Eu chorei como se ele tivesse morrido. E de certa forma, morreu"
— Sorry, I don't care anymore**
Uma vez me disserem que nada nas nossas vidas é em vão, que nada é por caso, que tudo tem um motivo e uma razão.Quem me disse isso? Meu pai.
Quando ele morreu eu apenas tinha 6 anos e Lila 7.
Nós não conseguimos nos lembrar muito do rosto dele, nem da voz, mesmo que haja fotos sua na sala e uma colada no meu fichário, eu apenas não consigo lembrar. Quando fecho os olhos, e tento recordar da sua face, é como se fosse um borrao. A única memória que o tempo não se encarregou de levar e como eu agradeço ao céus por isso é sobre esta frase que um dia ele me disse.
Mamãe se manteve na caminhada sozinha, mesmo que os caras dêem em cima dela, sua resposta continua a mesma pra todos "não".
- Karine - A voz de Jenny me desperta do meu transe e ergo minha cabeça olhando em seus olhos.
- Está tudo bem com você ?
- Sim, sim - Mais ou menos.
- Você ficou ai parada no meio da pista de dança com uma cara, que está dando até dó...sabe parace que foi abadonada no altar.
- Para de ser besta, eu realmente estou bem. E...nós até agora não vimos Ramon, ou por acaso você o viu?
- É mesmo Ramon! - Ela falou arregalando os olhos com as mãos na boca - Eu tinha me esquecido dele.
- Sim, sim, eu sei. Bem...vamos logo procura-lo que daqui a pouco é meia noite cinderela.
Depois de uns 15 min, o encontramos encostado na parede perto da mesa dos ponches.
- Ok, eu estou apenas nervosa. - Jenny fala.
Estamos observando Ramón de longe em uma distância que dá para vê-lo perfeitamente.
A música alta e com os alunos dançando atrapalha um pouco, pois Jenny e eu temos que gritar uma com a outra para podemos ser ouvida.
- Tenha calma, o nervosismo só vai te atrapalhar, aliás você está de máscara, se caso dê errado ele não saberá quem você é. - Falo como seu eu tivesse experiência no assunto.
- Obrigado Karine, por me avisar que isto pode dar errado.
- Estou só te preparando.
Jenny revira seus olhos pra mim.
- Ok...vai lá. - A empurro.
Ela fica paralisada no lugar, como um poste.
- Eu preciso de mais tempo. - Diz sacudindo as mãos pelo nervosismo - O que eu falo quando chegar até ele ?
- Hum...que tal " Oi meu nome é Jenny" ?
Minha melhor amiga cai na risada, coloca a mão na barriga e eu fico assim vendo-a rir por alguns segundos, até que ela se recompõe.
- Ok, ok. Já vi que você não leva jeito para isso. Por mais que me julgue eu levei a sério o papo sobre não dar certo então eu não vou falar meu nome de jeito nenhum, e se caso eu falasse acho que ele me olharia e falaria algo como " E daí que seu nome é Jenny " ou " te perguntei alguma coisa ?" Ouvi as meninas dos 3° ano falarem que ele é meio grosso.
Ela está me olhando esperando que eu diga algo sobre isso.
- Tudo bem, você tem razão. Então nada de ensaios, chegue lá e oque vier na tua cabeça você fala beleza ?
VOCÊ ESTÁ LENDO
O namorado da minha irmã
Ficção AdolescenteEu deveria odia-la. Sim e muito! Uma irmã metida, a popular líder de torcida, a filha perfeita para minha mãe, a mais desejada e invejada no colégio e o motivo número 1, Lila Reynolds namora o quarterback lindo gostoso chato arrogante o cara que mai...