Capítulo 13

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Ele ainda está dormindo ao meu lado e eu já estou encarando o teto á alguns minutos. Por alguns segundos a noite passada vem a minha mente e eu consigo ver nós dois e também consigo me lembrar do quanto ele estava gostando

Todas as vezes que transamos eu realmente tento me entregar mas nunca consigo ser como eu era com o Luke. A maioria das vezes eu preciso imagina-lo aqui, comigo, porque só imaginando o Luke é que eu consigo realmente sentir alguma coisa e isso é mais do que frustrante

Eu acho que isso nunca vai mudar porque eu ainda sou muito ligada, viciada  no Luke e tenho a sensação de que sempre serei

-Oque foi?

Eu olho para o lado e assim consigo vê-lo com os olhos abertos, isso significa que talvez ele esteja acordado a muito tempo

-Nada, pensei que ainda estivesse dormindo

Ele se espreguiça e logo depois direciona a sua boca até a minha para conseguir me dar um selinho. Todos os dias que acordamos um ao lado do outro eu me sinto envergonhada por está fazendo isso com ele, eu realmente não gostaria de saber que eu estou brincando com os seus sentimentos mas é exatamente isso que eu estou fazendo

-Eu preciso ir pra faculdade

Murmuro e assim ele coloca a cabeça sobre a minha barriga

-Mas você só vai a noite

-Eu tenho que fazer um trabalho

Ele me aperta um pouco mais e assim permanece por mais alguns segundos da mesma forma até abrir a boca para falar de assunto que eu não gosto nem um pouco

-Você já pensou na ideia de ter um filho comigo?

Agora é a minha vez de ficar em silêncio porque eu nunca sei oque responder a ele. A falta dos meus filhos ainda é muito forte e a dor da ausência deles aumenta um pouco mais a cada dia

-Um filho?

-Sim

Ele ergue a cabeça e agora os seus olhos encontram os meus. Eu posso ver que ele anseia por uma resposta positiva mas eu não posso fazer isso... Não enquanto os meus filhos estiverem longe de mim

-Não pensei nisso ainda Edward

-Por quê?

Eu não sei se nós vamos brigar ou se essa conversa vai ser levado para um lado mais sério, mas eu sei que não vou estender porque eu não quero ter que sofrer ainda mais

-Meus filhos ainda estão com o Luke e enquanto eu não pega-los não quero pensar na ideia de tentar substitui-los com outro

Ele torce a boca um pouco para o lado e depois de um tempo em silêncio segura minha mão levando-a até a sua boca

-Tudo bem. Nós vamos pegar os seus filhos de novo, eu prometo

Respondo com um sorriso e me estico para dar um selinho na sua boca, logo em seguida eu me levanto e sigo até o banheiro para tomar um banho porque eu acho que estou mais do que atrasada pra faculdade

***

Eu estou sentada sobre um dos bancos do metrô porque eu prefiro esse meio de transporte para ir até a faculdade. O celular está nas minhas mãos e mais uma vez o número do Luke está estampado na tela, eu já o coloquei aqui só essa semana umas três vezes e infelizmente eu nunca tenho coragem para ligar, mas hoje eu me forço a tocar no lado verde da tela e assim eu posso escutar os barulhos do telefone

Todas as vezes que eu liguei ele sempre me ignorou e nunca atendeu as minhas ligações, mas hoje é diferente porque depois de alguns toques eu consigo escutar sua voz

-Oque você quer? - Ele é rude

Escutar sua voz mesmo depois de tanto tempo me trás traz uma sensação incrível e mesmo depois do que ele fez comigo eu ainda posso sentir a nossa forte conexão

-Quando você vai devolver meus filhos?

As portas do metrô se abrem e o fato de me distrair com ele não me fez perceber que a minha estação, então eu salto do banco para conseguir sair a tempo

-Nunca. Eu disse que se você quisesse eles teria que ficar comigo

-Luke...

-É só isso?

Respiro fundo e tento me manter calma para conseguir levar uma conversa com ele

-Você não pode ficar com eles. Luke, por favor...

-Por que? Eles estão vivos então eu posso cuidar deles

Ele está bêbado ou drogado e eu sei porque mostra isso e agora a minha preocupação dobra

-Me deixa ficar com eles por favor. Eu to implorando

-Você foi embora, sumiu na porra desse mundo e me deixou sozinho

-Luke - Eu tento corta-lo mas não dá certo

-Você ainda é minha?

Sinto os meus olhos enchendo de lágrimas e a medida que eu caminho para longe do metrô fica ainda mais difícil controla-las

-Diz que sim Angel. Me diz que você ainda é só minha

Eu abro a boca para responder mas sinto uma dor aguda na minha nuca e seguido de um barulho abafado e tudo oque eu consigo ver é o meu mundo girando até o meu corpo alcançar o chão

Luke

-Angel?

Digo o seu nome porque eu escutei algo do outro lado e se não me engano foi uma pancada

-Angel me responde

O celular está mudo mas agora eu consigo escutar uma risada masculina  do outro lado da minha

-Pegamos o seu amor Sr. Rivers

Atração InsanaOnde histórias criam vida. Descubra agora