Capítulo 23

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Acordei as dez horas da manhã.Me levantei da cama e fui direto para o banheiro.Fiz um coque no cabelo,arranquei meu pijama e tomei um rápido banho.Peguei a primeira roupa que vi em meu armário:saia jeans e regata branca com  estampa de flores.

Saí do meu quarto e senti um delicioso cheiro de café.Paralisei.Não tem ninguém em casa,a não ser eu,e meus pais só chegam em casa na semana que vem.Desço as escadas rapidamente e adentro a cozinha.Vejo minha mãe preparando o café e meu pai a perturbando.No bom sentido.

-Mãe?Pai?Não iam voltar na semana que vem?-digo surpresa.

-Íamos,mas graças ao Bertão seu pai quis voltar mais cedo pra casa.-minha mãe diz fuzilando o meu pai com os olhos.

-Já conversamos sobre isso,dama.-meu pai olha para ela e minha mãe assenti.

-E agora vamos conversar com você,mocinha.-minha mãe aponta para mim,e em seguida para a cadeira.

-Conversar comigo?Mas porque?-pergunto rapidamente me sentando na cadeira.

-Porque quem mandou tu pagar de fodona e sair por aí no meio de uma invasão!?-meu pai apoia as mãos na mesa e se curva em minha direção.

-Eu só queria ajudar a minha comunidade.-tentei me explicar.

-Mais eu não te deixei no comando!-meu pai gritou.

-Então,desculpa.-digo e me levanto.Ando em direção a saída da cozinha.

-Ainda não terminei,Alana.-meu pai diz e paro.

-Se for continuar me xingando,eu dou essa conversa por encerrada.-o encaro e saio andando.

-Tu viu o que ela fez?Me deixou falando sozinho.-escuto meu pai reclamar para minha mãe,e rio.

Subo de novo para o meu quarto,e minha barriga ronca.Esqueci até de tomar café,droga!

Tentei controlar minha fome com balas,mas isso foi totalmente em vão,a fome só aumentou.Decidi ir pra cozinha e comer alguma coisa,talvez meu pai já estivesse saído.

Desci a escada e passei pela sala,nenhum sinal do meu pai.Entrei na cozinha,e o comodo também estava vazio.Um alívio!Peguei um pacote de doritos no armário,uma latinha de refrigerante na geladeira e subi de volta para o quarto.

Matei minha fome e fiquei escutando músicas no meu celular.

[...]

Estava no bar da dona Van,esperando a Mari trazer os almoços,enquanto meu pai e o Mu discutiam sobre o rendimento da comunidade.Minha mãe conversava com meu avô no telefone e eu mexia atoa no twitter.

-Prontinho.-Mari apareceu com nossos almoços após dez longos minutos.

-Até que enfim.-digo soltando meu celular em cima da mesa e posicionando meu prato em minha frente.

-Obrigada Mari.-minha diz ao desligar o celular.

Meu pai e meu padrinho se juntaram a nós,e iniciamos nosso almoço como todos os dias juntos.

-Vou pra casa.-digo assim que terminei meu almoço.

-Vou subir com você,filha.Marquei um horário no salão.-minha mãe se levanta.

-E eu vou ali na lojinha rapidinho e já estou voltando pra casa.-meu pai deposita um selinho em minha mãe,e saímos do bar.

Enquanto subíamos o morro,minha mãe me contava tudo,ou quase tudo que aconteceu em sua lua de mel.A cada palavra que saía da boca da minha mãe, e a cada novidade perfeita que meu pai providenciou,os olhos da minha mãe brilhavam.

A Dama & O Vagabundo Vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora