Túmulos das espadas

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Mas um homem pode cair e ter seu fim e sumir do mundo, mas uma espada permanecerá sempre entre os vivos, para trazer a morte

Não possui vida, por mais sangue que corra por si, mas retira a de quem tem

São as garras e dentes afiadas dos homens, que mastigam para engolir a paz

Seus golpes finais são atemporais: enterram o passado, congelam o presente e matam o futuro

Escreveram tantas histórias, escreveram as previsões; nascem da magia e morrem no tempo

O túmulo das espadas nunca existiu

Espadas não morrem, já nascem morta

Para tirar-se a vida de outrem, algo precisa estar morto em você

Algo precisa estar morto

Somente a morte mata

- Di Araújo

Cânticos além da Montanha - Poesia dos heróisOnde histórias criam vida. Descubra agora