Caso Lockdown - Uma Fanfic PTX

Capítulo 3

Por um momento, o casal se manteve imóvel, observando o olho um do outro, boquiabertos. O medo de Kirstin era visível em seu rosto. Kevin queria tranquiliza-la, mas já era tarde demais...

Aquela não era uma ameaça comum, como as milhares que já receberam durante a carreira dentro da polícia. Aquelas palavras trouxeram um medo que nunca haviam conhecido.

- Kevin... Não pode ser – Disse Kirstin, interrompendo a frase, alojando seu rosto nas mãos, tentando entender aquilo.

- Olha... Talvez seja engano. Que sabe, não é isso que a gente está pensando...

- PARE KEVIN! – De repente, outra mulher estava em sua frente. Kirstin estava transtornada, quase se entregando as lágrimas. – Pare de fugir da verdade. Temos que aceita-la. Não podemos mais ignorar tudo isso. As provas, os versos... Desde a primeira morte já sabíamos quem era.

Isso era verdade. Kevin tentara ignorar a verdade, mas lá estava ela, implorando para ser vista. Sua mente neste momento estava à mil, pensava em como foi tolo em deixar que todas aquelas mortes acontecessem. Naquele momento, ele se sentiu culpado... Podia ter evitado tudo aquilo, e isso o enfureceu.

- Tudo bem... – Disse ele. – está na hora de fazermos uma pequena visita.

Chamaram o garçom, pagaram a conta e seguiram para o carro. O silêncio imperou durante até certa parte da viagem. Kirsten resolveu ligar o rádio e escolheu uma estação qualquer, mas nenhum dos dois pronunciava alguma palavra. No alto-falante, o locutor anunciava a próxima música.

"E essa, vai para os apaixonados, e pra quem simplesmente quer sair da bad, com vocês, I Need Your Love, da nossa linda, Ellie Goulding!!"

Kevin soltou um sorriso bobo, e Kirstin percebeu esse movimento aleatório com o canto dos olhos.

- Ué, porque do riso?

- Lembranças... – Kevin continuava com o sorriso no rosto.

- Pode ser mais específico?

- Quando fizemos um cover dessa música na escola... Bons tempos...

Naquele momento, o silêncio voltou, mas diferente. Era um silêncio gostoso e confortável.

Após algum tempo, o casal chega no seu destino: Um condomínio, formado por um grupo de casas nada simples. Mostraram seus distintivos na portaria e permitiram acesso ao local. Kevin conduziu o carro até o final da rua, onde ficava uma casa bastante simpática: Pintada de cor marfim, a casa possuía um jardim muito bem cuidado, com anões e insetos feitos de gesso enfeitando. Um caminho com pedras brancas os levava até a única porta visível à frente da casa.

Kevin bateu três vezes na porta, esperando que alguém atendesse.

Nada

Bateu novamente, desta vez mais forte. Um barulho dentro da casa foi ouvido.

- Espere... Esqueci de perguntar uma coisa. Quem a gente veio encontrar? – Kirstin indagou.

- Só vendo pra crer... – Kevin respondeu, fazendo ela ficar confusa...

De repente, a tranca da porta começou a destrancada. Tec, téc, téc.

Um homem trajado muito bem, tão bem que parecia que sabia que iria receber visitas. O terno composto de um paletó e calça preta, camisa branca e uma gravata borboleta, mostravam que o indivíduo tinha um corpo bastante definido. Com a barba bem cuidada, ele observou os policiais dos pés à cabeça, e quando seus olhares se encontraram, abriu-se um belo sorriso.

- Avi... Precisamos conversar...