Crómio + Livres?

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Acordei com barulhos vindos da cozinha pensei que poderia ser os capangas do Henrique ou sei lá, mas não pensei muito nisso peguei numa espécie de taco com rede, parecia aquilo que as pessoas põe nos pés para andarem na neve sabem? Ele estava escondido do lado do armário por roupas e desci sem fazer barulho, dei uma espreitadela bem rápida e caí na gargalhada

Larguei o taco no sofá e peguei na criaturazinha que roubava comida mas quando ia pegar nele percebi que não era tão pequeni assim mas era lindo tinha uma mancha em cada olho como se tivesse ussado binóculos pintados ahahah era tão lindo

Roberta: O quê que se ahahahahaha então és tu de novo ahahahaha

Eu: Conhece-lo? - disse enquanto fazia festas no mesmo

Roberta: Sim, ele é da nossa vizinha só que ela nunca pode estar com ele e o pobre fica trancado em casa, mas ele consegue abrir a janela e vêm aqui brincar e comer

Eu: Como é que ele se chama?

Roberta: Crómio ahahaha

Eu: Ahahah porquê?

Roberto: Por este menino nunca ser descoberto e mesmo grande esconde-se em lugares inacreditáveis em que ninguém imaginaria

Ficamos a falar mais um pouco quando a minha mãe acordou e veio comer precebi que queria comer mais do que o normal por estar grávida então disse que ia para o quarto e qualquer coisa chamar
Precebi a felicidade da minha mãe por comer crescer ahahahah

Já eram 14:34 e estavamos na sala quando ouvimos a campainha entre olhamos umas para as outras

Roberta: Vão-se esconder quando puderem descer eu aviso mas se estiver a fazer muito barulho não ousem sair do vosso esconderijo entendido? - sussurrou, acenamos que sim - vão ao meu quarto - continuam a tocar á campainha - têm lá um armário, entrem atrás daquele armário gigante têm uma corda subam e vão entrar no sótão, não levatem aquilo é cheio de janelas então cuidado - fomos em bicos de pés

Já no sótão não nos mexemos porque realmente é cheio de janelas e qualquer movimento os capangas que estão lá em baixo conseguem ver-nos

Roberta: Como assim?
XXX1: Ouvimos gargalhadas
Roberto: Estava a ver televisão, contaram uma piada eu ri eles riram, é só isso então com licença
XXX1: Não, precisamos de revistar a casa - falaram mais um pouco a Roberta continuou a queixar-se

Cheias de medo que nos prendam de novo ficamos imóveis, ouvimos passos

Os passos aproximavam-se cada vez mais, a porta do armário abriu-se, fiquei com os olhos pressos no alçapão que podia abrir a qualquer momento

Fechei os olhos e dei a mão á minha mãe, chorava-mos juntas em silêncio, quando ouvimos uma sirene, sirene essa de polícias, olhamos uma para a outra e sorrimos ao ouvir - Saíam já dessa casa, sabemos que estão aí Henrique se não sair vai ser pior para si

Ouvimos imenso estrondo e depois de minutos que mais pareciam horas o alçapão abriu-se relevando dois polícias armados

Polícia1: Está tudo bem? Eles não vos fizeram mal? Bateram-vos? Deiram-vos de comer? Onde é a casa onde bos trancaram? - contamos tudo e finalmente estamos na nossa casa com a Roberta e o crómio

Eu: Roberta? - olhou para mim - porquê que me atiras-te para a fonte tantas vezes e 'vocês nunca me apanhararam' - ela desviou o olhar

Roberta: Porque...eu já trabalhei para o Henrique, era digamos que uma espia e sabia de tudo porque ninguém desconfia de uma velhinha, o meu trabalho era dar informações úteis ao mesmo mas só fazia aquilo porque precisava de dinheiro mas quanto já tinha o suficiente fugi, ele encontrou-me e então eu fujo de todas as pessoas, pois sempre tenho medo do que ele vá fazer

Mãe: Quando nós te falamos dele pareceu que não o conhecias - concordei

Roberta: Queria que confiassem em mim...

Eu: E agora confiamos, sabes quando tu me atiras-te para a fonte e depois nos acolhes-te eu pensei que me ias atirar para a banheira ou bater com uma panela - rimos

Mãe: Roberta? Agora não podes voltar, vais ficar cá em casa mesmo

Roberta: Ahhh não, não mesmo, eu vou voltar e vou indo me defendendo. Sempre vivi assim e sempre viverei.

Mãe: Mas agora não, tu foste uma grande amiga e acolheste-nos em tua casa e agora é a nossa vez

Eu: Sim, logo agora...- suspirei sem querer

Roberta: Logo agora porquê?

Mãe: Tu já sabes de tudo não é? Sempre gostas-te de ouvir as conversas dos outros

Eu: Está-me na veia - rimos - isso aconteceu porque quiseste ou - nem terminei de falar e ela logo respondeu 'porque quis' mas ainda estou meio na dúvida

Roberta: Mas tu vais cuidar muito bem dela e tudo vais da certo

Eu: Aí acha? Tenho os meus amigos em outro país - levantei um dedo - não sei nada sobre crianças - levantei outro - daqui a nada começa a escola e não posso estar sempre a faltar para além disso chego muito tarde e pretendo estudar na escola dos meus amigos - ia continuar mas a minha mami's interrompeu-me

Mãe: Sim e a Roberta vai ser uma espécie de Tia, sim? A Rebeca têm os seus amigos, os estudos e têm de estudar para os teste não pode estar sempre presente eu preciso de alguém aqui do meu lado

Falamos mais um pouco e a 'tia' Roberta acabou por aceitar ficar.
Ia ligar ao Pedro mas estava sem bateria e não encontrava o carregador, fui ao telefone fixo mas não estava a dar

Eu: Manheeee o telefone fixo não funciona

Mãe: A água também, a luz também, gás, internet, telemóvel, televisão, filha nada funciona

Eu: E agora?

Mãe: E agora vamos amanhã explicar o sucedido e pagamos todas as contas em atraso

Primo ColoridoOnde histórias criam vida. Descubra agora