Through The Dark

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Subtitulo: And if you wanna cry or fall apart I'll be there to hold you.

Samantha Cooper

Dois meses depois...

Dois meses já se passaram. Zayn e meu pai ainda não se dão muito bem, mas eles não brigam entre eles, apenas não se falam ou conversam.

Eu gostaria que eles se dessem bem, brincassem ou que os dois trocassem mais que simples saudações como bom dia ou boa noite. Por enquanto eu tenho que aceitar que meu pai esta se esforçando para conviver em paz e que ter que aguentar Zayn aqui quase todos os dias é um milagre. Quanto a minha mãe, ela se da bem com ele, estão sempre conversando educadamente e Zayn algumas vezes ajuda ela com o jantar.

É sexta à noite, são exatamente 20h00min. Eu e Zayn estamos deitados no sofá, cobertos por uma manta assistindo Harry Potter e a Ordem da Fênix que estava passando em um canal qualquer. Meu pai esta arrumando suas malas em seu quarto porque ele vai ate outra cidade resolver uns assuntos do trabalho. Zayn esta quase dormindo, ele ficou estranho o dia inteiro, mas não comentei nada.

Ouvi um barulho na escada e vi meu pai descendo com a pequena mala na mão. Ele a deixou em frente e porta e pegou as chaves do seu carro.

-Eu estou indo para Doncaster, filha. Não quer mesmo vir junto? - Ele perguntou e eu neguei com a cabeça. -Tudo bem então.

Eu não queria ficar ate amanha com um bando de homens conversando sobre assuntos que não me interessavam, além disso, amanha eu vou sair com o meu namorado.

-Zayn! -Meu pai gritou o fazendo acordar assustado. -Vamos, eu te dou uma carona ate sua casa. Eu não vou deixar você aqui sozinha com a minha filha.

-Papai eu não sou mais um criança. -Me levantei do sofá e peguei o tênis de Zayn que estava do lado da mesinha de centro, logo entreguei pra ele.

-Olha Samantha, sua mãe e irmã estão em Leeds cuidando da minha sogrinha que eu tanto amo. -Ele disse ironicamente, sempre a chamou de leão-marinho. -Então, eu não quero saber que o seu badboy esteve aqui em casa entendeu?

Eu brinquei fazendo uma reverencia como um de seus soldados, Zayn colocou seu tênis e pegou sua mochila em cima da poltrona.

-Tudo bem amor, eu já estou indo. -Zayn me disse e também pegou suas chaves que estava na mesinha e sua jaqueta que estava no cabide de casacos. -Não se preocupe Sr. Cooper eu não vou fazer nada que você não queira. Quanto à carona, eu estou de carro.

Meu pai assentiu. Eu os acompanhei ate a porta e me despedi com um abraço de Leonard que levou sua mala ate o carro. Zayn estava com uma cara de sono e com os cabelos bagunçados, eu o beijei rapidamente e ele foi ate seu carro. Eu acenei para os dois e entrei em casa.

Fui ate a cozinha e preparei um macarrão instantâneo para servir de jantar. Terminei de comer e levei meu prato ate a cozinha. Terminei de assistir o filme e quando olhei no relógio era 21h10min.

Mudei de canal ate encontrar algo que me interessasse, nada de interessante. Deixei em um canal onde passa clipes e fiquei assistindo por uns dez minutos. A chuva lá fora aumentou, os raios e os trovoes estão mais contínuos, nunca tive medo de tempestades, mas eu estou com uma sensação estranha. Enquanto passava um clipe antigo, um grande som de trovão ecoou no lugar, todas as luzes se apagaram, inclusive a televisão.

-Droga! -Murmurei.

Levantei-me do sofá e fui ate a estante, abri uma das gavetas e procurei por uma lanterna, o que foi difícil já que NÃO TEM LUZ! Finalmente eu consegui acha-la e a liguei. Procurei pelo meu celular para ligar para alguém que me ajudasse há passar o tempo, mas infelizmente essa merdaesta sem bateria. Holy Shit!

Já que não tem nada pra fazer, eu decidi que vou dormir, não vou ficar aqui no escuro falando sozinha. Subi a escada e vi pela janela de vidro que ia do chão ate o teto que tudo estava escuro, não havia carros nas ruas, nem uma alma viva. Caminhei ate meu quarto e me troquei de roupa, coloquei um moletom do Zayn que ele havia deixado em casa faz uma semana, mas como ele veio para no quarto, é um segredo. Digamos que fui eu que tirei essa peça do seu corpo, se é que me entendem, o cheiro dele esta me embriagando. Coloquei um short curto e me deitei na cama, me cobrindo logo em seguida. Depois de um tempo acabei caindo no sono.

(...)

Acorde com um barulho vindo do andar de baixo. Tentei ligar o abajur ao meu lado, mas ele não acendeu, a luz ainda não deve ter voltado. Liguei a lanterna e apontei a luz para o despertador, são 3h34min. Outra vez eu escuto um barulho, dessa vez mais alta. Levantei-me da cama e caminhei ate a porta, abri a porta e olhei entre ela que não havia nada. Decidi sair do quarto para ver o que tinha feito esse barulho.

Andei pelo corredor calmamente, ouvia apenas o barulho dos meus passos no chão de madeira, a lanterna era a única coisa que iluminava o local. Desci as escadas chegando à sala se estar, tudo estava do jeito que deixei. Andei mais um pouco ate o outro cômodo, a cozinha. O prato que eu havia jantado não estava em cima do balcão, esse tinha caído no chão, esse foi o barulho que eu ouvi do meu quarto, mas não tem nada aqui, além disso.

Recolhi os cacos do chão e por um momento tive a impressão que alguém tinha passado atrás de mim. Coloquei tudo dentro da pia, amanha de manha eu enrolo no jornal e jogo no lixo. Peguei a lanterna do balcão e andei novamente ate a sala, uma coisa que eu não havia percebi era que a porta de acesso a casa estava entre aberta. Eu tenho certeza que tranquei, a não ser que...

Não tive muito tempo de pensar, fui jogada no chão frio da sala, eu tentei me levantar mas a pessoa subiu em cima de mim e começou a bater em meu rosto. Eu tentava afasta-lo, pela força era um homem, não sei como, mas consegui vira-lo e me levantei e corri ate as escadas para me trancar em meu quarto. Subi com muita dificuldade, tropeçando em alguns degraus pela falta de luz, eu sentia que ele ainda me seguia. Antes que eu conseguisse abrir a porta, ele me puxou de novo fazendo com que eu batesse a cabeça, fiquei um pouco tonta, mas ainda estava acordada. Novamente senti os golpes pelo meu corpo, minha cabeça estava sendo batida no chão com muita força, eu só quero que essa dor pare.

Como se ele conseguisse ler a minha mente, finalmente parou com os golpes e se afastou. Eu tentei me levantar, me apoiei sobre a mesinha que havia algumas fotografias e consegui me levantar. Ainda estava tonta e tudo estava embaçado, coloquei minhas mãos do corrimão da escada tentando manter o equilíbrio. Duas mãos me empurram, eu só sentia meu corpo caindo sobre a escada e atravessando algo de vidro. As gotas de chuva sobre o meu rosto deixavam tudo mais embaçado, os cortes feitos pelos cacos de vidro estavam sangrando muito. Não conseguia me mexer e quando menos esperei tudo ficou mais escuro do que estava. Não estou mais consciente.


I Know PlacesOnde histórias criam vida. Descubra agora