depois de tudo

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Quando volto,  eles enchem a cara do que me parecem sorrisos,  mas com uma vertente triste pelo que aconteceu hoje de manha cedo.
-trouxe o jantar -anuncio- mas vocês e que fazem o resto do trabalho - acabo,  com um meio sorriso.
Eles riem se e não contrariam.
Decidi por de parte estes sentimentos ruins que me incomodam a toda a hora ,  e conformar me com a situação, por pior que pareça,  pois a martha e o henri passaram pela mesma experiencia e eu,  assim como eles,  tenho de aprender a suportar a dor.
Comemos aquele veado assado na fogueira que acendemos perto da nossa localização temporária.

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Até estava bom,  para a comida que temos ingerido ultimamente,  esta perfeito!!
- Então,  esta bom?  - Pergunta o Henri,  promovendo a conversa entre todos.
- Ótimo!!!  - respondo a lamber os dedos .
A martha nem respondeu,  por estar a empanturrar se de veado.
- afinal o que lhe puseste para ficar com este sabor ? - desta vez pergunto eu.
- acrescentei umas ervas que encontrei por ai.
- Deixem uma bocadinho para a tulip!  - lembro.
Desde que fui caçar hoje não a vi mais,  mas foi tudo muito rápido, mas sei que ela esta bem porque a martha iria estar a lamuriar  se por esta altura se tivesse acontecido algo a túlip, mas não esta,  quero dizer,  nota se que esta triste mas sei que não são esses os seus motivos.
- O que fizeram enquanto estive fora ? -okay,  tive de perguntar isto porque estava um pouquiiinho curiosa.
- colhemos as ervas para este jantar,  desesperamos a tua espera,  apanhei um peixe que dei a tulip,  um bocado de agua e por fim,  desesperamos a tua procura. - responde o Henri com algum sarcasmo.
- Estive fora assim tanto tempo?
- sim,  para nos,  sim.  - E ri se,  eu entro na brincadeira e começo me a rir também.
- eu disse que não fugia- cocluo
Está a ficar frio e escuro por isso decidimos ir dormir.
Acho que vou passar a noite em claro mas tudo bem.

Faz uma hora desde que estou aqui ( pelo o que eu acho ),  debaixo dos cobertores,  a olhar para o teto,  ate que me decido sentar e descubro o henri,  acordado.
- sem dormir?  - susurra
- Acho que nunca irei  dormir como antes - asseguro lhe 
Inesperadamente ele diz me: 
- anda para aqui.
Eu hesito primeiro,  mas depois vou para a beira dele,levo o meu cobertor e fico lá com a cabeça deitada no seu colo,  que é impressionantemente confortável.
Adormeço repentinamente, mas reparo que alguém me esta a afagar o cabelo.  Depois disso ouço:
- Boa noite. - e sinto um leve toque na cara que rapidamente associo a um beijo na bochecha.
Mas porquê?? 

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Quando acordo enquadro tudo e lembro me que dormi no colo do Henri.
Ele ainda está a dormir, por isso deito o calmamente no meu colo, dou lhe um beijo na cara e digo:
- Bom dia
Mas porquê?? 

Tenho qualquer coisa na barriga,  uma sensação que nunca tinha sentido,  parece que tenho borboletas no estômago,  mas chego a conclusão de que só podia ter sido de alguma coisa que comi ontem,  ou então pelo simples facto de as minhas únicas refeições do ( horrível ) dia de ontem terem sido um pequeno almoço escasso e um jantar rico.
Abandono a questão,  e vejo o Henri a olhar para mim e feita estúpida,  coro
(Mas porquê????? )

Coro?  Mas o que é que se esta a passar comigo?

- Bom dia para ti também- sorri como se estivesse contentíssimo
- Estavas acordado?
- Sim,  mas gostei de te observar e de estar próximo a ti e não disse nada. - e cora só um bocadinho.
Como sempre eu feita tontinha também coro mais,  devo parecer um pimento,  ai que pimento tao giro. Para o que me havia de dar! E ficamos ali a olhar um para o outro como dois totos .

the hunger games : o futuro passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora