Capítulo 4

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Bom dia! Um domingo lindo pra todos! Tenho um carinho especial por esse capítulo! Vocês conhecerão Dona Antônia, uma senhorinha incrível! Beijossssss

CAPÍTULO 4

Gabriel entrou numa casa no interior de Goiás. Paraúna é o nome da cidade, com pouco mais de doze mil habitantes a cidade encanta com seus pontos turísticos, como: rios, grutas e serras. Pra melhorar ainda mais é abençoada pela estátua do Cristo Redentor que fica no Morro da Igrejinha. O anjo frequenta ali há anos... E adora aquela família! Encontrou Seu Evandro e Dona Antônia. Casados há mais de trinta anos, os dois criaram os filhos e construíram um grande patrimônio. Os filhos foram estudar na "Cidade Grande" e viraram "doutores". Eram três, formaram-se dois médicos e um advogado. Os pais se viram sozinhos logo depois da partida de Maria Rita, a caçula. Os filhos quase não vinham visitá-los. Ligava somente para pedir dinheiro e foi assim durante mais de uma década. Até o dia em que Jorge, o filho mais velho, quem Seu Evandro achava que cuidaria de seu valioso patrimônio, teve a ideia de fazer a divisão dos bens do casal em vida.

Os pais ficaram assustados com a oferta do filho. Seu Evandro levara a vida toda para adquirir os bens que eles queriam vender e dividir entre eles. Dona Antônia chorava, não pelas fazendas e propriedades que seriam vendidas, e sim por medo de não mais ver os filhos depois que recebessem a herança. Isso a apavorava. Era tão doloroso... Seu Evandro compartilhava do mesmo temor da esposa. Então, conversaram e pensaram na possibilidade de se afastarem se fossem contrariados... O casal achou melhor fazer a vontade das crianças que já tinham mais de trinta anos... Na esperança de que assim, não teriam motivos para se afastarem.

Todas as "manobras" para não cessar a convivência com os filhos foram em vão. Não voltaram mais. Nunca mais apareceram. O casal morria aos poucos com a ausência das "crianças" tão amadas, quando avistaram um homem sentado na varanda da casa onde moram. O único bem que ficou para eles. A casa onde passaram a vida e criaram os filhos. Uma propriedade de quatro quartos perto da Igreja.

- Posso ajudá-lo? - Dona Antônia pergunta de forma carinhosa e hospitaleira.

- Eu posso ajudá-la! - Gabriel responde e os dois sorriem.

- Claro. Todos precisam de ajuda. - Ela diz com um sorriso. - Gostaria de um café? Acabei de passar.

- Todos precisam de um café. - Ele se diverte com ela.

Gabriel adora a sabedoria e a doçura dos mais velhos. Ele sempre foi encantado com isso. Dona Antônia é uma de suas preciosidades como ele a designa, sofreu muito durante a vida, mas nunca deixou de sorrir. Cuidou dos filhos com muito amor e dedicação. Talvez até demais. Gabriel tentou ajudá-la, queria que fosse mais severa com os filhos, os amava muito, fazia muito por eles. Porém, é complicado criticar amor em excesso nessa Terra onde esse sentimento é tão escasso.

- Aqui está o seu café. - A Dona Antônia diz lhe entregando uma xícara de porcelana junto com o pires.

Ela pega o café e senta na cadeira ao lado, admirando a rua. Gabriel sente o cheiro do café. Fica feliz de estar ali. Como gosta da companhia daquela senhora.

- Como estão as coisas? - Ela pergunta a ele. Gabriel a ajuda há alguns anos. Dona Antônia o conhece e sabe quem é.

- Indo. - Ele responde. - Minha missão agora é dar um desejo a cada ser humano. - Gabriel faz careta. - Acredita?

Dona Antônia ri com a leveza e serenidade que conquistou durante a vida.

- Fique calmo, meu amigo. - Ela pisca pra ele. - Confie mais em nós.

- Vou tentar. - Ele sorri. - E a Senhora. Como está?

- Estou bem. - Ela desvia o olhar. - Estamos bem. - Responde por ela e Evandro.

Um Anjo na TerraOnde histórias criam vida. Descubra agora