Quinto capítulo

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Ana narrando:
Assim que entrei em casa avistei minha mãe na cozinha fazendo as sobras do que restou na geladeira, respirei fundo e fui ao encontro da mesma, dei um beijo em seu rosto e tirei um pacote de dinheiro da minha jaqueta deixando-o em cima da mesa.
— Acho que isso deve dar pro resto do mês, né?
Esbocei um sorriso de canto e fui dando as costas até que a mesma me para com uma das tantas perguntas que ela sempre tinha o costume de fazer.
— Ana, onde você conseguiu esse dinheiro? Eu já avisei pra não se meter em roubada, minha filha.
Me virei de frente pra minha mãe que erguia as sobrancelhas esboçando um ar de dúvida, logo me virei e fui de encontro ao banheiro, tomei um banho rápido de mais ou menos uns 10 minutos, me enrolei sob a toalha e fui em passos lentos até o meu quarto, vesti a primeira roupa que vi pela frente (um moletom da vans e um short branco), peguei meu celular dentro do casaco que eu estava vestindo mais cedo e avistei uma mensagem de uma colega de classe do meu antigo colégio na qual eu não havia a anos, me perguntando se eu estava afim de ir pra uma festa que rolaria mais tarde. Fiquei pensando alguns minutos na resposta que eu daria, mas cheguei à conclusão de que isso me faria bem, respondi e em seguida peguei no sono.
Acordei quando já era umas 20:30 da noite, me espreguicei e tomei coragem para levantar. Afinal, faltava apenas meia hora pra festa.
Peguei um vestidinho mais colado do meu armário, um salto quinze e finalizei com uma maquiagem mais discreta, joguei meu cabelo para o lado, ajeitei minha bolsa e fui descendo as escadas. Me despedi dos meus país, chamei um táxi e fiquei aguardando na frente da minha casa.
Ao chegar na festa, acertei minhas contas com o taxista, que afinal, não tirava os olhos de mim.
Fui entrando e cumprimentei algumas pessoas que eu conhecia, troquei algumas informações com a minha colega e fomos pra pista dançar algumas musicas que nos faziam lembrar antigamente.
Desviei meu olhar pro lado e logo vi algumas meninas irem pra volta dos meninos que tinham acabado de chegar, e um deles (pro meu azar), adivinhem quem era? Sim, o João. Ele me olhou dos pés à cabeça e deu aquele sorriso lindo. Merda, lindo não!
O mesmo deu alguns passos ao meu encontro e parou na minha frente, ajeitou sua mão sob a minha cintura e roçou seus lábios pelo meu pescoço trilhando beijos por toda região do mesmo até chegar na pontinha da minha orelha, senti meu corpo se arrepiar por completo assim que ouço atentamente o que sussurra:
— Você anda me seguindo? Se isso não é o destino, eu juro que não sei o que é.

A ProstitutaOnde histórias criam vida. Descubra agora