Capitulo #2
Respire, se acalme. A vida é assim: uma hora te enlouquece outra te alegra.
"Prezados alunos,
Abaixo contém um anexo com a lista da segunda chamada. Os alunos que forem selecionados tem até o dia 27 de Janeiro para efetuar a matrícula na secretaria da universidade. Aquele que passar da data perderá a vaga.
Clique aqui para abrir a lista."
Clico e uma imagem se abre no navegador.
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André Marcos Alexandrino
Atena Maria Rousié
Bianca Castilho Mendes
Caio Matheus Fortunato
Davi Henrique Santos
Fábio Soller Leite
Gabriel Casadeval Lopes
Henrique Albuquerque Alves
Louis Fernandes Rosa
Monica Caroline Santos
Paulo Ribeiro Silva
Rafaela Cândido Baptista
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Eu entrei. Eu entrei. Não estou acreditando. Não creio. Todo meu esforço na vida valeu a pena. Eu to dentro, eu vou pra faculdade!
- Eu vou pra faculdaaaaaaaaaade!
Grito da porta do quarto e todos em casa sobem até meu quarto.
- Olha eu passei! Olha pai eu vou pra faculdade!Eles me abraçam. Com lágrimas nos olhos. Mas não é hora de choro. Tenho muito o que fazer e meu pai ainda precisa ir trabalhar.
- Arruma uma mochila mas não com muita coisa. Eu vou deixar o carro pra revisão enquanto trabalho e a gente sai de casa lá para as 10 e meia da noite para podermos chegar pela manhã. Tchau querida. - ele beija a testa da minha mãe
Meu pai estava certo, afinal, hoje já é dia 25 e eu preciso fazer a minha matricula em dois dias. Corro pro quarto e pego duas mochilas, uma grande e uma menor. Na grande coloco algumas roupas, pasta de dente, escova de dente, escova de cabelos e mais alguns itens de higiene.
Na menor coloco o Mac que ganhei no natal, eu não usei ele até hoje prefiro usar o de mesa do meu quarto então ele está na caixa. Tiro da caixa porque ela é muito grande. Coloco carregador de celular, carregador do celular e do iPad, o iPad, dois fones de ouvido, um headset, um mouse e o CD de instalação do World War Craft que é o único jogo que eu tenho pra passar o tempo. Uso o carregador da minha mãe pra encher a bateria do meu celular pois já guardei o meu.Não andamos de carro aqui na cidade por ela ser pequena. Então calço um chinelo de dedo e acompanho minha mãe até à papelaria. Preciso comprar algumas coisas, o essencial, os livros eu só vou poder comprar na hora da matrícula na secretaria da faculdade. Caminhando por alguns minutos chegamos na papelaria. Vou à pastelaria do lado tomar um refrigerante e comer alguma coisa enquanto minha mãe compra o que preciso.
Faço meu pedido e sento numa mesa próxima da janela que é enorme possibilitando assim ver e ser visto por quem passa pela rua. Marina me vê sentado e se aproxima.
- Oi Henrique!
- Como vai Marina?
- Eu estava indo à sua casa, me contaram que você vai pra faculdade, é verdade? - disse se aproximando.
- Esse "te contaram" quer dizer que foi minha mãe né?
- Pra que essa grosseria lindo?
- Que intimidade é essa Marina?
Mariana é a garota que corre atrás de mim desde a quinta série. Não sei porque, acho que não sou tão bonito assim pra ela ficar dando em cima de mim descaradamente toda hora.
Minha mãe sempre tentou empurrar ela pra cima de mim. Ela até que é bonita, cabelos castanho-claro lisos e longos, pele branca e lisinha, seios meigos e durinhos. Estava usando uma blusa de seda com regata com alça fina verde clara floral e um short jeans curto verde escuro combinando com a blusa. Estava usando óculos escuros e um batom vermelho como cereja.
Ela era filha do prefeito, sempre andava arrumada e cheirosa. Mas o fato é que ela era uma tremenda piranha. Todos os meus amigos tinham nudes dela no celular e o pior é que ninguém falava dela pelas costas por ela ser filha do prefeito, as pessoas tinham medo. Imagina que vergonha o irmão dela passaria se soubesse o que a santinha faz.
O irmão dela, agora que parei para pensar... O nome dele me era familiar, Alex...Alan...André! Isso, André! Espera um minuto aí!
- Marina como é seu nome completo?
- Marina Aysla Alexandrino, por que?
- Nada não. Esquece
Foi quando minha mãe chegou carregando duas sacolas.
- Filho vamos! Temos muito o que fazer hoje.
- Mãe e o pastel?
- Vai comendo no caminho. Oi Marina desculpe a pressa linda, ele precisa viajar hoje ainda!
- Entendo dona Meire. Não precisa se desculpar, eu já estava indo mesmo. Meu pai me chamou na prefeitura, parece que alguns familiares estão na fazenda e ele quer me levar pra dar um oi.
- Tudo bem, até mais minha flor!
Ela deu um beijo na bochecha de Marina que saiu antes de nós.
- Obrigado sua fofoqueira. Precisava ir correndo falar da minha vida pra sua fiel escudeira? Por favor né mãe, você precisava fazer isso? Você sabe que eu nunca vou ficar com essa menina. Eu já te disse o que ela faz por trás dos panos não falei? Pois bem, você quer uma vadia como nora?
- Olha o palavrão garoto. Se não eu meto a mão na sua boca. É outra, eu acredito que as pessoas mudam. E ela parece ter mudado.
- A Leonor pode não ser tão bonita quanto ela, mas vale mil vezes mais!
Sai e deixei ela na pastelaria pagando a conta.
- Leonor era a garota que eu estava "namorando". Não era bem um namoro, mas a gente ficava de vez em quando. Tínhamos uma ligação muito forte e passávamos horas e horas conversando fosse na porta da casa dela ou pelo celular. Ela foi a primeira namorada que eu tive. Então não sei como deve ser esse negocio de pegar várias meninas. Acho isso até que meio nojento.- A gente vai ao shopping mais tarde comprar algumas roupas pra você levar na mala quando já estiver instalado na república.
- Tudo bem.Fomos para casa almoçar e depois saímos de casa. Tivemos que ir na cidade em que meu pai trabalhava. Fui dirigindo, minha mãe meio que é barbeira na estrada então eu tenho que fazer isso.
Chegamos no shopping e ao entrar na loja vejo a mãe da Marina acompanhada de um garoto. Deve ser o tal irmão dela.
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Os Porquês da Vida [Romance Gay]
RomanceApós muito tempo morando no interior de São Paulo. Henrique recebe uma bolsa de estudos integral na cidade grande. Nessa nova fase da sua vida ele conhece coisas e pessoas diferentes do que ele está acostumado. E uma pessoa em diferente faz ele reve...