Quarto capítulo.

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ANTES DE TUDO, QUERO DAR UM AVISINHO: Espero que vocês saibam o quão chato é escrever e ninguém ler, ou melhor, não comentar ou dar estrelas, então colaborem, isso não vai cair o dedo de ninguém. Se gostarem, claro!

                  João narrando:
Vê-la subir as escadas daquela forma com um homem qualquer me deu um certo aperto no coração, confesso. Não por ciúmes nem nada, é claro! Vocês sabem que eu nunca me amarro em ninguém, mas talvez por pena, tão nova, tão linda, com o sorriso tão... Espera, eu nunca reparei no sorriso de mulher nenhuma! Para com isso João, é roubada.
Respirei fundo, quando fui surpreendido com dois "pedala Robinho" seguidos na nuca, revirei os olhos e já sabia quem era. Dei um sorriso de canto e balancei a cabeça negativamente.
- Eita, que gay chato brother! Gargalhei.
Ele me olhou parecendo aquela carinha revirando os olhos do WhatsApp, o que me fez rir mais ainda.
- Em que que tu tava pensando, irmão? Não vai dizer que era naquela putinha que você falou mais cedo, né? Eu vi ela subindo as escadas com outro, devem estar plantando até bananeira lá em cima.
Thomas disse rindo e eu logo fechei a cara, me enfurecendo, o que será que estava acontecendo comigo? Se fosse com qualquer outra eu estaria gargalhando e zoando com ele, porém, com ela foi diferente. Não tive vontade alguma de zoar, o que era ainda mais estranho.
- Mano, não fala dela não, é sério, ela não é quem tu pensa, muito menos as minazinhas que a gente pega.
- Qual é, bro? Tu defendendo mina? Realmente não é, ela é pior, até porque todos pegam. Ele falou rindo mais ainda, então eu desisti.
Fui me levantando e me peguei olhando pra porta do quarto em que Ana havia entrado com aquele homem, enquanto me apoio no balcão, respirei fundo e olhei o relógio. Já passava das 5h da manhã e nada, eu estava meio bêbado pois fiquei esperando-a descer enquanto tomava algumas cervejas, ices e vodkas para fazer o tempo passar. Quando deu 6h30 da manhã, tinha gente indo embora, a maioria na real, mas eu ainda continuei esperando, até que me sentei nas escadas e vi alguém descendo com uma camisa longa, que batia mais ou menos até o meio de suas coxas, com um coque enrolando seus cabelos, eu mal conseguia enxergar de tão tonto que estava, porém, era linda.
- João? O que você ainda está fazendo aqui?
Ela falou me olhando assustada, até que me deu um alívio reconhecendo-a e vendo que era a Ana, eu apenas sorri, até que ela se sentou do meu lado insistindo na mesma pergunta.
- É... Eu... Bem, nada. É, acho que eu não estava fazendo nada, só quis ficar. Falei me apoiando nas paredes e ficando um tanto quanto pálido, com uma ânsia enorme.
- JOÃO! Você vai vomitar. Ela me fala apavorada e eu mal consigo responder, só respiro fundo, quando de repente me deparo com um vulto correndo até a cozinha da boate e trazendo um copo d'água com algum tipo de remédio dentro, ela parou na minha frente e me entregou, me ajudando então a beber.
- Toma tudo, isso vai te deixar melhor. Falou enquanto passava seus dedos pelos fios do meu cabelo, aquilo era tão bom, eu estava quase adormecendo.
- Não, você não pode dormir aqui, vem, eu te ajudo a levantar, vou te por em algum quarto até você se recompor.
Ana disse tentando me puxar, mas eu era pesado, então ela envolveu meu braço direito envolvendo meu pescoço e fui subindo as escadas cambaleando, parei algumas vezes até que consegui subir, ela me pôs deitada na cama e eu só me lembro de ter capotado.
Depois de algumas horas acordei assustado, bati nos lençóis da cama algumas vezes até achar meu celular, olhei e já eram 15:30 da tarde, eu me sentei na cama e estava com uma enorme dor de cabeça.
- Merda, que ressaca! - Disse resmungando, até que Ana entra no quarto novamente e se deita na beirada da cama, eu fiquei reparando todas as suas características. Suas belas pernas, seu jeitinho especial, sua forma de sorrir, tudo. Respirei fundo mais uma vez e apoiei as mãos na minha cabeça esfregando meus olhos.
Ela apoiou um de seus cotovelos na cama e ficou me olhando sem jeito.
- Você não vai contar pra ninguém mesmo sobre minha profissão e onde eu trabalho, né? Ela pergunta olhando pra baixo.
- Mas todo mundo já sabe, por que eu falaria uma novidade velha? Eu falo irritado, pois me acordar de ressaca me deixa de puro mau humor.
Ela se levantou e só me agradeceu, pegou suas coisas do lado da cama e foi até a suíte do quarto, se vestindo.
Confesso que ela voltou ainda mais linda, estava com um vestidinho colado em cima e solto em baixo, era preto. Deixou seus cabelos soltos, caídos ao ombro e um salto preto não muito alto. A maquiagem estava leve, só rímel e um batom que fazia seus lábios ficarem rosados.
- Você vai ficar aí? Ela me pergunta botando uma das mechas de seu cabelo para trás da orelha.
- Não, tava esperando você sair pra perguntar se não quer uma carona.
- Não quero incomodar. Ela fala encostando suas mãos na maçaneta da porta, abrindo-a.
- Não incomoda! Vamos logo. Eu falo dando as costas e botando meu moletom no ombro, indo de encontro ao carro e puxando um cigarro do bolso. Ela me seguiu e entrou se sentando no banco do passageiro.
- Larga esse cigarro! Falou arregalando seus olhos
- Tá pra nascer quem me faça parar de fumar, beber e cantar as gatinhas. Gargalhei, mas acho que isso não foi muito bom, ela me olhou bastante séria, então fomos calados até a casa dela. Estacionei na frente de seu portão, ela foi saindo.
- Não vai me agradecer?
- Obrigada. Diz ainda virada de costas entrando dentro de sua casa.
Eu fiquei por mais ou menos um minuto no mesmo lugar, até que fui dirigindo até minha casa.

A ProstitutaOnde histórias criam vida. Descubra agora