levantei-me ainda agarrada ao meu próprio corpo e notando a ação, Louis tirou seu casaco e o estendeu em minha direção, o segurei colocando sobre meus ombros e seguindo o garoto até o interior da casa.
O silencio parecia um vácuo, já que meus ouvidos haviam se acostumado com o som alto de antes, entretanto não era algo ruim. Louis arrumava as cadeiras no lugar, tirava os copos de onde estavam e jogava dentro de um saco transparente enorme, junto com resto de bebida em garrafas e qualquer outra coisa que deveria ir para o lixo, eu o ajudei a arrumar tudo.
Fomos para a cozinha e tudo que era de vidro, incluindo copos e pratos que pegaram durante a festa, foram lavados por mim enquanto Louis limpava o chão sujo de vomito e misturas nojentas de comida e bebida. Partimos para os banheiros, organizando e limpando tudo. E depois a sala.
Havia cacos de vidro por todo o tapete vermelho, mesas e pelo sofá. O lustre que a mãe de Louis havia comprado para a nova casa estava em pedaços, irreconhecível no chão. Ouvi o homem suspirar tristemente e ir para a despensa pegar outro saco de lixo. Ajoelhei-me em uma área segura e iniciei o longo processo que seria catar cada pedaçinho do antigo lustre.
Minha cabeça estava longe quando Louis voltou sem que eu percebesse e me puxasse do chão.
-Você está maluca?! Podia se machucar! -Ele gritou preocupado olhando para minhas mãos e joelhos, suspirando ao notar que eu estava bem. -Eu trouxe uma vassoura, não precisa catar nada. -Sua voz era cansada e tristonha.
-Desculpa. Eu só queria ajudar. -Informei olhando para baixo, Louis pousou a mão em meu queixo e me fez subir o rosto para olhá-lo.
-Obrigado por vir. -Ele disse sorrindo e acariciando a lateral de meu rosto, nós estávamos tão perto...
-Não foi nada, você é meu amigo há tanto tempo, era o mínimo que eu podia fazer. -Afirmei inclinando a cabeça na direção de sua mão sem notar e sorrindo.
Abri os olhos e o relógio atrás de Louis marcava as horas. 02h47 da amanha. Meu coração se apertou ao pensar em me despedir, apesar de não termos trocado muitas palavras. Esse era o normal de Louis, bem, do Louis real, fora da mídia e de shows e toda aquela coisa de fama, ele não era muito de falar quando tinha e quando era desnecessário ou precisava esconder algo, contava piadas e inventava historias para não notarem o que acontecia. Mas eu sempre notei, por isso era uma de suas melhores amigas.
-Eu acho que tenho que ir. -Indaguei ainda notando aquela tensão toda entre nós dois.
-Achar não significa querer. -Ele retrucou totalmente certo.
-A festa já acabou. Todos foram embora, eu deveria ir também. -Falei de volta ignorando seu comentário.
Louis suspirou, fechando os olhos e andando até a porta, o segui pensando que ele não havia se esforçado para me manter aqui. O vi colocar a mão na maçaneta e a puxar, entretanto após uma pequena fresta abrir, ela foi fechada novamente. Louis se virou para mim com o cenho franzido.
-Eu... Eu não quero que você vá. -Ele proferiu fitando-me com seus olhos azuis escuros.
-Louis-
-Não, eu não sei o que eu to sentindo, mas quando você vai eu fico pensando que poderia ter ficado. Passado a noite... Ou... -Ele bufou passando as mãos nos cabelos e voltando a me olhar.
-Louis, nós somos amigos. -Relembrei, tanto a mim quanto a ele. O que era triste.
-Somos. -Ele concordou assentindo para enfatizar.  -Mas se você disser que quer ficar, passar a noite, isso pode mudar. -Eu engoli em seco, minhas mãos e pernas tremendo devido às palavras direcionadas a mim. -Porque eu não quero saber que você está indo embora se um dia pode ser minha, então, não vá. -Ele pediu agora suas mãos passavam por meus braços, fazendo a região que acariciava se arrepiar.
-Eu quero ficar. -Respondi sorrindo e sentindo as minhas bochechas queimarem. Louis passou os polegares sobre elas, abrindo um sorriso torto e me fazendo rir, ele se inclinou e uniu nossos lábios pela primeira vez.
Minhas mais seguraram a lateral de sua blusa, enquanto o casaco preto que eu vestia caia no chão. Os dedos de Louis se emaranharam em meus fios loiros, fazendo pequenos nós por onde passavam. Eu não queria pensar em nada e ao mesmo tempo queria pensar em tudo enquanto o beijava.
Ele nos separou e sorriu. Suas mãos seguravam minha cintura, levantando-me alguns centímetros do chão e fazendo meus pés, já descalços, pousarem sobre seus vans pretos. Louis segurou minha cintura com força enquanto eu apoiava meus antebraços ao redor de sua nuca. Ele começou a nós movimentar de um lado para outro, seu nariz grudado ao meu e sua boca a centímetros da minha.
Não havia música tocando, mas nós dançávamos mesmo assim. Rodando por uma parte da sala e rodopiando quando aparecia algum caco de vidro no chão e Louis tentava desviar dele. Eu não conseguia parar de rir, ouvindo sua voz doce cantando ao pé de meu ouvido, para que tivéssemos um ritmo a seguir.
Paramos de brincar minutos depois, quando Louis tirou seus tênis para me entregar e calçou chinelos, que estavam próximos a porta de entrada. Ele pegou a vassoura e sem jeito varreu uma parte da sala, desistindo e dizendo que não levava jeito para trabalhos domésticos. Peguei a vassoura e limpei o resto que ele havia deixado, ou seja, quase tudo, jogando os cacos recolhidos no saco plástico e recebendo um beijo estalado em troca.
-Ainda tem alguns no tapete. –Informei inclinando-me para tirar, mas sendo impedida por Louis.
-Deixa eles aí, esse tapete está velho mesmo, vou jogar fora e comprar outro. –Louis afirmou enrolando o objeto vermelho e o colocando com cuidado no canto da sala. –Pronto. –Ele falou batendo as mãos uma na outra, sinalizando trabalho feito.
Sentei-me em um dos degraus da escada e suspirei cansada. Dar festas dava muito trabalho, tanto antes quanto depois, ainda mais quando alguém quebrava alguma coisa. Louis parou na minha frente, estendendo as mãos na minha direção me fazendo segurá-las, ele me levantou e se inclinou, passando o braço ao redor de minha perna e me erguendo do chão.
-Louis! Eu estou de vestido! –Gritei balançando as pernas e batendo em seus braços.
-Eu sei. –Ele disse despreocupado e subindo os degraus. –A propósito, você está linda nele. –Completou me fazendo corar.
-Obrigada. –Agradeci enfiando o rosto em seu peito para me esconder e sentindo – e ouvindo – sua risada.
Logo estávamos em seu quarto gigante. Louis me pousou na cama kingsize e sorriu, provavelmente apreciando a visão de uma mulher em sua cama, o que deveria ser bem comum. Ajeitei o vestido e limpei a garganta olhando para o lado na exata hora em que Louis levantava sua blusa e deixava suas costas a mostra, um par de covinhas no final da coluna e a grande elevação da bunda chamavam minha atenção.
-Gostando da visão? –Ele perguntou brincalhão e eu ri nervosamente, ficando mais uma vez vermelha. 
Louis se trocou, colocando uma blusa fina de manga e calças de moletom folgada, oferecendo para mim um casaco de moletom e uma calça, levantei da cama aceitando e pegando as roupas.
Troquei de roupa no banheiro do quarto, minhas mãos e pernas ainda tremendo com toda a ocasião. Saí do banheiro e Louis já estava deitando trocando os canais na televisão, ele olhou para mim rapidamente voltando para a TV e depois voltando para mim com a boca um pouco aberta e os olhos um pouco arregalados.
-A sua calça não coube de jeito nenhum e bem... –Abri os braços olhando para baixo, o casaco ia até metade das minhas coxas, quase da altura do vestido, mas não me incomodei muito, porque usava um shortinho justo por baixo.
-Você ficou ainda melhor assim. -Ele afirmou e eu segurei meus hormônios para não ficar igual a um pimentão novamente.
Louis se levantou, se aproximando de mim e me beijando, enquanto andávamos para trás e chegávamos à cama, ele me sentou em seu colo e eu senti meus nervos a flor da pele. Ele nos separou.
-Relaxa, não vamos fazer nada. -Ele roçou sua boca na minha.
-Uhum. -Resmunguei, em parte contente e em parte triste. Será que eu não era o suficiente para ele me desejar? Ou será que sou gorda?
-Relaxa. -Ele pediu novamente beijando-me. Então relaxei.
Nós deitamos na cama, eu me encolhi no corpo de Louis, enquanto ele me abraçava e acariciava meu cabelo loiro.  Não demorou muito para que ele dormisse com o carinho que eu fazia em seu rosto.
-Eu mudei de ideia. -Sussurrei, muito, muito baixinho.
E com esse ultimo pensamento deixei que meu sono chegasse e eu dormisse.

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