Capítulo I: Olimpo

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Ando por este lugar a tantos séculos que me esqueço de olhar em volta, a cidade olimpiana é um tanto quanto movimentada... Mas é um fato que ela é apenas para aqueles que vieram primeiro, os gregos! Olho e não vejo rostos de meus colegas romanos. Acho que deveria voltar a minha forma grega, mas com ela não me sinto a vontade e ainda sim, não faço parte desse lugar festivo e feliz.

Meu nome é Belona, sou a deusa da guerra e da estratégia no campo de batalha para os romanos, isso era função de Atena na Grécia, mas depois dos romanos tomarem sua cidade e a religião grega, ouve mudanças e então Ênio a deusa da Chacina sumiu e deu lugar a Belona a deusa da Guerra.

E aqui, indo ao Salão do Olimpo para uma audiência, onde Zeus tentará pedir que Ares se afaste dos meus domínios e com alguma sorte, Juno ficará calada e não tentará defender seu filho.

-Hey! Belona... Você está bem? Quer uma fruta ou um abraço? -Hebe me aborda sorrindo e dançando junto do circo que Apolo criou e chama de musas.

- Obrigado Hebe, mas estou com pressa para uma audiência!

Sigo andando e chego na frente da porta do salão e vejo uma inquietação fora do normal, então ouço alguém rindo e me viro. É quando vejo Jano.

-O que está acontecendo Jano? Porquê desse alvoroço todo? -O olho seriamente para ele- Ele estão nervosos? Cadê Júpiter?

-Alvoroço... -ele então olha sarcasticamente por cima do meu ombro e volta o olhar para mim- Ah, além deles serem gregos? Parece que um filho de Netuno morreu e ele afirma que foi culpa de Marte e deseja que Júpiter tome uma posição e o faça Marte pagar.

-Bom, outro dia normal certo? -fico meio preocupada, desde que uma era de paz chegou, tanto titãs quanto gigantes não nos incomodam e Ares tem aprontado demais com Poseidon quase como se quisesse uma guerra.

-Não acho. -ele se endireita e me olha.- Júpiter foi a uma reunião com portas fechadas com Juno e Minerva... Atena e não voltou ainda! Isso é inquietante!

Me viro em direção a porta da reunião, o salão é em seu todo alegre, com molduras quase vivas e de um branco que deixa o clima mais calmo e todos relaxados. E agora está um caos total, me abaixo na hora que uma bola de fogo passa por cima de minha cabeça e Vulcano encara furiosamente Mercúrio.

-Zeus deveria atirar Ares na terra e deixar ele lá, sempre ele se diverte, faz besteiras e temos que aguentar porquê Hera quer assim! -ele bate a mão no descanso de braço de seu trono e amassa um pouco.- Estou cansado de Ares!

-Isso é dor de corno! -grita Dionísio e toma um gole de sua taça.- Você deve levar isso como um deus e não como um marido choroso!

-Muito bom de sua parte defender ele, quando era seu filho morto você exigiu a morte do assassino... -Hefesto se contorce e para de falar e então uma voz feminina toma as suas dores e continua.

-Acho que você Dionísio, deveria saber mais do que ninguém que, às vezes, quando não temos nada a dizer o melhor é ficar quieto... Todos sabemos a dor de perder um filho! -me viro para a direita e vejo Deméter com arranjos verdes na cabeça e um belo vestido com detalhes floridos, ela sempre o usa no tempo em que sente saudades de Perséfone que está no submundo com Hades.

Dionísio abaixa a cabeça e então até mesmo Apolo e Ártemis que discutiam por algo param e fazem silêncio. E novamente a paz reina no salão do Olimpo, é quando o senhor do Olimpo entra pelo salão acompanhado de uma Hera sorridente e uma Atena bem séria e irritada.


                 >> Continua... <<

Trono do Olimpo: Queda DivinaOnde histórias criam vida. Descubra agora