Capítulo V: Tártaro

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Caminhamos á 5 dias, mas no tártaro o tempo passa diferente e a cada 35 km encontramos um monstro clamando por vingança ou por nossas cabeças, o que pra mim não havia diferença.

Hércules sempre ficava feliz, por que tinha algo para diverti-lo. Ele contou nos tempos vagos todas as suas aventuras e casos românticos, os narrados pelos historiadores e os deixados para trás. Eu estava a ponto de cortar minha cabeça com uma espada quando aparece, não um monstro e sim um gigante.

-Ora o que Tártaro defecou... Dois... Como devo chama-los? Por que vocês não são tão poderosos quantos deuses e... -Ele olha para Hércules, sorrindo lhe diz.- você voltou a ser semideus? Tenho uma ideia, um jogo chamado "Eu mato vocês dois!"

Hércules prepara seus punhos para a briga, eu empunho minha espada.

-Brigar com Encélado não vai ser desafio nenhum! -Hércules começa a correr na direção dele, Encélado bate o pé e o chão treme.- Se a Atena dá conta dele, então é mole.

Ele desvia do soco de Hércules e lhe devolve um forte que o arremessa em minha direção, sem muito tempo para pensar enfinco minha espada ao chão e me projeto em sua frente para segurar ele. Como pensado minha espada serviu de âncora e com Hércules nos braços vejo o gigante caçoar.

-Parece que não será tão fácil assim loirinho! E você deusa da guerra, trace uma estratégia e venha me enfrentar! -Ele da um tapinha na face direita, como sinal de provocação. Coloco Hércules no chão e sussurro em seu ouvido.

-No tártaro, TODOS somos mais fracos! -Então me levanto pego minha espada. E um escudo se projeta em meu braço esquerdo, o escudo Aégis original, sorrio.- Parece que Atena manda saudações! E sei que você confunde estratégias... Então lutarei por lutar, afinal sou romana!

Começo a correr, ele me saúda com um belo gancho de direta e o intercepto com o escudo, logo ele usa sua espada e a paro usando a minha. E ficamos nos gladiando, e então ele em um golpe de sorte me acerta um soco nas costas e rapidamente pega minha trança e estou sob seu poder.

-Tudo acaba agora para vocês! Sem seus plenos poderes, e ainda no tártaro... -Ele levanta a espada.- veremos se você resiste ou morre!

-Acho que não veremos não! -sorrio para ele e sem entender, ele prossegue o ataque e a 30 cm de me atingir ele recebe toda a força de Hércules na cabeça e quando ameaça se levantar, me solto e atravesso minha espada em seu coração e ele desacreditado, virando pó nos diz algo a se temer.

-Tártaro vive, e se ele sabe que vocês estão aqui em breve viram mais de nós e muito mais poderosos! Com acha que os encontrei? -ele vira uma pilha de pó.

-Acho que são ameaças vazias. -Hércules me dá a mão e aceito.- Sabe ele é um gigante, tentar nos afrontar é com eles!

-Não acho, se teve algo que aprendi com os séculos é ficar atenta com uma ameaça de gigante, eles revelam muito e eu percebi que eles estavam ficando cada vez mais poderosos e perigosos. -Tento me endireitar, mas a medida que fico no tártaro minha aura fica mais fraca e me sinto cada vez mais mortal. E sinto uma forte dor no peito.- Estou bem! Vamos continuar... A prisão é logo a frente.

Enfrentamos duas lâmias, três lobisomens e um ciclope, mas enfim chegamos. Basta descermos um morro e pronto, o tártaro.... Por Júpiter é imenso e sombrio, contei dois centimanos guardando o topo. Sento com Hércules e discutimos o que fazer e chegamos ao plano mais coerente. Eu entro escondida, já que a essa medida minha aura é quase imperceptível até para mim, e ele espera meu sinal para fazer uma distração.

-Certo! Mas não demore. -Ele se acomoda encostando em uma pedra e fechando os olhos.- Pode ficar tranquila, não dormirei.

Balanço a cabeça e desço a ladeira, chagando ao portão um garoto morto-vivo vem até mim e antes dele reagir atravesso minha espada nele e ele vira pó. Nas celas é um horror, monstros, semideuses condenados, titãs e tantos outros.

Percorro metade da prisão e a dor em meu peito aumenta significavelmente, quando estou curvando em reflexo me grudo a parede. Duas dracnaes guardam uma cela e só pode ser de Zeus, então me viro e ataco rapidamente antes que elas soem o alarme, arranco a cabeça de uma e pulo sobre a outra cortando ao meio. Verifico a cela e vejo Zeus acorrentado e de suas correntes icor dourado flui dos seus pulsos e pernas.

Quando o solto, ele caí de imediato. Então recobra a consciência, ainda fraco tenta se levantar e o ajudo. Ouço gritos de tortura e uma voz me soa familiar e faço uma loucura, deixo Zeus encostado em sua cela e vou ver quem era.

Tapo minha boca ao ver na ala, que Cronos berrava com Crios e Japéto.

-O que ele pensa que está fazendo? Não fizemos todo o trabalho para acabarmos aqui enquanto ele desfruta...- Crios da um passo na frente e prossegue.

-Senhor, não deve falar auto e se alguém ouvir...-Ele olha para os lados e quase me vê, me escondo melhor. Eles continuam andando e num simples movimento Cronos levanta a mão e uma empousa que estava na sua frente vira pó.

Volto para onde Zeus está, ele ainda sentado começa e recobrar a consciência. Coloco a mão no ombro dele, e compartilho minha energia vital com ele. E caio de lado com o ouvido zunindo, normalmente eu fico estável mas no meu estado atual me sinto um pouco fraca.

-Belona? -Ele se levanta, e estende a mão para me ajudar e me adianto, levantando sozinha.- Então, você veio me resgatar mas porque...

-Lorde Júpiter! -Faço referência, sinto a pior dor capaz de imaginar.- Há muito a ser contado e pouco tempo! -ouço os murmúrios de Hércules do lado de fora e um centimano soando o alarme.- Droga! Logo Letus vai estar aqui... Júpiter, quero dizer Zeus o senhor consegue se teleportar para um morro, dez metros ao oeste? Não podemos revelar sua fuga!

-Eu sou Zeus! Não fujo, irei ficar e ajudar meu filho... -Ele dá um passo a frente.

-Sem tempo para conversa! Você vai e eu o ajudo, se não estivermos lá em 15 minutos... Continue Ártemis e Apolo o esperam no castelo de Hades, mas Hades não sabe do plano! -Falo e saio correndo, atrás uma onda de eletricidade me faz acreditar que Zeus se foi.

Quando chego na ponte lá embaixo á 10 metros exatamente, vejo a confusão Hércules brigando, os monstros o rodeando e um centimano caído á sua esquerda. Pulo e quando aterrizo a 2 metros dele, vejo cerca de 400 monstros de todo tipo encima dele como uma montanha e lembro que ouro imperial e bronze celestial são uma combinação perigosa. Com a lâmina da espada arranho no escudo Aégis, com toda minha força e poder restantes, uma onda gigantesca de eletrostática me joga contra a parede e a medida que ela pega nos monstros, os mesmos se contorcem e viram pó.

Olho para frente e Hércules está livre e todos os monstros viraram pó, atordoada olho para minha mão e vejo minha espada desintegrando. Ele me pega no colo e me carrega e tudo que consigo dizer antes de desmaiar é Zeus, dez metros á oeste.

Quando volto a si, estamos chegando no castelo de Hades e a expressão de Hércules é de pânico. E olho para frente é quando nós ainda escondidos vemos, soldados de Netuno prendendo Apolo e Hades desacordados, não vejo Ártemis mas a expressão de Zeus diz que algo vai explodir se não o contivermos, me curvo e sussurro no ouvido de Hércules.

-Nocauteie ele antes que o plano vá por água abaixo! -Hércules de princípio fica com medo e quando Zeus se levanta, ele percebe que só tem uma coisa a ser feita e nocauteia ele. E uma voz surge atrás de nós.

-Acho que vocês vão se arrepender do que fizeram, muito mais do que escapar do tártaro! -O vejo e fico sem palavras.

                    >> Continua... <<

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