Kayla Salls P.O.V
Hoje é o meu primeiro dia de aula, estou me preparando psicologicamente para pôr os pés naquela escola, sou nova nela, Harry estudava lá no ano passado e infelizmente vou ser conhecida como "a ex do Harry Styles", nem entrei lá ainda mas já não vejo a hora de sair.
Eu tentei entrar no turno da manhã, mas, não tinha vagas sobrando, se alguém desistir eu entro, estou orando para que desistam, odeio estudar à tarde.
Meu celular vibra com uma nova mensagem, pego o celular e passo o dedo na tela para desbloquear, suspiro abobalhada ao ver de quem era a mensagem.
"Forças no primeiro dia de aula, minha bebê. Nós, os adultos, temos que trabalhar ;).
- Justin."Riu anasalado pelo nariz, esse idiota não trabalha, vive as custas dos pais, ele mesmo já me disse isso.
"Você não trabalha coisa nenhuma que eu sei, tudo o que você quer, seus pais te dão. E aliás, adultos? Oi? Você só tem dezoito anos, sua bebê aqui está mandando você baixar a bola aí papai.
- Kayla."Eu enviei, riu só de pensar qual seria a reação dele lendo essa mensagem, daria tudo para ver.
Meu celular vibra, assim como eu, quando a nova mensagem chega.
"Davam, eles me botaram para trabalhar, se não trabalhasse iria ficar sem nada. Você me chamou de papai? eu adorei esse novo apelido... aliás, meu pau também, ele até ficou duro só de imaginar você gemendo isso no meu ouvido.
- Justin."Arregalo os olhos pela sua mensagem inapropriada, meu Deus, isso deveria me deixar envergonhada, mas, com ele é diferente, me deixa instigada.
Mordo os lábios pensando numa resposta à altura, quero deixar ele impressionado, assim como ele me deixa.
- Kayla? - Minha mãe grita alto, me fazendo derrubar o celular no chão pelo susto.
Ponho a mão no peito sentindo meu coração bater forte, qualquer dia desses minha mãe me provoca um ataque cardíaco.
- Droga. - Digo assustada, o susto foi grande. - Oi mãe, estou aqui, no meu quarto, dona Maria. - Eu grito alto, pra ela me ouvir.
A porta do meu quarto se abre e a figura da minha mãe aparece, ela me olha com cautela, analisando minha reação.
- Como você está? - Minha mãe pergunta, sua forma calma de falar comigo, mostra que ela está preocupada.
- Bem, estou bem. - Eu respondo, estou sendo sincera.
Minhas palavras podem não a convencer por que foi ela quem passou a noite em claro comigo aguentando todas as minhas lágrimas e me dizendo que isso faz parte da vida.
Ela me olhou sem expressão no rosto, seu olhar estava ilegível, acenou positivamente com a cabeça, abriu e fechou a boca sem dizer nada, soltou um suspiro pesado e voltou a me encarar.
- Que bom que está bem, minha neném. - Ela disse, receosa.
Ela está com aquele olhar de quem quer falar alguma coisa muito importante, mas, que está com medo da minha reação ao falar da coisa importante. Ela me conhece como ninguém, e eu também a conheço como ninguém, isso dificulta esconder as coisas uma da outra.
- Mãe, tem alguma coisa para me dizer? - Eu perguntei, querendo que ela falasse tudo de uma vez por todas.
Ela me olhou nervosa e eu estreito os olhos para ela, aí vem bomba.
- Eu acabei de ligar para o Harry, para ele vir aqui em casa terminar com você pessoalmente. Ele disse que mais tarde iria vir. - Ela disse rápido, rolei os olhos entediada.

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Maktub
Fiksi PenggemarMaktub, particípio passado do verbo Kitab. É a expressão característica do fatalismo muçulmano. Maktub significa: "estava escrito"; ou melhor, "tinha que acontecer". Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angustia, não é um brado de rev...