Smiles

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Mais uma vez eu esperava Lizz do lado de fora da sacada do quarto dela. Assoviei, um, duas, na terceira, e nada. "Ela está dormindo...", pego meu celular do bolso e abro o Talk, alguns toques depois e eu desligo. Quando já estou quase desistindo, a vejo abrindo a janela e suspiro. Ela passa uma perna pela janela depois a outra, se apoiando no pequeno murinho de baixo da mesmo.
- Pula. - Ajuda ela a descer os poucos centímetros até o chão.
- Desculpa, eu acabei dormindo... Meu pai estava de guarda. - ela bufa, brincando com os meus dedos e sorri. Respondo seu sorriso com o melhor que posso. - O que houve, Oppa??
- Não é nada, só vamos aproveitar a noite. - pisco.
- Agora você me deixou curiosa. - passo a mão pelo seu cabelo.
- Mais tarde, primeiro quero que veja uma coisa comigo.
- Yah! - me viro de costas, abaixando um pouco.
- C'mon, Baby! - Li pula nas mesma e eu seguro suas pernas.
- Up, up, kaivalinho! - ela grita e eu começo a correr, gargalhando.
Sua risada faz cócegas na minha nuca, e isso de alguma forma é bom.
É tão bom estar com ela, tão bom abraça-la, e mesmo nas piores situações, é ela que segura minha mão sem me deixar cair. As vezes até me sinto um pouco egoísta por não saber entender-la mais são raras a situações.
- Li...
- Sim?
- O que seu pai faria se descobrisse que a linda filha dele, anda fugindo de casa no meio da noite todos os dias?
- Talvez me trancaria em um internato, com 200 seguranças a cada centímetro. - ela sorri, dando de ombros. - Mas ele tem que entender que não estou afim de ser a filha riquinha perfeita.
- Você não tem medo que isso um dia aconteça?
- Não, eu sei que na pior das hipóteses você estaria lá.
- Como você pode ter tanta certeza? - sorrio e ela me belisca. - Tudo bem eu me rendo. - levanto as mãos e ela agarra meu pescoço mais forte. - Desculpe. - gargalho, me abaixando. Lizzie pula das minhas costas.
- Pular de você é como pular de um prédio de 3 andares.
- Colocarei um elevador, yang.
- Yes sr. - batemos uma falsa continência e acabamos caindo na gargalhada.
- Vamos, my girl. - ela escorrega do meu braço e corre na minha frente gritando "Até parece" quando se vira para trás de novo.
Entro no carro, e a sigo, a mesma entra e vamos em direção a praia.

***

Lizz passa um dos pés pela água, eu a observo de longe. "Como seria minha vida sem ter te conhecido?"
- Será que seria melhor?
- Não mesmo...
- Do que você está falando...
- Esquece - sorriu. Ela se vira me encarando seria.
Começo uma serie de cócegas, a derrubando no chão, gargalhando. Qualquer um na praia poderia ouvir e acabo rindo também por conta disso.

***

Praticamente a deixo em casa pouco depois do sol nascer.
Estaciono longe da casa, saio antes, andando rápido para abrir a porta do carro. Ela pula para fora do mesmo e eu pego sua mão. Caminhamos devagar até a lateral da sua casa.
- Pessoas normais deixariam a namorada na porta as 10 da noite com o pai espiando pela janela. Eu sou deixada na janela já de manhã. - ela sorri e não pode deixar de fazer o mesmo.
- Ninguém precisa saber. - beijo sua testa e sussurro um "Boa Noite".

***

(Elizz P.O.V)

11:30 pm

Todas as luzes de casa já estão apagada. Seu que me pai está de guarda na porta, esperando ouvir algum barulho.
Coloco meu celular no modo vibratório e sento na poltrona do lado da janela, puxando uma coberta aleatória.

00:00 pm

Desperto assustada, chego meu celular e nada de mensagens ou ligações perdidas.

00:40 pm

Kai nunca demoraria assim sem me avisar. A preocupação ja tirou meu sono totalmente. Me levanto, indo até o guarda-roupa. Abro o mesmo, tiro uma sacola de doces, me sentando no mesmo lugar.

10:30 am

Meu pai bate na porta e eu acabo despertando.
- CALMA, NÃO É COMO SE O MUNDO ESTIVESSE DESABANDO!
- Desça para tomar café, querida. - aperto o botão de desbloqueio do celular, mas está desligado. Puxo o fio do carregador, esta está na tomada ao lado, conectando no mesmo. Depois de alguns segundo, ele liga.
Abro todas as minha rede sociais e nada de mensagens ou ligações perdidas, então decido ligar para a casa dele.
Um, dois, três, quase cinco toques depois e acaba caindo na caixa postal. Tendo o celular e a mesma coisa.
- Meu pai dificilmente me acorda...

...

Passo a tarde inteira no quarto. Nada de aulas de balé, mandarim, piano ou qualquer uma outra obrigação que meu pai já tentou me impor.
Conecto meu fone ao celular e coloco no modo aleatório, aumentando até o último volume. Fito o papel de parede estrelado do teto do quarto, sem perceber caio no sono.

"Eu corria entre as árvores de um dos campos aberto da cidade. A lua cheia e as estrelas era minha únicas companheira além do Kai.
Ele grita meu nome enquanto tenta me achar. O vejo semicerrar os olhos enquanto passo silenciosamente por trás dele, seguindo seu movimentos. Pulo nas costas dele mais ele vira rapidamente, me pegando no colo.

- No final que me assustou foi você. - rimos e ele me fita, me colocando de volta no chão. - Onde você está agora?
- Tão perto quanto você acha que estou.
- E o que isso quer dizer. - ele para por alguns segundo, depois sorri e anda lentamente em floresta a dentro. Tento o seguir, mas meu longo vestido acabada pendendo em um galho pontudo. "Já vi isso em algum lugar". Abaixo a cabeça, tendo puxar sem rasgar, mas depois de alguma tentativas acabo caindo. "Típico clichê." Bufo e ergo a cabeça.
- Kai... Jongin! - Ele passa de um lugar para o outro algumas vezes em um piscar de olhos. Kai para a poucos metros a minha frente, entendendo a mãos em minha direção, com um sorriso no canto da boca.
"Okay, isso está bem estranho..."
Ele desaparece diante dos meus olhos, sem ao menos me dizer alguma palavra."


Beautiful KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora