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Desde o primeiro instante em que o vi, soube o real significado da expressão borboletas no estômago. Ele era a criatura mais incrivelmente linda que eu já havia visto em toda a minha vida.
Nossos olhares correram por entre a multidão que andava pelos corredores à procura de suas classes e se encontraram, fazendo todo o mundo desaparecer por alguns segundos.
Eu nunca tive muitos amigos, e nem fazia questão de ter pois achava complicado todo o processo para se socializar, mas quando o vi desejei que ele viesse ao meu encontro, nem que apenas para me cumprimentar. E foi oque aconteceu.
- Oi -ele disse ao estender sua mão para me cumprimentar. O toque dele era, como eu imaginava, um anjo dançando suavemente nas nuvens. - Você é novo aqui, não é?
Era de se esperar que ninguém me reconheceria (e por um lado eu estava feliz por isso), afinal, eu era apenas o filho da velha reclusa de Doncaster. Eu ainda estava olhando pra seus lábios, observando o sorrir com o canto da boca, até que me dei conta de que ele aguardava uma resposta.
- É, sou - soltei a mão dele que aparentemente estava segurando a algum tempo, e que parecia estar lhe incomodando -. Sou Tomlinson, Louis Tomlinson!
Ao ouvir meu nome ele imediatamente deu um passo para trás, como se uma barreira invisível tivesse sido criada entre nós, e o impedisse de ter contato físico, e visual, comigo.
- Ah, certo. Eu preciso ir, Lou, posso te chamar assim né? Estou atrasado.
Eu sabia que era mentira, afinal o primeiro período só começaria em 10 minutos, mas não disse nada, apenas concordei com a cabeça e fiquei observando-o se distanciar enquanto mexia em seus cabelos negros despenteados.

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