Benditas gravatas! - Leyna

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Leo lutava contra um coisa que todos os semideuses e mortais sempre odiaram.

Uma gravata.

Sim, Leo Valdez, o cara que fechou as portas da morte e derrotou Gaia sozinho não conseguia dar nó numa simples gravata.

Era a vigésima sétima vez que ele tentava e a vigésima sétima que não conseguia.

Como se dá nó nessa coisa?

Tentou mais uma vez e não obteve sucesso.

O porquê dele ter que usar gravata? Simples, dias depois que eles derrotaram Gaia e seu exército, as filhas e filhos de Afrodite/Vênus tiveram a brilhante ideia de fazer um baile de máscaras para homenagear todos os heróis e os que morreram na guerra.

Simples, não? Não para Leo, ele odiava ter que usar smoking, odiava ter que usar sapatos sociais e odiava, sobretudo, ter que usar gravatas. Ele sempre dizia que aquilo tinha sido inventado para ser um instrumento de tortura.

Algumas batidas na porta o despertaram de seu transe.

Ele murmurou um "Entre" e prendeu a respiração ao ver quem estava ali.

Reyna estava linda, ele tinha que admitir. A pretora usava um longo vestido vermelho com uma fenda no lado direito da saia, ele era incrustado de pequenos brilhantes que formavam um "cinto" ao redor da cintura da pretora. As curvas da garota estavam tão destacadas que Leo não parou de admirá-la nem um segundo.

Reyna já estava ficando constrangida ao ver o jeito que Leo a olhava. A pretora pigarreou e Leo despertou de seu transe. Ao ver que sua companheira estava sem graça, ele deu um sorriso maroto.

-Hola mi reina, ¿qué pasa? – perguntou o garoto

-Olá Leo – a pretora revirou os olhos – Jason disse que você precisa fazer um discurso para os semideuses. Ele disse que todos querem saber como você está depois de ter derrotado Gaia "sozinho" – a garota fez aspas com os dedos

Leo fez uma careta.

-Eu não quero fazer um discurso! – ele cruzou os braços, bateu o pé direito e fez bico. Parece uma criança birrenta, pensou Reyna

-Olha aqui, Valdez. Eu me coloquei em frente à 15 espadas só para deixar você chegar nas Portas da Morte e fechá-las antes de Gaia retornar. Eu me machuquei, me cortei, fiz de tudo pra você ao menos chegar vivo lá e é assim que você me agradece? – disse Reyna. Leo se sentiu culpado por fazer sua melhor amiga passar por tudo aquilo. É, depois de tantas desavenças, eles finalmente pararam de brigar.

-Olha Reyna...

-Cala a boca que eu não terminei! – o garoto fechou a boca numa velocidade incrível e a pretora continuou – Eu tive que usar um feitiço de um de seus semideuses de Hécate para tirar você de lá de dentro, minha irmã ainda está desacordada na enfermaria, tem uma legião de semideuses romanos e gregos para eu segurar e eu fiquei o dia inteiro dentro de um quarto com minis deusas do amor puxando meu cabelo, me fazendo usar uma gosma nojenta no rosto, tive que colocar um salto tão alto que se eu cair eu quebro meu pescoço e elas ainda me fizeram usar esse vestido – ela apontou para o próprio corpo – para dançar tango com você. Então você vai parar de reclamar e sair daqui agora mesmo para fazer a droga do discurso para aqueles seres que estão te esperando.

A pretora recuperou o fôlego e se pôs a falar novamente, só que com mais calma.

-Leo, eu sei que você está esgotado, que não tem tempo nem de respirar direito, mas eu preciso que você faça aquele discurso. Aqueles semideuses não vão se aquietar se você não fazer a droga de discurso. E tem mais, Beckendorf disse que precisa de sua ajuda num projeto.

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⏰ Última atualização: Sep 30, 2015 ⏰

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