Capítulo 04: As Palavras que Procuram.

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6 anos atrás.

Era a ultima décado do Século da Alvorada. As grandes cidades extravasavam suas luxúrias. Os jovens se alimentavam apenas de álcool e tabaco. A influência da cultura orietal estavas a se abrangir na capital.

Mosteur, nome do Deus da Ganância. Mosteur também foi o nome dado a Capital do Reino de Lasbel, lugar onde estabelecia o Trono Real. Eu sei que estas não eram as minhas terras há muito tempo. Estive tanto tempo fora que já não reconheço as ruas que um dia fizeram parte da minha infância. Há muito tempo fugindo, resolvi voltar e encarar o futuro de frente. Covarde é aquele que foge do seu destino.

Meu fillho provavelmente me odiará pelo resto da tua vida, porém se esta for longa eu não me importo em ser odiado. Ali estou eu, encostado em um poste de luz, esperando a pessoa certa a entrar naquele bar de esquina. Minha mania de acariar a longa barba grisalha enquanto espero por algo incômodo. Vejo-o entrar. Meu alvo era o coroinha do Bispo que trabalhava na corte. Seu cabelo liso como de uma mulher nao me enganava. Todas as sextas este mesmo jovem se retira dos arredores do palácio e vem até esta espelunca para beber e pecar sobre a carne.

Dentro do bar. Um turbilhão fervendo hísteria e hormônios masculinos brindando a contínua paz. As mulheres ali restavam apenas os serviços prestados com teus corpos robustos. Sentei-me no balcão, bem ao lado do coroinha. Pedi uma velha dose do mais puro álcool. Esperando que ele peça um também. Dito e feito, o jovem assim pediu, talvez querendo mostrar a masculinidade. Seu velho manto preto e sujo, bordando uma pequena cruz vermelha sobre o peito. Neste momento o garoto apoiava as palavras do Deus Mosteur. Ouro. Bebida. Mulheres. E a Ganância por mais ouro. Pouco me importava os gostos dele. Apenas uma informação era necessária. Para isso ele precisava ficar embreagado.

Contudo Levaram mais de trinta minutos para o maldito realmente ficar bêbado. Ele era duro, mas logo me aproximei. Conversamos. Seus assuntos envolviam mulheres e os deveres com o Rei.

- O que tu fazes no palácio ? - Perguntei, tentando entortar a voz.

- Faço apenas serviços pequenos. Aqueles que o Bispo Alexys designa... - Sua cabeça cambaleou, mas logo levantou-se novamente, sorrindo.

- Seria uma honra conhecer o Bispo. - Falei tentando puxar algo dele.

- O Bispo Alexys é conservador... - Ele se empurrou para perto do meu ouvido. - Sabe. Ele estará na igreja ao leste, próximo ao mercado de frutas. Você talvez... - Disse o jovem rindo e virando uma caneca de cerveja. Esse jovem ja não sabia o significado das próprias palavras.

Era apenas oque eu precisava. O Bispo nunca saia de perto da Guarda Real. Esta seria a minha oportunidade. Assim que o jovem cambaleou para trás eu me retirei. Voltei ao meu quarto. Neste lugar havia mais dois outros homens. Me esperando.

- Então, Vincent. Conseguiu saber onde estaras o Bispo ? - Perguntou-me Travus, o homem com uma cicatriz no olho esquerdo.

- Ele estará na Igreja Santa Cástara. Ao lado do mercado de frutas. Lembrem-se, partiremos ao amanhecer e montaremos tocaia até que ele apareça. - Falei com tom alto e firme.

- Este é o Vincent Black ! Sangue de guerreiro. Tu tens certeza de que com o livro, saberemos dos planos ? - Perguntou-me Ignus, o mais jovem entre nós, com apenas 27 anos.

- És como uma vida escrita ali. Estará codificado entre as letras do conto. Serás necessário talento para traduzir. E quando estiver feito, todos os planos irão revelar-se para nós. Agora vamos dormir pois amanha é o dia. - Falei terminando o anoitecer.

Esta noite diferente das outras trazia um certo frio. A Lua Cheia forçava com sua luz entre as brechas da janela. Uma noite dificil de cair no sono.

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⏰ Última atualização: Sep 25, 2015 ⏰

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