"You're My Daddy"|| h.s

Chapter 10

-Valerie-

Acordei com os raios de sol a baterem no meu rosto. Estiquei-me, esfreguei os olhos e quando me ia virar para observar o Harry ele nao estava lá.

Achei estranho mas supus que ele estive-se na cozinha a preparar o pequeno almoço portanto levantei me rapidamente e cambaleei até à casa de banho para lavar a cara e vestir uma blusa. Após tudo isso, desci as escadas até lá e nada. Não havia nem sinal do Harry nem de pequeno almoço.

"Não é normal" -atirou o meu subconsciente.

Decidi não me preocupar muito e voltei para a cama.

(...)

Acordei pela hora de almoço com o som estridente da porta da rua a bater. Sem fazer muito barulho fui novamente lá a baixo e vi-o entrar carregado com compras.

"hey, queres ajuda?"- perguntei educadamente ajeitando a minha blusa.

"Não"- respondeu sem qualquer tipo de emoção.

Fiquei admirada porque ele não tinha o costume de ser assim mas enfim, sentei-me na bancada enquanto ele arrumava as coisas no devido sítio, sem demonstrar qualquer expressão.

"Harry, passa-se alguma coisa?"-perguntei, agora, sensivelmente preocupada.

"Não"-voltou a repetir.

- Harry-

O meu despertador acabára de tocar. Virei-me lentamente e pude ver a Valerie a dormir profundamente com uma cara angelical. Sorri ao lembrar-me da noite anterior mas rapidamente mudei a minha expressão ao lembrar-me que tinha sido um redondo erro pois eu fui literalmente pai dela e não deveria apaixonar-me por ela ou deixar-me levar sequer. A mulher que eu amo é a mãe dela e brevemente estará de volta e eu não posso apegar-me a ela, não posso deixar ela mexer comigo pois pode ser perigoso demais para ambos.

Levantei-me sem acorda-la, despachei-me rapidamente e fui as compras para depois passar no bar e voltar.

(...)

Notava a preocupação no seu rosto pela minha forma fria de agir nas decidi que seria melhor assim, pois nenhum de nos acabaria magoado.

Ela preparava-se para fazer outra pergunta quando eu a cortei:

"A noite de ontem não passou de mais uma. Não há, nem haverá qualquer tipo de relação entre nós sem ser a que tínhamos antes. Agora pára com as perguntas e veste-te porque hoje abrimos mais cedo".

Permaneci rígido enquanto a vi-a abandonar a cozinha e só depois soltei um suspiro de alívio.

(...)

Foi das melhores noites que havíamos tido nos últimos meses, estava completamente cheio mas havia uma diferença: a Val tinha muito mais gente a vê-la do que o normal...a forma como ela dançava era outra, ela mostrava outro espírito...estava diferente esta noite.

"O que é que tu lhe fizes-te?"-fui interrompido dos meus pensamentos pela voz doce de Evelyn.

"A quem?"-pergunto meio confuso.

"Valerie"-faz-me uma cara bastante óbvia.

"Porque?"-questionei.

"Ela está FANTÁSTICA esta noite, se continuar assim já pode fazer mais do que faz"- lançou-me um sorriso perverso e riu-se.

"Não, nem pensar...ela não vai fazer mais do que faz, está completamente fora de questão Eve"- nego tentando afastar algumas lembranças da noite anterior.

"Porque? Ela ia ser ótima, da melhores que alguma vez cá tivemos"- ela diz séria

" Porque...porque...sabes e que mais? Eu não te devo explicações nenhumas, a minha decisão está tomada e eu sou o patrão portanto sai daqui agora ou podes arrumar as tuas coisas e sair"- disse levantando o meu tom de voz fazendo ela arregalar os olhos e recuar.

"S-sim chefe"- saiu rapidamente do meu escritório sem sequer pestanejar.

Sentei-me na minha cadeira, passei as mãos no meu cabelo encaracolado e deixei um longo suspiro sair pelos meus lábios.

" O que é que se passa comigo? Como é que um ser tão inocente consegue dar-me voltas e voltas à cabeça?"- milhares de perguntas invadiam a minha cabeça quando de repente me lembro de algo...da Rachel.

Peguei no meu telemóvel e marquei o número dela (que por sinal aí da sabia de cor) e esperei que ela atendesse.

Esperei, esperei, mas nada.
Voltei a tentar e ninguém atendia.
Tentei mais uma vez e quando me preparava para desistir alguém atende o telemóvel.

"Estou?Rachel?"- um pequeno sorriso formou-se no meu rosto.

" Ela de momento não pode falar" - uma voz masculina fez-se soar mas rapidamente desligaram o telemóvel. Achei muito estranho mas não voltei a tentar, sabia q ela era muito ocupada portanto não questionei.

Voltei a cair na realidade e lembrei-me que estava no hora de fechar o bar. Expulsei de lá os restantes homens, esperei que elas limpassem  tudo, esperei que a Valerie se despacha-se e fomos para casa.