Capítulo 11

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Continuei ali paralisada a observar o carro com as luzes azuis e vermelhas a piscar, lentamente meti a laterna no chão e levantei as mãos. Posso jurar que pela primeira vez  estava com bastante medo.

Vi as portas da frente abrirem-se de vagar, e saíram dois agentes. 

Mas que estranho!?

Eles aproximavam-se devagar e apontaram-me uma lanterna com luz forte para a cara. 

Ugh, é mesmo necessario? 

De repente senti um empurram forte contra o portão, viram-me de costas para eles e prenderam-me com as algemas.

Eles permaneceram calados e eu também, já sabia que qualquer coisa que dissesse iria ser usada contra mim se fosse a tribunal.  Com  a cara ainda colada a grande vi Windy e as suas amigas a sair do edifício com sacos cheios de coisas valiosas, de dinheiro a jóias. Elevei um pouco mais a minha cabeça e li o nome do edifico "Banco" .

Não! Enganaram-me, afinal elas foram assaltar o maior banco daqui da zona, e não foram fazer surpresa nenhuma ao namorado da Windy. Estou totalmente tramada. Detesto dizer isto, mas... A minha mãe tinha razão em relação a Windy. 

Os agentes levaram-me até ao carro e abriram a porta de trás, dentro da viatura encontravam-se dois homens. Um era alto e um pouco cheio e o outro era baixo e magro. os agentes empurram a minha cabeça para baixo de modo a sentar-me.

A viagem até a esquadra foi um pouco cómica, porque o senhor alto passou a viagem toda a gozar com os agentes, os mesmo não diziam nada ou quando falavam em resposta era " Cala-te Wesley". 

Saí do carro a conter o riso todo da viagem, sem duvida que o senhor é engraçado, o que será que fez para vir aqui parar? 

Nós entramos todos calados, ouvi os agentes a falarem uns com os outros e também sentia muitos olhares posto na minha pessoa, tentei ignora-los, mas estava a ficar impossível, além de olhares, cochichavam entre sim, já para não falar das coisas ordinárias que alguns prisioneiros estavam a dizer.

Num instante chega um rapaz com mais ou menos 20-21 anos e pede para o acompanhar. Assim o fiz, segui atrás dele e ele levou-me para uma sala com uma mesa e duas cadeiras.

"Espere só um segundo que agente já deve estar ai chegar."- disse o agente que me trouxe para aqui.

Esperei cinco minutos e um senhor já com uma erra idade aparece na sala, ele era alto, tinha cabelos brancos, mas não era idoso. aparentava ter uns 55 anos. 

Permaneci calada a observa-lo, ele também não disse nada, ajeitou-se e sentou-se á minha frente.

"Boa noite, sou o agente Wellington e a menina importa-se de responder algumas questões e que esta conversa seja gravada?"- Disse o senhor bastante sério a olhar para mim.

"Boa noite não me importo ddd responder e pode gravar a conversa se isto o ajudar em algo."- Disse com determinação, pois sabia que estava totalmente inocente. 

"Muito bem então, podemos começar?"- Perguntou ele com um sorriso de vitoria no rosto, eu acenei com a cabeça afirmativamente.

"Como se chama e quantos anos tem?"- Disse ele dando-me sinal de que a câmera já estava a gravar.

" Chamo-me Zara Russell e tenho 17 anos."- disse olhando nos olhos do senhor Wellington.

*** 

A 'conversa' foi rápida, contei-lhe tudo o que tinha a contar, os nomes delas tudo. 

Não é que estou a ser quietinhas, apenas não gosto que me enganem. 

O senhor Wellington é simpatico e ele disse que só podia sair daqui de duas maneiras ou alguém vinha buscar-me e pagavam a calção ou teria de passar cá duas noites até ao dia do julgamento. 

The Little Mermaid ( Dylan O'brien)Onde histórias criam vida. Descubra agora