Da água ao vapor
Um banho quente depois de um longo dia de trabalho, isso que me acalma, que me faz relaxar. Mesmo não estando frio, prefiro a banheira cheia de água quente para relaxar meus músculos, para mergulhar meus pés castigados pelos saltos, por subir aqueles pequenos degraus que não servem para nada, por andar de um lado para o outro. Além disso é preciso manter o sorriso.
É quase doentio o prazer que sentem em saber que estamos sorrindo, sendo simpáticas mesmo sentindo dor, pois eles sabem que não estamos confortáveis. E não posso em hipótese alguma deixar de sorrir na frente de alguém, não importa como estou me sentindo, como está a minha vida, se o Marcelo terminou comigo depois de um bom tempo trocando mensagens e ligações com a ex namorada., não importa se tenho enxaqueca e tomo remédios para dormir... Não importa, eu preciso apenas estar bonita e sorridente, é isso que querem e é o que faço.
As vezes eu só queria evaporar, subir até chegar nas nuvens. Mas se isso acontecesse eu iria pesa-las e choveria causando transtorno para alguns e alivio para outras.
Perfumo a água com alguns sais e entro na banheira, essa vem sendo minha companheira de finais de dias cansativos. Respiro fundo , fecho os olhos e entro mais na banheira, afundando até o queixo na água que me abraça, um abraço quente que me traz um pouco de paz.
Preciso recuperar minhas forças por enquanto, pois haverá o momento em que minha água parada irá evaporar, assim que o sol vir poderei evaporar, estarei pronta.
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No próximo verão
Historia CortaPoesias e prosas de verão, pois a poesia nem sempre é fria, nem sempre a solidão é consequência de uma tarde chuvosa. O calor une e separa, cura e adoece e nem sempre o sol é para todos, alguns só querem uma sombra, outros vivem à sombra... Alguns...
