Cidade, por que sangram as tuas ruas?
E nelas vivem o desespero?
Em você a felicidade é maltrapilha
Largada pelos cantos, esquecida
Cidade, onde estão teus filhos
Por que eles acordam
Com lágrimas nos olhos
E cinzas no rosto?
Cidade
Acenda a lareira e nos aqueça
Dê frutos, alimente-nos
Recolha teus filhos das ruas
Não os deixe jogados em cantos sombrios
Como se por acaso eles não tivesse mãe

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Poemas e silêncio
PoesiaÉ sempre no silêncio que pensamos aquilo que não dizemos em voz alta.