Caso Lockdown - Uma Fanfic PTX

Capítulo 1

Era uma noite bastante quente. As luzes da casa de dança que se localizava em frente à casa piscavam freneticamente, fazendo com que a escuridão do quarto de Kevin fosse interrompida. Para ele, era apenas mais uma noite mal dormida, tanto pela localização da sua casa, quanto pelo seu trabalho.

Com uma chamada sendo recebida em seu celular, Kevin acorda de um sono profundo. Seu corpo suava com as altas temperaturas do verão. Estendeu sua mão até a cabeceira e pegou o aparelho, que vibrava e berrava sua música favorita.

- Qual o problema agora Kirstin? – Disse ele, ainda tentando se desvencilhar do lençol.

- Encontraram mais um... Suspeito que seja o mesmo elemento. – A voz de Kirstin soava triste, como se algo mais tivesse acontecido. Um peso no coração de Kevin acabou lhe tirando todo o sono, fazendo–lhe dar um salto da cama.

- Já estou à caminho. Tentarei chegar o mais rápido possível.

Ainda era madrugada quando aquilo acontecera. Kevin tomou um banho gelado rápido, não queria deixar Kirstin esperando. Pegou roupas básicas: Calças jeans, uma camiseta branca, e seu uniforme de moletom, com a estampa em um amarelo ouro vibrante, onde dizia:

"FBI"

Agora, o sol já trazia sinais de um novo dia. O caminho até seu ponto de chegada não era longo, então resolveu ir de carro até lá. Percebeu que chegou pelo grande alvoroço que ocorria.

Estacionou e tentou enxergar o topo do prédio de vinte e cinco andares de Kirstin havia indicado mais cedo. A polícia científica chegava aos poucos, tentando passar pelos seguranças que impediam as pessoas não autorizadas. Com um grande suspiro, Kevin tomou coragem e disse para si mesmo – Parece que vamos nos encontrar novamente amigo.

Com um movimento automático, Kevin tirou seu distintivo de seu bolso e mostrou para os seguranças. Entrada permitida. Traçando seu caminho para o saguão do prédio, foi interrompido por um homem trajando terno e um crachá com seu sobrenome: "Smith"

- Com licença, Detetive Olusola? – Disse o homem, estendendo a mão em um gesto amigável.

- Sim, sou eu. – Respondeu.

- Eu sou Alex, o encarregado neste turno aqui do hotel. Sua amiga já está te esperando no quarto, é o nº 458. - Alex acompanhou Kevin até o elevador, relatando tudo o que ele provavelmente sabia. Parecia confuso e nervoso. Parecia verídico tudo aquilo que aparentava. Talvez fosse menos um suspeito na lista.

O hotel era três estrelas, então, não era uma pocilga como em outros casos: O corredor que dava acesso para os quartos era coberto por um carpete vermelho, com ornamentos dourados desenhados. As paredes pintadas com um amarelo pálido e um silêncio tenebroso era a única coisa que ocupava o local.

Kevin estava acostumado à andar em locais como este, mas aquele lhe trazia algo diferente, estranho, como se algo lhe dissesse: Pare, e dê meia volta, você não irá gostar do que irá ver. Mas precisava saber o que ocorrera. Kirstin surgiu no corredor, quebrando todo aquele clima nada natural.

- Kevin! Finalmente você apareceu. A assinatura é a mesma que a dos outros casos. É ele...

- Bem o que eu imaginava... – Uma carta lacrada estava nas mãos da bela moça. Vestida com um sobretudo azul marinho, salto alto e com seus cabelos soltos, Kevin não sabia o que lhe atraía mais: A prova que poderia finalmente lhe dar os respostas que procurava à meses, ou a sedutora mulher, que o aguardava no final do corredor. – Deixe-me ver o que tem nesta carta afinal...

Após colocar luvas para não comprometer a prova, o detetive estranhou a leveza da tal carta. Olhou para Kirstin buscando respostas, mas, como um movimento sincronizado, ela deu de ombros, como se houvesse entendido claramente o que ele dizia. Kevin então, finalmente, abriu a carta, contendo apenas um pequeno pedaço de um papel, escrito:

"You have to learn to love again"