Capítulo 10

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Bruna P.O.V

    Terminamos o rodizio de pizza no horário que iriam fechar então praticamente fomos obrigados a sair. A noite estava maravilhosa e pelo fato de Matheus ser maior de idade, era fácil conseguir bebida, seu plano era seduzir as garçonetes propositalmente o que dava muito certo pois ele era muito bonito e todas as garotas do fundamental, do médio e da faculdade dele são apaixonadas por ele. 

    No final da noite cada um foi para sua casa e como eu morava próximo fui a pé e nem precisei de carona do Matheus. Chamei Rafael para dormir em casa apesar dele morar bem perto dei a desculpa de que estava tarde. Depois daquele dia nos viramos Melhores Amigos sem interesses amorosos ( eu acho). Liguei para minha mãe avisando que ele iria dormir em casa, ela nem se importava pois ele vivia lá e também ela sabia que Rafa era uma boa pessoa, com um bom emprego e com boas notas, e se fosse para eu namorar com alguém era com ele.

    Andamos dois quarterões até chegar em casa, passamos pela portaria e peguei algumas correspondências, eu morava no décimo terceiro andar e conosco pegou o elevador uma vizinha do quinto andar que estava com uma pizza feita na hora em sua mão, aquele cheiro era torturante porém enjoativo comemos tantas pizzas que eu acho que somente ano que vem quero outro pedaços. Quando a mulher desceu o cheiro ficou pairando no elevador então resolvemos fazer um jogo paramos no sétimo andar e propusemos o seguinte: quem chegar primeiro no último andar e descer até o meu de novo ganharia o que perdesse compraria algo que o que ganhasse escolher. Então começamos, eu estava na liderança até o décimo terceiro, quando Rafa me alcançou ele saiu na disparada. Quando cheguei ao dezessete que era o último ele estava me esperando então correu rápido de novo, fui rápido também quando estava o alcançando eu cai.

- Caiu?- ele perguntou com tom preocupado.

- Não, to beijando o chão- eu disse em tom de gozação.- Trouxa.

- A tá. - ele disse - então fica ai.

    Continuou descendo, somente um lance, eu sentei no degrau. Meu joelho e meu braço estava sangrando, parecia uma criança de doze anos brincando de pique-pega. Levantei com dificuldade e desci mancando. 

-Rafael seu palhaço - gritei bem alto- Me ajuda caralho ta doendo.

    Ele subiu rápido pois não tinha descido muito. Me pegou no colo e desceu devagar chegando no décimo terceiro eu pulei rapidamente de seu colo e abri a porta. Estava doendo mesmo porém fiz isso pois eu odiava perder e ele também. 

- Parece que o jogo virou!- Exclamei

-Cretina. - ele disse incrédulo 

- Situações extremas exigem medidas extremas.- falei gozando dele - Você me deve  um frappuccino do Starbucks.

     Ele bufou e entramos no hall. Peguei a chave e abri a porta do apartamento 133 meus pais já estavam dormindo. Pegamos dois colchões estendemos no chão da sala porém me deitei no sofá.

-  Não estou sem sono - afirmei

- Podemos fazer maratona de uma série. - ele sugeriu

- Qual? - perguntei curiosamente.

- American Horror Story - ele disse

- Mas você sabe que eu sou medrosa.

- Eu te protejo.

    Quando ele disse isso eu me arrepiei e olhei para ele, sentou- se ao meu lado e me abraçou amigavelmente, sempre que eu ficava com medo encostava minha cabeça em seus ombros para ser impossibilitada de ver algo, com a chance ele aproveitava para dar sustos em mim , gritava alto e depois dava alguns tapas nele. Assistimos doze episódios e no décimo terceiro eu já estava dormindo no ombro dele. Ao perceber isso invés de colocar-me no colchão ao lado dele me levou no colo até minha cama.

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