A festa começou.
Eu e minha prima sempre fomos muito grudadas, inseparáveis. Fazemos tudo junta, desde tomar banho à dormir. Hoje não foi diferente, estávamos andando juntas e procuramos um lugar para sentar, claro que achamos um lugar onde dava pra ver a mesa dos garotos.
Minha prima achou o garoto maior bonito, o que foi perfeito! Pois assim ela não reclamaria de ficar andando atrás dele.***
Achei meu primo Bruno e fiz um acordo com ele. Disse que se ele falasse com o menino que eu queria eu arrumaria uma menina para ele, ele topou na hora e foi falar com o menino.
Voltou um tempo depois e me deu a resposta do garoto.-ele aceitou, disse que só tem que fala o lugar.
-sério ? Falei tentando conter a animação, afinal o menino estava ali perto. E com certeza observando.
-claro, Agora fala o lugar. Pediu ele.
- okay. Perto do gol que eu estava no jogo. Falei e meu primo saiu.
***
Contei pra minha prima que ficou surpresa por eu ter pedido para ficar com o garoto.-como você teve coragem? Perguntou com uma cara de não acredito.
- não tive. Falei para o Bruno ir. Disse rindo e ela riu também.
***
Fui para perto do gol mas fiquei escondida atrás de uma árvore. Para não parecer que cheguei primeiro. Pouco tempo depois ele chegou e foi para perto da trave e olhou o celular.Esperei um pouco afinal ele tinha que ficar um pouco ansioso. Quando sai de trás da árvore na intenção de não fazer barulho. As folhas secas do chão não quiseram colaborar e logo ele percebeu que eu estava ali e veio ao meu encontro.
- Oi. Disse ele já tentando me beijar.
- é... será que podemos ir mais para lá? Falei insegura, minha mãe poderia aparecer e onde estamos está claro.
- sim. Ele respondeu e pegou em minha mãe. O que eu achei fofo.
- aqui já está bom? ele perguntou quando chegamos mais perto da trave.
- sim. respondi.
Então ele se aproximou colocou a mão em minha cintura e me deu um selinho, que logo virou um beijo de verdade. Acabamos o beijo com vários selinhos e começando a conversar.
- qual é o seu nome? perguntei.
-Henrique, e o seu?
- Alice. Quanto anos você tem?
- adivinha. Ele disse dando um sorriso.
-17? Chutei.
-não. Ele respondeu admirado.
- quantos então? Perguntei rindo.
-tenta de novo. Ele disse me desafiando.
-menos ou mais? Perguntei.
-menos. Ele respondeu abaixando a cabeça escondendo o sorriso.
-16! Falei tendo certeza.
- acertou. E você? Perguntou.
- adivinha. Olhei rindo e desafiando.
-15? Perguntou.
-não é justo. Ri e ele riu também.
-que tipo de música você gosta? Perguntei.
- funk ele respondeu sorrindo.
-não acredito! fechei a cara. Na era possível. Um funkeiro? Estava indignada comigo mesma.
- o que foi? ele perguntou meio sem graça porém rindo.
-você é funkeiro. Respondi envergonhada.
- você só pode ser roqueira. Ele disse e fiquei abismada.
- como vc adivinhou ?
- só pelo jeito que você me olhou quando disse que gosto de funk. Eu ri e ele também.
- que time vc torce ? Perguntei quando um silêncio constrangedor começou.
-Corinthians. Ele respondeu orgulhoso.
- está brincando? Um funkeiro Corinthiano? Ferrou. Disse colocando a mão na cabeça.
- e você para que time torce?
-São Paulo. Disse convicta.
-time de bambi. Ele disse rindo.
- pelo menos não é time de ladrão. respondi.
- melhor que só ter bambi no time. Ele disse rindo.
Eu já estava ficando chateada quando ele voltou me beijar. Foi melhor que o primeiro, com menos nervosismo. E ali ficamos por um tempo até que alguém iluminou com uma lanterna onde nós estávamos. Fiquei nervosa. Poderia ser uma das minhas 10 tias ou seus maridos, eu estaria ferrada.
Eu disse a ele para sairmos dali rápido e ele me pegou pela mão e me levou por entre alguns pé de mandioca. Eu estava de salto, não podia correr iria acabar tropeçando. E foi o que aconteceu dei um grito meio agudo e rápido, e ele me segurou antes que eu chegasse na metade do caminho até o chão. fiquei mais admirada naquele momento, só que a felicidade não durou muito a pessoa da lanterna nos alcançou. E eu poderia ter tido um enfarto se não tivesse visto que era meu primo. O mesmo que me tirou do banheiro cheia de espuma na boca. Ele disse:
-a mãe dela tá procurando Ela. Falou para o menino.
- sério ? Entrei em desespero, pensando em quanto tempo será que ficamos lá nos beijando? Só depois percebi que não era comigo que ele estava falando e fiquei envergonhada.
-eu preciso ir. Falei acenando con a mão.
-espera! Ele disse pegando o celular. Me passa seu número?
- eu sorri e passei.
Antes de ir peguei o boné aba reta dele. Era Verde com branco. Escrito: New York. E sai andando rápido.
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O menino da minha vida.
RomanceEssa história é sobre uma menina comum que passa por coisas na vida, e acredita que só acontece com ela. aqui você vão se envolver, rir e se divertir. Alice é uma garota que passou pro preconceito quando criança, mas cresceu e se tornou uma menina d...