CAPÍTULO 1 - Tobias

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Acordo assustado, faz tempo que minha paisagem do medo não muda e agora ela mudou completamente. Enquanto estava nela, vi que existia um complexo fora da cerca e que as pessoas de lá nos vigiavam e diziam que os divergentes era pessoas geneticamente puras enquanto quem não era, era danificado.
Também vi que me envolvia em uma guerra contra os lideres do complexo e Uriah morria e eu era o causador, mas o pior de tudo foi ver minha tris morrer e ser obrigado a continuar a vida sem ela. Não posso perde-la. Tenho medo só de imaginar. Perde-la é o mesmo que perder uma perna ou um braço, ela já faz parte de mim. Tento afastar esse pensamento, enquanto guardo as seringas e desligo o computador e as luzes da sala.
Com a morte de mais da metade da abnegação incluido os lideres, e a morte de divergentes comandados por jeanine, o sistema de facções está em ruinas. Nossas vidas está uma bagunça. Alguns membros da Audácia se aliaram a Erudição, nós chamamos eles de traidores, os outros que nao se aliaram, voltaram para a sede da Audácia depois do ataque a Franqueza, eu sou o novo lider da Audácia, aliás alguns membros recebeu ordens para pintar todas as câmeras de vigilância para que Jeanine nao pudesse nos vigiar, mas enquanto caminho pelos corredores em direção ao refeitório vejo câmeras desprotegidas e vejo paredes e chão pintados com multicores. A missão acabou em brincadeira, é sempre assim.
Chego na cozinha, alguém fez o almoço, pego torradas, legumes e um pouco de frango, vou para o refeitório, quando chego vejo todos, Zeke, Shauna, Marlene, Lynn e Tris rindo provavelmente de alguma piada de Uriah. Sento-me com eles, mas faço minha refeição em silêncio, primeiro como minhas torradas, depois os legumes e por fim meu frango, faço tudo de forma sistemática, levanto-me e guardo a bandeja, e caminho em direção a Tris, abaixo-me até seus ouvidos e digo:
- vou para meu apartamento, se precisar de algo me avise.
Ela concorda com a cabeça e eu saio. Quando chego até meu apartamento, tudo está da mesma forma que deixei, exceto a poeira, então pego a vassoura e começo a varrer, também troco os lençóis da cama. Vou tomar um banho, retiro minhas roupas e entro no box, deixo a água cair sobre minha cabeça, meus ombros e meu abdome. Me perco mais uma vez no pensamento de um dia perder a minha Tris. Não consigo perde-la. Os pais dela deram a vida para salva-la e eu sou capaz de fazer o mesmo.
Escuto um barulho na porta do banheiro, viro-me e vejo Tris parada com os braços cruzados.
- Hoje você estava na sua paisagem do medo? - pergunta-me ela.
- Sim, estava. - respondo.
- Ela mudou?
- Sim... agora vc está nela, em vez de eu matar um inocente como antes, você morria e eu era obrigado a continuar a vida sem você.
- Bem... se isso acontecer você será obrigado a continuar com a sua vida.
- Eu nunca vou permitir que isso aconteceça com você.
Nós olhamos um para o outro, por mais tempo do que é socialmente aceitável. Apos alguns minutos com apenas a água do chuveiro quebrando o silêncio, ela diz:
- Posso tomar banho com vc? - fico surpreso com a iniciativa dela.
- Se eu disser não, vai adiantar de alguma coisa?
- Não, sou divergente e não posso ser controlada, lembra? - diz ela com um sorrisinho irônico.
Então Tris começa a retirar a roupa, começando pela blusa, depois a calça, depois o sutiã e por fim a calcinha, e ela fica totalmente nua na minha frente, seu corpo mudou completamente, continua magra mas tem bastante músculos aparentes, está forte e tem alguns hematomas. sinto meu corpo esquentar por toda parte. Ela entra no box e pega o sabonete da minha mão e começa a esfrega-lo nos meus braços e depois no meu peito.
- A agua tá fria - diz ela.
Me aproximo ainda mais, tiro o sabonete da mao dela e jogo no chão do box, e digo quase em sussurro:
- Se você quiser eu posso te esquentar. Ela sorri, seus lábios encontram os meus, eu envolvo meus braços em torno dela puxando-a para mais perto de mim. Saímos do box e a levo para cama. Ela me beija de novo, mais insistente desta vez, como se tentasse apagar as imagens da simulação da minha mente. Suas mãos está apertando minha cintura. Sua respiração, minha respiração, seu corpo, meu corpo, estamos tão perto que nossas diferenças ficam esquecidas, não consigo resistir.
- Pra mim é muito dificil me manter sábio perto de você enquanto na minha cabeca tenho segundas intenções. - digo sussurrando enquanto beijo seu pescoco.
- Tobias? Me faz um favor? Tenha sempre segundas intenções. - diz ela.
Voltamos a nos beijar.
Até aqui estive tentando me controlar, mas ao ouvi-la dizer estas palavras, nao pude resistir mais. Meus lábios tocam os dela com mais ferocidade, sinto seu corpo pequeno e nu estremecer abaixo do meu. Passo a mão no seu corpo e olho em seus olhos, seus olhos grandes estão mais vivos do que nunca e posso ver através deles que ela quer ser minha tanto quanto eu quero ser dela. Então fazemos amor, aqui mesmo no meu apartamento.

RESURGENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora