tudo perdido

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O que vejo é devastador.
Nem sequer se vê cadáver. Vejo no chão o que costumava ser a minha mãe, espetifada em pedaços.
Nada me preparou para ver esta imagem.
Porque é que voltei ? Porque é que nao fiquei onde estava ?
Entao caio de joelhos ,no chao sem parar de chorar, abraçada aqueles meninos que para mim sao como irmaos , parecem fazer parte da minha familia.
Familia uma palavra agora oca para mim.

Quando paro de chorar , apenas lhes peço, para me deixarem ir dar uma volta pelo caminho por onde eu e o Henri fomos caçar, para tentar organizar os pensamentos.
Ele ainda se tenta oferecer para ir comigo mas eu recuso dizendo lhe que tinha de estar sozinha por um bocado.
Eles os dois devem estar a pensar que eu vou fugir mas por mais que eu queira, sei que não o devo fazer, pois gosto muito daqueles miúdos, e eles precisam de mim estável e com comida na mão, e sei que a atitude correta é ficar com eles até porque sei que era o que o que a minha mãe queria que eu fizesse.
Nunca me tinha afeiçoado a pessoas tão rapidamente, mas há qualquer coisa neles que me consegue cativar.
- não vou fugir, não se preocupem.
Estavam quase a responder quando começo a andar para o meio da floresta.

the hunger games : o futuro passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora